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notcias: O álibi
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De: isaantunes  (Mensaje original) Enviado: 30/04/2011 21:30

Ao ver as reportagens do Congresso do PS, a pergunta que mais frequentemente me ocorreu foi como é que os Portugueses, na angustiante situação que vivemos, olhariam para aquele espectáculo.

Um espectáculo que exibia uma incómoda exuberância de meios ao mesmo tempo que revelava uma montagem atenta ao mais ínfimo pormenor (com música, abraços e lágrimas). Mas de onde, na verdade, não brotava uma só ideia, uma só preocupação com o País, uma só proposta para o futuro...

Onde, pelo contrário, era bem visível a obsessão com o poder e a preocupação em bajular o líder no seu bunker, seguindo um guião e repetindo "ad nauseam" um só argumento, com uma disciplina de fazer inveja ao PCP!...

Ter-se-á atingido aqui o lúgubre apogeu do "socialismo moderno", esse híbrido socrático que ficará na história por ter esvaziado o Partido Socialista de quase todos os seus valores patrimoniais e diferenciadores, reduzidos agora a um mero videoclip.

Como na história ficará também a indigência intelectual e o perfil ético de tantos "senadores" do PS que subiram ao palco para - com completo conhecimento de causa sobre o gravíssimo estado do País - acenar cinicamente aos militantes e aos Portugueses, por puro e interessado calculismo político.

O Congresso assumiu a estratégia de Sócrates que é, há muito, clara: ignorar os factos e sacudir as responsabilidades. Inventando uma boa história, que seja simples, que hipnotize as pessoas e, sobretudo que as dispense de olhar para os últimos seis anos de governação, para os números do desemprego, do défice, da dívida ou da recessão. Ou de pensar nas incontornáveis consequências de tudo isto no nosso futuro. Eis o marketing político no seu estado mais puro, e mais perverso.

Esta história começou a ser preparada logo em Janeiro, quando era por demais evidente o que se iria passar com o nosso endividamento e com as nossas finanças públicas. Sócrates lançou então o slogan "Defender Portugal", insinuando subliminarmente que os adversários do PS só podiam ser adversários de Portugal.

Montado o cenário, faltava apontar os vilões. Primeiro, o inimigo externo, e para isso diabolizou-se o FMI, qual dragão que paira ameaçadoramente sobre as nossas cabeças, e contra o qual o herói luta com denodo. Um pouco mais tarde, com o chumbo do PEC IV, estava encontrado o inimigo interno. Um inimigo que "tira o tapete" ao nosso herói, exactamente quando este "ia salvar Portugal". Ferido, o herói não sai de cena. Ei-lo que se reergue, determinado, para mais uma batalha. Desce o pano, e agenda-se o segundo acto para dia 5 de Junho.

Há que reconhecer: tudo isto foi muito bem planeado, teatralizado e concretizado, de modo a que esta fábula funcione não só como um álibi para Sócrates mas, também, como uma "cassete" de campanha.

Montada a história, trata-se agora de repeti-la. É como se todos os dirigentes socialistas passassem a falar pelo teleponto do próprio Sócrates, como se todos tivessem esse teleponto dentro da própria cabeça - e isso, como vimos, funciona, pelo menos em mundos como o da "bolha" do Congresso de Matosinhos.

A força da história avalia-se pelo modo como deforma os factos e maquilha a realidade. Em Matosinhos, ela foi muito eficaz para esconder aquilo que na verdade mais perturba os socialistas: esta é a terceira vez que o FMI é chamado a intervir em Portugal, e, sendo verdade que veio sempre a pedido de governos liderados pelo PS, esta é a primeira vez em que vem devido a erros de governação do próprio PS.

Isto nunca tinha, de facto, acontecido: em 1977/78 o FMI veio por causa dos "excessos" revolucionários, e em 1983/84 para corrigir os deslizes do governo de direita, da Aliança Democrática. Em ambas as situações o PS apareceu, com a coragem de Mário Soares, a corrigir os erros de governações anteriores e a defender o interesse nacional. Desta vez é diferente: o FMI é chamado a Portugal justamente devido à acção de um governo do PS, dirigido pelo seu secretário-geral.

Para grandes males, grandes desculpas? É o que parece. Esta história inventada pelos conselheiros de Sócrates vai fazendo o seu caminho. Espalha-se com mais desenvoltura que um programa eleitoral, e consegue fazer com que muita gente, sem dar por isso, acredite no inacreditável: num dia o nosso primeiro-ministro estava "quase a conseguir salvar-nos", e no dia seguinte o chumbo do PEC IV abriu um buraco de 80 mil milhões de euros...

