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notcias: CONDENADO A PRISAO POR INTERROMPER TRATAMENTO DE TB
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De: isaantunes  (Mensaje original) Enviado: 20/08/2011 09:14

CONDENADO A PRISAO POR INTERROMPER TRATAMENTO DE TB

19-08-2011 11:29:40


NAIROBI, 19 AGO (AIM) – Daniel Ng’etich foi detido há um ano e condenado a oito meses de prisão na sua cidade de Kapsabet, na província queniana de Rift Valley por ter interrompido o tratamento que vinha fazendo contra a tuberculose.

Activistas dos direitos humanos insurgiram-se contra aquilo que classificaram de violação dos direitos humanos, mas funcionários do governo defendem que a medida é no interesse da saúde pública.

Eventualmente, Ng’etich foi liberto por causa da pressão dos activistas antes do fim da pena. Ele contou à IRIN a sua experiência.

“Um dia, em Abril de 2009, decidi ir ao hospital para uma consulta porque me tinha estado a sentir mal nos últimos três meses. Quando cheguei lá, fui levado ao laboratório porque tinha dito ao médico que sentia dor no peito e estava a tossir. Também me sentia muito fraco.

“Disseram-me que tinha tuberculose e deram-me medicamentos. Tomei a medicação durante três meses mas quando me senti melhor parei. Não que eu não quisesse tomar os medicamentos ou que não quisesse ser tratado – nunca me disseram durante quanto tempo eu devia tomar os medicamentos”, disse

“Depois que parei de tomar a minha medicação contra a TB, não sabia que estava a ser procurado como um criminoso. Eles (a polícia) simplesmente chegaram à igreja e me prenderam a mim e a outros amigos meus, dizendo que eu tinha recusado tomar os medicamentos embora tivesse uma doença altamente infecciosa”, acrescentou.

Ele adiantou ainda que “Eu disse-lhes que não sabia o que tinha feito de errado. Eles levaram-me ao tribunal e o juiz disse-nos que estariamos sob custódia até terminarmos a nossaa medicação ou até que os médicos estejam convencidos que estamos prontos para tomar os medicamentos. O juiz condenou cada um de nós a oito meses de prisão”.

“A minha experiência na prisão foi pior do que o sentimento que eu tinha por causa da doença. Na prisão, pode-se facilmente ser re-infectado mesmo estando em tratamento porque muita gente lá tem tuberculose, como eu. Alguns estavam a tossir mais do que eu. Perguntei-me: se esta gente queria tanto que eu terminasse o tratamento, porque é que não podiam levar-me ao hospital e trancar-me lá?”

“Agora estou a tomar a minha medicação e estou quase a terminar. Eu penso que quando a pessoa vai ao hospital deviam dizer-lhe : ‘não pares de tomar os medicamentos até que nós digamos’. Na aldeia, muita gente é ignorante. A única coisa que sabem é a cor dos medicamentos e nada mais. Para um paciente, o médico sabe tudo – exactamente como Deus”.

Aqui fora as pessoas ainda se riem de mim e dizem que eu sou como uma criança que deve ser presa para terminar a medicação. Sinto-me estigmatizado porque as pessoas pensam que sou uma pessoa muito perigosa. Embora me sinta mal sobre o facto de ter sido preso, sei que a minha história despertou as pessoas para a seriedade da tuberculose”, disse Ng’etich.


(AIM)
Irin/bm/mz

(AIM)

http://noticias.sapo.mz/aim/artigo/206619082011112940.html



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De: isaantunes Enviado: 20/08/2011 12:05
Esta notícia veio, ao encontro de uma dúvida que, me surgiu há algum tempo, ao saber de alguém que portador da doença, não se mostrava interessado em tratar-se, nem sequer em informar quem lhe estava próximo. Interroguei-me, se não deveria ser privado da sua liberdade, para salvaguarda da saúde pública... No caso que aqui se refere, a situação é diferente, por se tratar de falta de esclarecimento, por parte dos serviços de saúde, afinal os verdadeiros culpados; apreciei a preocupação, por parte das autoridades. Isabel


 
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