Falando ontem em Maputo na abertura da XIII reunião dos Chefes de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da CPLP, Filipe Nyusi, Ministro da Defesa Nacional, apontou ainda o terrorismo internacional, a imigração ilegal e as crises económicas como outros atentados ao desenvolvimento harmonioso de Moçambique, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Brasil, Timor-Leste e Portugal.
“A XIII reunião acontece numa altura em que aquilo que ontem constituía uma simples visão sobre o futuro, hoje se torna realidade indiscutível e inevitável, refiro-me ao carácter transnacional das ameaças, dos riscos e dos desafios que colocam a segurança internacional e dos nossos países em particular”, disse Nyusi.
Face ao cenário, o governante exortou as altas chefias militares reunidas desde ontem na capital ao diálogo, afirmando que a CPLP figura como um conveniente fórum de concertação e que é indispensável a construção de uma capacidade de defesa compatível aos desafios da época.
O titular da pasta de Defesa Nacional desafiou os presentes para que, entre outros assuntos, o encontro de Maputo trate com prioridade a questão da segurança marítima, a problemática da plataforma continental bem como a consolidação das democracias e a cultura de paz e estabilidade na CPLP.
Entretanto, três chefes do Estado-Maior General participantes, nomeadamente de Timor-Leste, Taur Ruak, Cabo Verde, Fernando Ferreira, e de Portugal, Luís de Araújo, consideram positiva a cooperação militar na CPLP, mas advogam a necessidade da interacção ser melhorada em alguns aspectos, com destaque para a formação.
A reunião de Maputo, que se realiza com a ausência de Guiné-Bissau, tem, entre outros pontos de agenda, a segurança marítima no espaço da CPLP, necessidade de intensificação a formação dos militares e discussão de aspectos relevantes com vista à melhoria da cooperação entre os Estados-membros da comunidade.
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