14/12/2011
(Os manifestantes “estão a redefinir o poder do povo” mundo) Que 2011 é um ano que ficará marcado na história e na memória de todos, não há dúvidas. Muitas mudanças, revoluções e quedas de figuras emblemáticas aconteceram em apenas doze meses. E, por trás de muitos desses eventos históricos esteve a força da população, que, cansada da forma como as coisas estão sendo feitas há anos, resolveu mobilizar-se para mudar o cenário ao redor do mundo. Para homenagear os participantes da chamada Primavera Árabe, do “Ocupem Wall Street”, do “15-M” e tantos outros movimentos que marcaram este ano, a revista “Time” elegeu “o manifestante” como “Personalidade do ano”. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, durante o programa “The Today Show”, do canal americano NBC. A escolha da publicação leva sempre em conta a pessoa ou coisa que a revista considera ter influenciado mais a cultura e o noticiário durante o ano, para o bem ou para o mal. A escolha foi justificada porque os manifestantes “estão a redefinir o poder do povo” mundo. O texto sobre “o manifestante” fala sobre o início da onda de protestos e revoluções, que começou há um ano, na Tunísia. E cita os protestos pela crise e contra o sistema econômico em cidades dos Estados Unidos, Madrid, Atenas, Londres e Tel Aviv; contra as eleições fraudulentas na Rússia; por democracia e pela saída de ditadores nos países árabes; pela educação no Chile; e contra o crime e a corrupção no México e na Índia. “Em cada lugar, o descontentamento latente dos últimos anos entrou em ebulição”, afirma o texto. Em 2010, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, foi escolhido a “Personalidade do ano”. A rede social, inclusive, foi muito usada para organizar protestos pelo mundo e foi considerada um dos propulsores da revolução líbia que derrubou Muamar Kadafi. Barack Obama, Bono, George W. Bush e Adolf Hitler também já foram eleitos pela revista, que elege a “personalidade do ano” há 80 anos. |