Os números apresentados ontem, pelo Instituto Nacional de Viação, Inav, relativos aos acidentes de viação que acontecem nas estradas do país são assustadores. Nos últimos quatro anos, a contar a partir de 2007 até ao ano passado, 6 826 pessoas pereceram em consequência de 20 362 acidentes de viação registados no país.
Os dados revelam um paradoxo! Apesar do número de casos de acidentes de viação ter tido uma tendência de diminuição nesse período em análise, as suas consequências agravaram-se ainda mais. Por exemplo, em 2007, foram registados cerca de 5 411 acidentes de viação que resultaram em 1 502 mortos. Ano passado, os acidentes diminuíram em quase mil unidades em comparação com 2007, mas apesar disso, tiveram consequências mais graves. Ou seja, foram registados 4 547 casos de sinistralidade que fizeram 1 963 mortos em todo o país.
O Instituto Nacional de Viação acredita que as razões desta tendência paradoxal dos números são várias, mas aponta como causa principal os transportes semi-colectivos. É que maior parte dos acidentes que se registam envolvem “chapeiros” transportando maior número de pessoas. Assim, um chapa que se envolve em acidentes pode causar mais de 10 vítimas mortais logo duma vez.
Década de segurança rodoviária
Esta situação triste, não só preocupa o executivo de Guebuza, mas sim o mundo inteiro. Como tal, ontem, o Ministério dos Transportes e Comunicações, através do Instituto Nacional de Viação, em paralelo com outros países do mundo, lançou a “década de segurança rodoviária”.