| 30/04/2011
O III Congresso da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), que decorre desde ontem na cidade da Matola, província do Maputo, tem como lema mulher apostada em vencer a pobreza. Discursando na abertura do evento, Armando Guebuza explicou que este engajamento é de uma tradição que data dos tempos da luta de libertação nacional, quando o Destacamento Feminino e a Organização da Mulher Moçambicana se emparceiraram para contribuírem para o sucesso da causa pela conquista da independência nacional. Falando da situação actual, o Presidente da República disse que uma conjugação de factores internos e externos tem estado a criar uma situação difícil para o país, apelando à sociedade para se empenhar cada vez mais no aumento da produtividade e da competitividade do sector produtivo e do maior aproveitamento de recursos. De acordo com o PR, a exploração mais eficaz das potencialidades que nos são oferecidas na área da agricultura, da pecuária e da piscicultura, em particular, passa pela disseminação das práticas que dão conteúdo à “revolução verde”, com destaque para a produtividade agrária, o agro-processamento, o armazenamento, a embalagem e o transporte dos produtos agrários. Disse ainda que importa que os exemplos de aumento da produção e da produtividade, incluindo dos produtos alimentares importados, bem como as experiências de agro-processamento, que com elas entra em contacto no contexto da presidência aberta e inclusiva, sejam divulgadas, replicadas e popularizadas. Durante três dias, perto de 800 delegadas eleitas nas conferências distritais e provinciais da OMM vão reflectir, entre outros assuntos, sobre os desafios que a organização tem pela frente, tendo em conta que ela é um dos garantes da materialização do programa quinquenal do Governo, traduzido do manifesto eleitoral da Frelimo, segundo afirmou por sua vez a respectiva presidente, Maria da Luz Guebuza. Vão ainda debruçar-se sobre as acções a serem realizadas aos diferentes níveis e órgãos e pela mulher no seu todo, conscientes de que tomando a liderança na implementação do programa do Governo estarão a garantir que mais mulheres estejam envolvidas no combate à pobreza e sejam líderes na promoção da cultura de trabalho, bem como definir os passos firmes a dar para que a mulher moçambicana continue a contribuir grandemente na produção de riqueza e elevação do bem-estar das famílias. Maria da Luz Guebuza, disse, entre outras coisas, que a OMM tem assumido um papel de proeminência nas várias frentes de desenvolvimento, quer sejam de ordem económica, social, política ou cultural. Disse ainda que é visível a acção da organização nas diferentes etapas dos processos eleitorais, desde as campanhas de educação cívica e de mobilização do eleitorado a favor dos ideais da Frelimo, até à votação. “Em cada vitória do nosso partido, que sabiamente orienta a OMM, temos atingido um número crescente de mulheres nos órgãos de decisão como na Assembleia da República, no Conselho de Ministros, na Administração Pública e de Justiça, nos diversos órgãos de decisão dos níveis central, provincial, distrital e local do Aparelho de Estado. É também evidente a aparição da mulher na liderança das organizações da sociedade civil, no empreendedorismo e na promoção da saúde pública e em outras actividades de carácter económico, político e sociocultural”, sublinhou Maria da Luz Guebuza. Através do envolvimento de todos os membros e simpatizantes da OMM, as mulheres reafirmam que continuarão fortes para enfrentar e vencer os diferentes desafios. É neste contexto que, segundo afirmou Maria da Luz Guebuza, a Organização da Mulher Moçambicana tem estado a ampliar e a fortalecer as suas estruturas dentro e fora do país, mobilizando e angariando novos membros; perpetuando assim o carácter abrangente que sempre lhe foi característico. Como resultado da acção mobilizadora da OMM, a mulher moçambicana está cada vez empenhada na luta contra o HIV e SIDA e outras endemias, na promoção da saúde da mãe e da criança, em acções de saneamento do meio e, de modo geral, na promoção de valores que a identificam como família moçambicana. AS CANDIDATAS Três candidatas concorrem ao cargo de secretária-geral da OMM. São elas Francisca Domingos Tomás, Beatriz Ajuda e Amélia Franklin, todas membros do Conselho Nacional da Organização da Mulher Moçambicana. Beatriz Ajuda e Francisca Domingos são também deputadas da Assembleia da República. Entretanto, a actual secretária-geral da OMM, Paulina Mateus, não se vai recandidatar por imperativos estatutários. Participam ao III Congresso, que decorre na Escola Central da Frelimo, para além das delegadas, convidados de diferentes organizações nacionais e internacionais. Participam como convidados delegações de Angola, Malawi, Zimbábwe, Brasil, Tanzania, Palestina, pan-africana das mulheres da região e Federação Democrática das Mulheres |
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