O Vasco partiu, ontem, ao início da tarde, de regresso à casa do PAI, para o descanso eterno, de uma vida marcada, pela grandeza do seu carácter. Firme, nas suas convicções, generoso na dádiva, sereno na atitude, era assim, o amigo e o profissional, com quem, tive o privilégio de privar, na Beira e em particular, na Mundial e Confiança de Moçambique.
Recorda-lo, como amigo é regressar a um passado já distante, às festas do 100 A HORA, do ATCM, às noites de fim de ano, à sua boa disposição e ao seu exemplo de saber estar. Contudo, foi na Mundial que, a sua personalidade me marcou, de forma indelével, pela lisura e pelo respeito da opinião alheia, sobretudo, no período após a independência de Moçambique. Desempenhando funções, de alta responsabilidade, na Seguradora, nunca deixou de estar presente nas reuniões, com os representantes da Frelimo, nem se escusou ao que dele se esperava, sem que alguma vez, o tivessemos visto erguer o braço, em sinal de apoio, a um ideal politico que, não era o seu.
A Comunidade Beirense está mais pobre e os amigos sentem, já, a saudade, amarga, de quem se despede, para sempre.
Adeus Vasco, o meu, grande, obrigada, pela sua amizade e por me ter ensinado a profissão que, desempenhei, com paixão!
Isabel Antunes