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CONTOS: CARTAS COM ESTÓRIAS DE ÁFRICA (VII) - UMA AVENTURA NO PUNGÜÉ
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De: nhungue (Mensaje original) |
Enviado: 19/07/2011 14:48 |
Belém, 30/01/2006 A estória de hoje é só sobre uma aventura fracassada na origem. O plano era descer o rio Pungüé até á cidade da Beira. Por estrada eram uns 200 quilômetros, nem sempre fáceis e onde, no tempo das chuvas, mesmo de Jeep, poucos se aventuravam.
O rio Pungüé não era um grande rio. Sinuoso, passando em sua maior parte por território desabitado, por entre mata virgem e atravessando alagados onde as margens se perdiam no horizonte. Tinha também hipopótamos, jacarés... A idéia era de louco, mas até cairem na real... Cada um construiria seu próprio barco. Me lembro que um fez uma jangada com pipas de vinho unidas com as tabuas de outras pipas. Testamos a dita em uma lagoa perto da vila. Serviu de trampolim para mergulharmos por uns dias. Acabou por se desfazer toda.
Teu pai resolveu fazer algo tipo canoa. A quilha era feita com uma tabua, (não me lembro o nome), que era usada para esconder o varal onde se penduravam as cortinas. A armação foi feita com madeirra de caixotes e para completar, forramos a "coisa" com pano de sarapilheira engomado e pintado com tinta a óleo. Só de olhar... Carregamos "a coisa" até uma barragem agricola que ficava perto da vila. Flutuou! Estava meio apreensivo, pois eu costumava ser a cobaia. Ele não ia porque tinha que segurar a canoa para a vítima subir nela. Felizmente o Zéquinha achou que eu não tinha peso suficiente para o teste, e tratou de convencer o moleque que nos acompanhava a entrar na canoa, embora ele alegasse que não sabia nadar. Bem, o pobre subiu na canoa e logo que ele se sentou, o teu pai deu aquele empurrão. Com a velocidade do impulso a canoa andou alguns metros "direitinha" e... virou. Felizmente o teu pai sabia nadar bem e foi buscar o moleque que nunca mais quiz saber das nossas brincadeiras. Ainda resolvemos o problema da estabilidade pendurando no fundo umas varas grossas de ferro de construção, mas a expedição, essa morreu aí. Eramos loucos, mas não eramos burros de todo e a loucura passava rápido. Já crescidinhos ainda compramos planos para construir um IATE... Para dar a volta ao MUNDO...POIS ENTAO! |
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De: mariomarinho2 |
Enviado: 19/07/2011 15:06 |
citando...............
Eramos loucos, mas não eramos burros de todo e a loucura passava rápido.
...Gostei !!!!!! |
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De: helenamarinho |
Enviado: 19/07/2011 19:33 |
Belo conto!!!!
Uma das coisas que ainda hoje me intriga, é que em África, quando alguém tinha uma ideia havia logo um monte de voluntários, e cada um com ideias melhores do que o outro....... que bom que é o são convívio e a ingenuidade da mocidade..... que bom.....
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