Não consigo conformar-me com este modo de "fazer política". Sofro, como milhares de socialistas, e certamente muitos mais portugueses, com este tipo de comportamento que joga no "vale tudo" para permanecer no poder. Ao arrepio de todos os valores, ignorando as mais elementares regras da ética, transformando a política num mero exercício de propaganda que se avalia por um único resultado: continuar no poder.

O Partido Socialista ficou reduzido ao álibi de Sócrates. Um secretário-geral que deu sem dúvida provas como candidato eficaz, mas que também já as deu como governante medíocre, conduzindo o País à bancarrota e à mais grave crise que o País já conheceu desde o 25 de Abril de 1974.

Foi com estes dados que o PS saiu do Congresso, à espera de um milagre eleitoral no próximo dia 5 de Junho. Mário Soares falava prudentemente, aqui no DN de anteontem, no risco de um duche gelado que entretanto o PS corre. Mas mesmo que tal não aconteça, não haja ilusões: ganhe ou perca, no dia seguinte às eleições este PS do álibi vai estar como estava na véspera - com uma mão-cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Talvez, finalmente, a olhar para o abismo onde nos conduziu. E quanto a Portugal, o que será de nós?

 

por MANUEL MARIA CARRILHO

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1829844&seccao=Manuel%20Maria%20Carrilho&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco&page=-1



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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 2 de 6 en el tema 
De: mariomarinho2 Enviado: 30/04/2011 21:51
Isabel ....................Quse não precisei de confirmar o autor, para quase adivinhar : Quem ???????? Este ???????? Com ares de isento e puritano.... Contesta o sistema, mas mama no sistema.

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 3 de 6 en el tema 
De: mayrameireles Enviado: 01/05/2011 18:08
Tratou-se com efeito, de uma bem estudada mega operação de manipulação do "inocente" (para não dizer outro adjetivo) eleitorado português(não estou a generalizar) à qual não faltaram os condimentos da bajulação, do servilismo e do culto da personalidade do vigarista Sócrates, levada a extremos nunca antes vistos. Um beijinho grande aos dois, Mayra

