Maputo, 10 fev (Lusa) - O sequestro de uma mulher de origem asiática, na noite de quarta-feira em Maputo, elevou para 13 o número de raptos registados nos últimos meses na capital de Moçambique, noticia hoje a imprensa local.
O principal alvo dos sequestradores são elementos das bem sucedidas comunidades paquistanesa e indiana residentes em Moçambique, cujas famílias têm pagado resgates de entre 500 mil e dois milhões de dólares, segundo a imprensa moçambicana.
O último rapto ocorreu na quarta-feira numa das principais avenidas de Maputo, não longe do consulado português, a uma hora ainda movimentada, 20:45 (18:45 em Lisboa) e, segundo o diário O País, envolveu uma mulher da comunidade ismaelita, associada a um forte grupo económico moçambicano, Africom.
Esta semana, as autoridades prisionais transferiram para uma cadeia mais segura dois dos assassinos do jornalista Carlos Cardoso, que cumprem penas acima dos 23 anos de prisão, por, segundo alguns jornais, se suspeitar que serão os cérebros da vaga de raptos.
Conta o semanário Savana que um deles, Nini Satar, a cumprir pena de 24 anos, criou um blogue e tem uma conta no Facebook com mais de 1.500 amigos.
A transferência de cadeia terá tido como objetivo impedir que continuem a comunicar com o exterior.
LAS.
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