Página principal  |  Contacto  

Correo electrónico:

Contraseña:

Registrarse ahora!

¿Has olvidado tu contraseña?

CAFEZAMBEZE
 
Novedades
  Únete ahora
  Panel de mensajes 
  Galería de imágenes 
 Archivos y documentos 
 Encuestas y Test 
  Lista de Participantes
 INICIO 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
 
 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
 
 
  Herramientas
 
notcias: MOÇAMBIQUE TERRA DE OPORTUNIDADES
Elegir otro panel de mensajes
Tema anterior  Tema siguiente
Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 1 de 1 en el tema 
De: isaantunes  (Mensaje original) Enviado: 21/01/2011 13:32
21 de Janeiro de 2011, 12:47

Franque Cossa tem 20 anos e dedicou os últimos quatro a percorrer as ruas da baixa de Maputo com uma balança de casa de banho debaixo do braço, a pesar pessoas a troco de meticais.

O trabalho de “pesador” não será dos mais bem pagos, mas é tão raro que mesmo assim é lucrativo. Franque não se queixa da concorrência até porque, na capital, não chega a uma dezena o número de homens da balança.

Moçambique é um dos países mais pobres do mundo e onde o emprego formal é escasso, imperando a informalidade da venda de vários produtos nas ruas.

Franque faz parte desse mundo, num país onde muita gente não tem dinheiro para comprar uma balança mas que pode pagar um metical para, em qualquer momento, saber quanto pesa.

O investimento foi de 350 meticais, mas tem a vantagem de não precisar de “upgrades”: a balança comprada há quatro anos está em bom estado e aparentemente não engana.

E com ela debaixo do braço o jovem consegue levar para casa entre 100 a 150 meticais, uma média diária de três euros, que lhe permite comer e ainda, de vez em quando, ir a Xai-Xai, província de Gaza, visitar a família.

Franque Cossa nasceu em Xai-Xai mas vive em Maputo, em casa de um irmão, depois de ter terminado os estudos “um pouco cedo” por falta de condições da família para pagar as propinas.

 Aqui encontrou um amigo que já ganhava a vida a pesar pessoas nas ruas e, influenciado, começou o seu trabalho, uma rotina diária como ele mesmo conta à Lusa:

“Acordo às 06:00, tomo banho, pego o chapa, venho para aqui fazer negócio, às 13:00 volto para casa para almoçar e volto às 14:00 e às 16:00 já vou dormir”.

Por dia, sempre a caminhar de um lado para o outro nas ruas da baixa, consegue pesar umas 50 a 70 pessoas, se bem que este ano há menos clientes porque o preço a pagar para se pôr em cima da balança duplicou, passando de um para dois meticais.

Franque nem sequer precisa de fazer publicidade ao negócio, basta-lhe andar de um lado para o outro com a balança. “As pessoas quando veem a balança sabem, as pessoas é que vêm ter comigo”, explica à Lusa.

O “empresário” admite que os seus clientes são mais mulheres, porque “as mulheres é que gostam de se controlar”. E lembra uma senhora que pesava 97 quilos e que depois em menos de um mês perdeu dois quilos e ficou tão contente que lhe deu 50 meticais.

Calças de ganga, chinelos, camisa e t-shirt, Franque passa assim os actuais dias de calor em Maputo, rua abaixo, rua acima. Mas não gosta do trabalho, não era aquilo que queria quando deixou Xai-Xai, ainda que os cerca de 2.000 meticais por mês sejam o mesmo que ganha um polícia no início de carreira.

“Gostar não gosto. Vim à procura de trabalho mas até agora não apareceu nada. Não tenho escolha, mas só queria um trabalho… assim…”. Franque não conclui. O “assim” quer dizer um trabalho no mercado formal, com ordenado fixo ao fim do mês, descontos e férias, na verdade o sonho de milhões de outros cidadãos.

Mas ter dois mil meticais ao fim do mês, com descanso aos sábados, domingos e dias de chuva, é também o sonho de outros tantos. E afinal é tão fácil ser-se empresário da balança quanto encontrar dietas bem sucedidas em cada esquina.

+ Assista à reportagem em vídeo aqui

Lusa


http://noticias.sapo.mz/vida/noticias/artigo/1123114.html


Primer  Anterior  Sin respuesta  Siguiente   Último  

 
©2024 - Gabitos - Todos los derechos reservados