A ameaça de Teerã de bloquear o embarque de navios com petróleo bruto através da passagem vital para os fornecedores do Oriente Médio foi feita depois da decisão da União Europeia de reforçar as sanções contra o Irã por seu programa nuclear, e pelas medidas dos Estados Unidos de aumentar as sanções unilaterais.
Segundo a Press TV, emissora de língua inglesa do Irã, Hossein Salami disse: "qualquer ameaça será respondida com ameaça... não vamos abandonar nossas medidas estratégicas se os interesses vitais do Irã forem de qualquer maneira enfraquecidos".
Salami também teria dito, segundo a agência de notícias oficial IRNA: "os norte-americanos não estão em uma posição de permitir que o Irã feche o estreito de Ormuz".
A 5a Frota dos EUA disse na quarta-feira que não permitiria qualquer interrupção no tráfego do estreito de Ormuz, uma faixa de água que separa Omã e Irã.
Em desacordo com o Ocidente sobre seu programa nuclear, o Irã já havia dito que iria interromper o fluxo de petróleo no estreito no Golfo se as sanções atingissem as exportações de petróleo iraniano.
Analistas dizem que o Irã pode provocar caos no estreito de Ormuz, que liga os maiores produtores de petróleo do Golfo, incluindo Arábia Saudita, com o golfo de Omã e o Mar Arábico. Em seu ponto mais estreito, a faixa de água tem 34 km de largura.
Mas sua Marinha não seria páreo para o poder de fogo da 5ª Frota, que consiste em mais de 20 navios apoiados por aeronaves de combate, com 15.000 tripulantes e outros 1.000 soldados em terra.