O embaixador moçambicano em Portugal, Miguel Nkaima, afirmou que as autoridades portuguesas desempenharam um papel impecável na forma como trataram o mestre Malangatana, gesto que engrandece cada vez mais o nome do pintor-mor e das relações entre os dois países.
Nkaima falava na manhã de hoje no Aeroporto Internacional de Maputo, após a chegada da urna do mestre Malangatana de Portugal onde perdera a vida vítima de complicação respiratória.
Os restos mortais do pintor-mor chegaram a capital moçambicana pouco depois das nove da manhã a bordo do 'Airbus' da companhia Transportes Aéreos de Portugal (TAP) juntamente com a viúva Gelita e os três filhos maiores de idade, nomeadamente Cecília, Graciete e Manguisa.
Segundo Nkaima, as autoridades portuguesas surpreenderam de forma positiva pela forma como procuraram salvar a vida do mestre Malangatana.
Se não foi possível salvar o astro apagado, segundo o embaixador, foi mesmo porque o dia estava já indicado para o seu desaparecimento físico, o papel desempenhado não deixa de ser impecável sobretudo a forma humana e amigável.
O diplomata moçambicano disse que as autoridades portuguesas se ofereceram inclusive a fazer tudo em honra e homenagem ao mestre desde a compra do caixão, o transporte e algum apoio a família, gesto pelo qual o país agradece bastante.
Malangatana, de 74 anos, encontrava-se internado há vários dias naquela unidade hospitalar a receber assistência médica contra a doença que o atormentava há vários anos.
O ícone da pintura moçambicana, nasceu a 6 de Junho de 1936, na localidade de Matalana, distrito de Marracuene. Ele vendeu os primeiros quadros há 50 anos.
(RM/AIM)
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