Moçambique deverá integrar a lista de países beneficiários dos fundos do Banco de Desenvolvimento da China (CDB), ao abrigo dos acordos que serão rubricados durante a visita do Presidente moçambicano, Armando Guebuza, à China, disse fonte diplomática.
Segundo uma fonte do Governo moçambicano, citada pela Agência de Informação de Moçambique, "a nova fase implica a obtenção de créditos comerciais da China, na base de ganhos mútuos, porque até aqui muitos projectos em curso em Moçambique resultaram de créditos concessionais".
O chefe de Estado moçambicano iniciou uma visita de uma semana à República Popular da China, a convite do seu homólogo, Hu Jintao, durante a qual irá assinar cerca de 12 acordos ou memorandos de entendimento.
A fonte diplomática referiu que o objectivo de Moçambique é conseguir parte desse dinheiro para alimentar os projectos de desenvolvimento e combate à pobreza.
Contudo, não adiantou os montantes pretendidos por Moçambique para o próximo triénio por via do CDB.
A hipótese de integração do país na lista de beneficiários de financiamentos do CDB foi avançada durante uma reunião da Comissão Mista Moçambique-China, confirmou aos jornalistas a vice-ministra moçambicana para a Planificação e Desenvolvimento, Amélia Nakhare.
Segundo Amélia Nakhare, a entrada do CDB vai trazer uma nova perspectiva na abordagem do sector privado e na canalização de financiamentos para o investimento público.
"Há um espaço aberto para que efectivamente os investimentos ocorram", disse, até porque "haverá encontros ao nível da liderança deste banco para se deliberar o montante a ser canalizado a Moçambique, na base de ganhos mútuos", assinalou Amélia Nakhare.