A reposição do tráfego foi possível graças ao empenho da equipa de reposição constituída de emergência para atender ao problema e que esteve dia e noite no terreno a solucionar a ruptura que já ameaçava o abastecimento em produtos de primeira necessidade, incluindo combustível, às províncias de Gaza e Inhambane, para além das centenas de viaturas e pessoas que ficaram dias a fio à espera em todos os sentidos.
Constatámos no local que apesar de o tráfego ter sido reaberto a todo o tipo de viaturas, continua porém condicionado, porque ainda decorrem obras na plataforma para repor a originalidade da via.
José Freitas, Director-Técnico da Construções JJR, empresa contratada pela Administração Nacional de Estradas para realizar trabalhos de emergência, disse que o tráfego, apesar de reaberto, vai continuar condicionado durante cerca de uma semana, período que se julga suficiente para a reposição da base e do asfalto em toda a secção das obras.
Um total de 30 camiões transportou ininterruptamente pedra de Boane durante dia e noite e o trabalho prossegue visando repor o perfil da estrada. Até ontem a via estava com cerca de cinco metros de largura, não permitindo, por isso, o cruzamento de viaturas. Segundo José Freitas, a JJR tem como missão repor a via ao padrão anterior, incluindo a asfaltagem.
Ainda na Estrada Nacional, as águas da chuva provocaram erosão junto a um aqueduto à entrada do distrito de Bilene. O Director Provincial das Obras Públicas de Gaza, José Mahumane, garantiu que a EN1 vai continuar transitável naquele ponto, uma vez que o perfil da estrada não está afectado.
“A nossa intervenção é para proteger a soleira do aqueduto da erosão. É apenas uma medida de prevenção. Para um trabalho definitivo já foi feito um levantamento técnico para proteger as paredes através de gabiões”, disse.
O facto foi confirmado pelo consultor de estradas Anthony Odiase, em conversa com a nossa Reportagem no local.
Entretanto, a Direcção Nacional de Águas (DNA) comunicou que nas bacias hidrográficas do Incomáti, Maputo, Limpopo, Licungo e Messalo os níveis hidrométricos continuam acima do alerta, com registo de inundações nas zonas baixas. Na bacia do Licungo, em Mocuba, os níveis atingiram o alerta ontem, devido à propagação do escoamento proveniente das estações a montante e das chuvas que se registam localmente.
Na bacia do Limpopo prevêem-se inundações localizadas nas aldeias de Bocue, Chitsoluine, Guaiane, Guemulene, Gungunhani, Guveguve, Macalauene, Maqueze, Mangoro, Macotuene e Tlhalhene. Em Xai-Xai, os níveis tenderão a subir, podendo ser condicionado o trânsito nas vias de acesso de Zicai-Gumbane, Chilaúle-cidade de Xai-Xai, Mahelene-Chilaulane, Chilaulane- cidade de Xai-Xai e Chicumbane-Cidade de Xai-Xai.
Com relação ao ciclone “Funso”, o Instituto Nacional de Meteorologia deu conta que o sistema reintensificou-se, atingindo a categoria 4, a cerca de 400 quilómetros da costa do distrito de Inhassoro, em Inhambane, devendo afectar Inharrime, Panda, Jangamo, Homoíne,cidade de Inhambane, Maxixe, Morrumbene, Massinga, Vilankulo e Inhassoro, com chuvas em regime forte, mais de 50 milímetros em 24 horas.
http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1352971