Em entrevista ao DN, Jaime Nogueira Pinto considera que o sucesso do seu livro Jogos Africanos, que já vai na 4.ª edição, se deve ao facto de ser uma história de Angola e de Moçambique desde 1974/75 até 2002 à conclusão da guerra civil de Angola, escrita a partir de uma experiência pessoal. "Melhor ou pior tem essa história contada. Julgo que é isso que leva as pessoas em Angola, mas também em Moçambique e aqui em Portugal, a procurarem e a lerem o livro, diz.
O escritor considera que cada vez mais se pode falar numa África lusófona, devido a "uma vivência histórica e humana profunda" e não considera perigoso o alto investimento que Angola está a fazer em Portugal. "Não sei porque é que há-de ser perigoso. A questão é que a política tem de aprender a viver e a guardar a sua independência em relação à economia e não vejo os angolanos a intervirem na política portuguesa".
50 anos depois, Jaime Nogueira Pinto afirma que já é tempo de ultrapassar as feridas da Guerra Colonial. "Há várias maneiras de as ultrapassar. Eu ultrapassei. Jogos Africanos é também a história da minha superação e das boas relações, até de amizade, que acabei por estabelecer com pessoas que estavam do outro lado da barricada", diz.
Leia a entrevista na íntegra no e-paper do DN.
31 entrevistas em Agosto é uma rubrica do "Made in Portugal": durante os 31 dias deste mês de Agosto o DN publicará 31 entrevistas a figuras portuguesas, que falarão do País que temos e daquele que queremos. Todas as entrevistas serão conduzidas pelo jornalista João Céu e Silva. AMANHÃ: Alexandra
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