O vaivém Discovery sobrevoou nesta terça-feira o coração da cidade de Washington a baixa altitude, no derradeiro voo. Despedia-se em pleno, com Capitólio como cenário, enquanto ia às costas de um avião Boeing-747 a caminho do destino final, o Museu Nacional do Ar e do Espaço do Instituto Smithsonian.
Depois de 39 missões espaciais, o Discovery, tal como a restante frota de vaivéns dos Estados Unidos, viu a reforma tornar-se uma realidade. A 8 de Julho de 2011 o programa dos vaivéns, que teve o voo inaugural em 1981, chegava ao fim, com a ida pela última vez ao espaço de um destes veículos, o Atlantis.
Esta decisão teve por base os custos elevados de operação dos vaivéns e as opções estratégias dos Estados Unidos para o espaço, que a certa altura tinham os olhos postos na Lua e necessitavam de canalizar verbas para as novas aventuras lunares em perspectiva. Com a reforma dos vaivéns, os Estados Unidos ficaram apeados. Não têm agora meios próprios de colocação de astronautas no espaço e estão dependentes dos aparelhos da Rússia.
Mas esta terça-feira foi mais de nostalgia. Assim que amanheceu na Florida, a multidão aglutinou-se junto do Centro Espacial Kennedy para ver a última descolagem do Discovery. Entre as duas mil pessoas ali reunidas, segundo a BBC online, havia antigos trabalhadores ligados ao vaivém e à agência espacial NASA, que desataram numa saudação enquanto o veículo se fazia à pista.
Já na capital dos Estados Unidos, a passagem do Discovery permitiu momentos fotográficos únicos, com o veículo a completar quatro círculos ao Monumento de Washington e a passar por cima da área onde se encontra o Memorial de Jefferson, além do Capitólio. Vão seguir-lhe o rasto os outros vaivéns, que poderão ser visitados no Museu Nacional do Ar e do Espaço, perto do aeroporto de Washington.
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