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 4 de 6 en el tema 
De: mariomarinho2 Enviado: 01/05/2011 18:43
Manuel Maria Carrilho Manuel Maria Ferreira Carrilho (Viseu, 9 de julho de 1951) é um professor universitário, filósofo e político português. Viveu em Viseu até aos dezoito anos de idade, onde o pai, Manuel Engrácia Carrilho, foi governador civil e presidente da Câmara. Na capital, licenciou-se em Filosofia, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1975. Seguiu para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, onde se doutorou em Filosofia Contemporânea, em 1985. Ali encetou a sua carreira académica, tendo chegado a professor catedrático, em 1994. A sua investigação incide sobretudo nas áreas da filosofia do conhecimento e das ciências, nas teorias da argumentação e da retórica e nos problemas de comunicação e política. Participou num sem número de academias e outras instituições internacionais, como o Collège International de Philosophie ou a International Society for the Study of Argumentation; criou e dirigiu as revistas Filosofia e Epistemologia, entre 1979 e 1984, Crítica, de 1987 a 1993; foi colaborador da Argumentation, Culture/Europe e Hermes. É autor dos livros Razão e Transmissão da Filosofia (1987), Elogio da Modernidade (1989) Rhétorique de la Modernité (1992), Aventuras da Interpretação (1995), Rationalités (1997), Hipóteses de Cultura (1999), O Estado da Nação (2001) e O Impasse Português (2005). Militante do Partido Socialista, chegou à Comissão Política do PS, em 1996. Chamado a integrar, como ministro da Cultura, os XIII e XIV Governos Constitucionais, foi responsável pela institucionalização e definição de objectivos centrais daquele Ministério, até então inexistente. Em 2000 foi para a Assembleia da República, como deputado pelo Círculo do Porto. Participou nas Comissões Parlamentares de Negócios Estrangeiros e de Assuntos Europeus, além de ser vice-presidente do seu Grupo Parlamentar, de 2002 a 2008. Candidato do PS a presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em 2005, perdeu para Carmona Rodrigues, ficando como vereador, até 2006. Foi designado representante permanente de Portugal na UNESCO, em Paris, em 2009, tendo sido afastado pelo primeiro-ministro José Sócrates em Setembro de 2010[1]. Em Março de 2011 respondeu em tribunal pelos crimes de difamação e ofensa a pessoa colectiva em processo movido pelo proprietário da agência de comunicação Cunha Vaz & Associados, António Cunha Vaz, devido às afirmações feitas por Manuela Maria Carrilho no livro intitulado Sob o Signo da Verdade, onde o ex-candidato à Câmara de Lisboa acusa a empresa de comprar jornalistas e opinadores, justificando assim a sua derrota nas eleições autárquicas de 2005[2]. Publicou artigos de opinião no Expresso, no Público, no Jornal de Letras, no Diário de Notícias, e no matutino francês Le Monde. É comentador político no Jornal Nacional, da TVI. Foi distinguido com a Medalha Picasso-Miró, da UNESCO (1998), o European Archaeological Heritage Prize, da Associação Europeia de Arqueologistas (1999), a Gran Cruz da Orden de Merito Civil, por Juan Carlos de Espanha (1966), a Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, por Fernando Henrique Cardoso (1997), e com a Grand Officier da Légion d' Honneur, por Jacques Chirac (1999). Manuel Maria Carrilho tem quatro filhos e é casado com Bárbara Guimarães. O XIII Governo Constitucional tomou posse a 28 de Outubro de 1995, sendo constituído pelo Partido Socialista com base nos resultados das eleições de 1 de Outubro de 1995. Terminou o seu mandato em 25 de Outubro de 1999, na sequência do termo normal da legislatura. Primeiro-Ministro António Guterres Ministro Adjunto Jorge Coelho Ministro Adjunto do Primeiro Ministro José Sócrates Ministro da Administração Interna Jorge Coelho Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas Luís Capoulas Santos Ministro da Ciência e Tecnologia Mariano Gago Ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho Ministro da Defesa Nacional Jaime Gama Ministro da Economia Daniel Bessa (até 28 de março de 1996) Augusto Mateus (de 28 de março de 1996 a 25 de novembro de 1997) Joaquim Pina Moura (a partir de 25 de novembro de 1997) Ministro da Educação Eduardo Marçal Grilo Ministro da Justiça José Vera Jardim Ministro da Saúde Maria de Belém Roseira Ministro das Finanças António Sousa Franco Ministro do Ambiente Elisa Ferreira Ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território João Cravinho Ministro do Trabalho e Solidariedade Eduardo Ferro Rodrigues Ministro dos Assuntos Parlamentares António Costa Ministro dos Negócios Estrangeiros Jaime Gama [editar] NomeaçõesForam 5597 pessoas que o governo de António Guterres nomeou entre Outubro de 1995 e Junho de 1999. Só para os gabinetes ministeriais, a equipa de Guterres chegou a nomear 2132 pessoas, de acordo com os dados divulgados em Julho de 1999 pela Secretaria de Estado da Administração Pública O XIV Governo Constitucional tomou posse a 25 de Outubro de 1999, sendo constituído pelo Partido Socialista com base nos resultados das eleições de 10 de Outubro de 1999. Terminou o seu mandato a 6 de Abril de 2002, na sequência da aceitação do pedido de demissão apresentado pelo Primeiro-Ministro. O XIV Governo Constitucional contava com o apoio parlamentar da exacta metade dos deputados à Assembleia da República, o que tecnicamente impedia a aprovação de qualquer moção de censura. Primeiro-Ministro António Guterres Ministra do Planeamento Elisa Ferreira Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro Fernando Gomes António José Seguro Ministro da Administração Interna Fernando Gomes Nuno Severiano Teixeira Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas Luís Capoulas Santos Ministro da Ciência e da Tecnologia Mariano Gago Ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho (1999-2000) José Sasportes (2000-2002) Ministro da Defesa Nacional Rui Pena Ministro da Economia Luís Braga da Cruz Ministro da Educação Júlio Pedrosa Ministro da Justiça António Costa Ministro da Juventude e do Desporto José Lello Ministro da Presidência Guilherme d'Oliveira Martins Ministro da Reforma do Estado e da Administração Pública Alberto Martins Ministro da Saúde Manuela Arcanjo António Correia de Campos Ministro das Finanças Guilherme d'Oliveira Martins Ministro de Estado Jaime Gama Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território José Sócrates Ministro do Equipamento Social José Sócrates Ministro do Trabalho e da Solidariedade Paulo Pedroso Ministro dos Negócios Estrangeiros Jaime Gama http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Maria_Carrilho

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De: mariomarinho2 Enviado: 01/05/2011 19:23
No endereço abaixo, poderão constatar algumas reportagens sobre o que foi o dito Congresso http://mariomarinho2.multiply.com/journal/item/1284/1284

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De: mariomarinho2 Enviado: 01/05/2011 19:23
No endereço abaixo, poderão constatar algumas reportagens sobre o que foi o dito Congresso http://mariomarinho2.multiply.com/journal/item/1284/1284


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