A distinção foi anunciada na reunião daquela organização, que decorreu à margem da Cimeira da União Africana, que vinha se realizando desde a semana passada, tendo o Presidente Armando Guebuza assumido a Vice-Presidência da ALMA, segundo disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Balói.
De acordo com a informação do titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, a distinção resulta do facto de Moçambique fazer parte dos países africanos que removeram as taxas e tarifas na importação das redes mosquiteiras tratadas com insecticida de longa duração e outros produtos eficazes no combate à patologia, que até ao presente momento representa a primeira causa de morte e de internamento de crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas.
Actualmente as redes mosquiteiras são distribuídas gratuitamente aos principais grupos alvos, como sejam crianças menores de cinco anos de idade e mulheres grávidas.
De igual modo, o prémio justifica-se pelo facto de o país ter banido as monoterapias à base de artemisinina para o combate daquela doença e no seu lugar ter adoptado as terapias combinadas de artemisinina, em observância à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). As monoterapias são consideradas como sendo relativamente ineficazes, pois facilitam a resistência aos anti-maláricos.
Dados estatísticos actuais revelam que os óbitos e os episódios de malária continuam a registar uma diminuição no país, embora o peso da doença persista.
Neste contexto, em 2009 Moçambique teve 4.310.086 episódios de enfermidade e um total de 2467 óbitos. No ano seguinte os números baixaram, tendo a patologia afectado 3.381.371 pessoas e provocado a morte de 1859 indivíduos.
No ano passado a tendência da redução continuou. Um balanço atinente ao período compreendido entre Janeiro e Novembro do ano transacto indica que houve 3.197.840 casos e um total de 2139 óbitos.
A Aliança dos Líderes Africanos Contra a Malária é um órgão que foi criado pelo Presidente tanzaniano, Jakaya Kikwete, que na segunda-feira entregou a presidência da ALMA à sua homóloga liberiana, Ellen Sirleaf-Johnson.
No evento, outros quartos países, nomeadamente a Tanzania, Benin, Camarões e Quénia, também foram distinguidos com prémios de “segunda categoria” pelos progressos assinaláveis no controlo e combate à malária.