“Estamos com problemas sérios para o enquadramento na vida social activa desta camada vulnerável da população”, disse Páscoa Sumbana Ferrão, directora provincial da Mulher e Acção Social que indicou que a maior parte das mulheres e crianças são viúvas e órfãs cujos maridos e pais morreram vítimas do HIV/SIDA.
Algumas organizações governamentais e não-governamentais, religiosas e outras, têm vindo a canalizar à direcção provincial da Mulher e Acção Social apoios multiformes de forma a minimizar o sofrimento daquele grupo populacional que, entretanto, se mostram insuficientes face ao crescente número de necessitados, conforme assinalou a nossa fonte.
A directora provincial da Mulher e Acção Social de Tete revelou que 498 mulheres vulneráveis estão enquadradas em 22 projectos de geração de rendimentos e auto-emprego, nomeadamente de exploração de bancas fixas para a comercialização de produtos diversos, de criação de gado bovino e caprino, corte e costura e de produção agrícola. Referiu que estes projectos e outros de geração de receitas estão a ser desenvolvidos, particularmente nos distritos de Angónia, Changara, Cahora Bassa, Chiúta, Moatize, Magoè, Marávia, Tsangano, Mutarara e na cidade de Tete.
Páscoa Ferrão disse que sete associações entre agrícolas e de produção de galinhas, integrando mulheres, no âmbito do programa do seu empoderamento, estão a receber apoios financeiros e de factores de produção disponibilizados pelo Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), acção que está a trazer benefícios assinaláveis no seio do grupo beneficiário.
Entretanto, durante o primeiro semestre do ano em curso, foram assistidas em todos os distritos da província de Tete, 16.985 crianças órfãs e vulneráveis das 2.735 planificadas, o correspondente a uma execução de 100 porcento. Daquele número de petizes, de acordo com as explicações da directora provincial da Mulher e Acção Social, 8.646 são do sexo feminino.
Ao nível da província de Tete funcionaram, durante o período em referência seis dos 10 centros de acolhimento das crianças órfãs e vulneráveis, os quais atenderam 485 petizes do grupo dos 500 inicialmente previstos. Páscoa Ferrão explicou que outros 10 centros funcionaram no ano passado ao nível daquele ponto do país, nos quais foram atendidos 1.376 menores.
Em termos de assistência à pessoa idosa, a nossa interlocutora disse que durante o primeiro semestre do ano em curso foram atendidas em todos os distritos da província, 6.444 pessoas do grupo alvo dos 35 planificados, sobretudo com a distribuição de produtos alimentares. Referiu que a subida do número de beneficiários deveu-se à contribuição de parceiros de cooperação ao nível das comunidades visto que, o plano inicial, foi fixado sem a incorporação destes.
“Presentemente, funcionam na província dois centros de Apoio à Velhice localizados na periferia do município da cidade de Tete, com 28 idosos e dois centros abertos comunitários com 79 idosos, acomodando um total de 107 utentes”, disse a directora provincial da Mulher e Acção Social de Tete.
Em relação à pessoa portadora de deficiência, a direcção provincial da Mulher e Acção Social conseguiu identificar e registar sete mil pessoas naquela condição, das quais 3.969 beneficiaram de apoio em produtos alimentares e vestuário, sendo 1.816 mulheres. Refira-se que o remanescente número de 3.031 é de candidatos elegíveis para o Programa de Subsídio de Alimentos em curso na província.
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