Minas e finanças atraem britânicos

O Presidente manteve um frente-a-frente com o director da Morgan Stanleys Oil and Gás, uma renomada empresa de consultoria financeira para a indústria de petróleo e gás natural, bem como com o empresário Jean Cahuzac, da empresa mineira Susbsea 7, ambas com interesse em se envolverem em negócios na área mineira moçambicana.

Guebuza tem também diversos encontros agendados com representantes da mineira italiana ENI, que já opera em território nacional, com ERNC, uma empresa que já identificou extensas áreas de carvão térmico em Cahora Bassa, na província de Tete, aguardando a todo momento a obtenção de concessão para o desenvolvimento e produção daquele recurso.

O Presidente da República avistar-se-á, igualmente, com a direcção da multinacional BP, para além de participar em duas importantes bolsas de negócios com empresários dos dois países, a primeira das quais teve lugar na noite de ontem sob os auspícios da Fundação Aga Khan.

Falando sobre o futuro do desenvolvimento em Moçambique, Armando Guebuza disse existir ainda muita coisa por fazer, particularmente na área dos recursos mineiras, sem pôr de lado os outros recursos que, para funcionarem, precisam de dinheiro, de logística, e de todo um sistema que deverá ser tomado em consideração nos contactos a ser estabelecidos com potenciais investidores.

“Mas o nosso objectivo e a nossa certeza é de que existem muitas oportunidades para essa concertação e essa cooperação. Do nosso lado, o nosso objectivo é o reforço das excelentes relações de amizade e cooperação com o Governo britânico e, o segundo aspecto, não menos importante, atrair ainda mais investimentos do Reino Unido para Moçambique”, disse o Chefe do Estado, num encontro informal com empresários nacionais que integram a sua comitiva.

Por seu lado e em entrevista ao enviado do “Notícias”, a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, explicou que a descoberta de gás na bacia do Rovuma tem despertado um grande interesse de empresas que querem juntar-se àquelas que já fizeram as descobertas, havendo também interesse de muitas outras que também pretendem entrar para a área de pesquisas destes recursos e na prestação de serviços e que querem se instalar em Moçambique.

A-propósito, a ministra disse que o que o Governo pretende dos britânicos é apoio, assistência técnica, busca de financiamento para responder àquilo que são as expectativas em termos de desenvolvimento do sector mineiro nacional.

Jaime Cuambe, em Londres

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