A celebração, num único dia, foi motivo de grande satisfação e seguiu-se à visualização da lua, num ano em que o lema escolhido se relaciona com a solidariedade e aproximação entre os próximos.
Aliás, é neste contexto em que as principais mensagens divulgadas foram da necessidade de um maior reforço da interdependência entre os cidadãos e partilha de estratégias de sobrevivência.
Isac Sama, do Centro de Estudos Islâmicos, considerou a ocasião como sendo um momento impar para os muçulmanos de todo o país aumentarem a sua amizade e trabalho de modo a resolverem os problemas sociais.
“Já não faz sentido que haja divisão nas datas festivas porque todos seguimos os mesmos ideais. Assim, utilizamos o critério da visualização da lua para podermos celebrar o Ide-fitri. O mesmo aconteceu em Meca, Arábia Saudita”, disse ele.
Para o sheik Abdul Carimo, a celebração do Ide-Fitri num único dia é motivo de agradecimento ao Deus todo-poderoso pois sem ele nada é possível.
Conforme disse, a procura de unidade e tranquilidade devem fazer parte da reflexão de todos os cidadãos, sobretudo para acabar com a existência de crianças na rua.
Ontem, logo pela manhã, os muçulmanos concentraram-se nas mesquitas, orando pela paz e prosperidade, sobretudo para que iniciativas como os jogos africanos e FACIM decorram bem.
A guerra que se regista nalguns países como a Líbia e Egipto foram mencionados como sendo exemplos de actos protagonizados pelo homem que devem ser combatidos a todo o tempo.
“Ao fim da manhã seguiram-se visitas e confraternizações entre amigos e familiares. As festas correram bem e sem nenhum incidente negativo”, assegurou Abdul Carimo.
A propósito desta celebração, a Frelimo distribuiu ontem à Imprensa uma mensagem de felicitação aos muçulmanos pois, no entender desta formação política, as acções de solidariedade, hospitalidade, caridade e generosidade devem continuar a ser promovidos como cultura e prática regulares, através de apoio à criança, idosos e pessoas mais necessitadas.
“A Frelimo reconhece e encoraja o papel das confissões religiosas a continuarem a participar no desenvolvimento do país e, em particular, na educação, na saúde, na resolução dos problemas da sociedade, no interesse pela harmonia da família moçambicana, na consolidação da paz e pela defesa dos valores morais e éticos da sociedade”, lê-se numa das passagens da mensagem.
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