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General: DEMITA-SE SR. 1º MINISTRO - O VERDADEIRO ARTIGO DE NICOLAU SANTOS
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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 1 de 6 en el tema 
De: isaantunes  (Mensaje original) Enviado: 21/05/2012 09:37

http://o-estado-a-que-chegamos.blogs.sapo.pt/2012/03/12/

 


O estado a que chegámos

"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos!" Salgueiro Maia, 25 de Abril de 1974, EPC.


Segunda-feira, 12 de Março de 2012
 
O suposto artigo de Nicolau Santos: "Demita-se, senhor primeiro-ministro!"
 

Começou recentemente a circular pela net um artigo supostamente escrito por Nicolau Santos com o título acima, entre aspas.
Quando um amigo mo enviou por mail, confesso que achei estranho, por não me parecer linguagem do Nicolau Santos, e pesquisei um bocado, tendo encontrado no Expresso online o artigo que publico abaixo deste, esse sim, escrito pelo conhecido jornalista, não recentemente, com data de Outubro.
Publico aqui os dois e cada um que tire as suas conclusões.
As minhas são simples: os dois artigos têm razão no essencial, porque ambos criticam Passos Coelho por seguir acefalamente o que manda Merkel, aparentemente sem se aperceber que esse caminho está a destruir o País. Criticam também o primeiro-ministro por não estar a fazer o que prometeu na campanha eleitoral, o que, apesar de infelizmente se ter tornado hábito (e depois os políticos lamentam-se de que o povo não lhes reconhece credibilidade...), não deixa de ser uma atitude vergonhosa. Na verdade, isto significa que as campanhas eleitorais, com os respectivos balúrdios pagos pelo erário público, não são necessárias, porque não esclarecem ninguém. O "jogo democrático", já todos sabemos, implica a chamada alternância, ou seja: a cada uma ou duas legislaturas troca-se o PS pelo PSD e vice-versa. Assim sendo, basta que haja as eleições, mesmo (e de preferência) sem campanhas eleitorais, porque há que mudar as moscas, para que a m... possa continuar a ser a mesma.

Aqui vai então o suposto artigo de Nicolau Santos:

"Demita-se, senhor Primeiro-Ministro
Nicolau Santos, na sua habitual coluna do semanário Expresso, desnudava a alma, com estes termos: Sr. primeiro-ministro, depois das medidas que anunciou sinto uma força a crescer-me nos dedos e uma raiva a nascer-me nos dentes. Também eu, senhor primeiro-ministro. Só me apetece rugir!...
O que o Senhor fez, foi um Roubo! Um Roubo descarado à classe média, no alto da sua impunidade política! Por isso, um duplo roubo: pelo crime em si e pela indecorosa impunidade de que se revestiu. E, ainda pior: Vossa Excelência matou o País!
Invoca Sua Sumidade, que as medidas são suas, mas o déficite é do Sócrates! Só os tolos caem na esparrela desse argumento. O déficite já vem do tempo de Cavaco Silva, quando, como bom aluno que foi, nos anos 80, a mando dos donos da Europa, decidiu, a troco de 700 milhões de contos anuais, acabar com as Pescas, a Agricultura e a Indústria.
Farisaicamente, Bruxelas pagava então aos pescadores para não pescarem, e aos agricultores para não cultivarem. O resultado foi uma total dependência alimentar, uma decadência industrial e investimentos faraónicos no cimento e no alcatrão. Bens não transacionáveis, que significaram o êxodo rural para o litoral, corrupção larvar e uma classe de novos muitíssimo-ricos. Toda esta tragédia, que mergulhou um País numa espiral deficitária, acabou, fragorosamente, com Sócrates. O deficit é de toda esta gente, que hoje vive gozando as delícias das suas malfeitorias. E você é o herdeiro e o filho dileto de todos estes que você agora, hipocritamente, quer pôr no banco dos réus?
Mas o senhor também é responsável por esta crise. Tem as suas asas crivadas pelo chumbo da sua própria espingarda. Porque deitou abaixo o PEC4, de má memória, dando asas aos abutres financeiros para inflacionarem a dívida para valores insuportáveis e porque invocou como motivo para tal chumbo, o caráter excessivo dessas medidas.
Prometeu, entretanto, não subir os impostos. Depois, já no poder, anunciou como excecional o corte no subsídio de Natal. Agora, isto! Ou seja, de mentira em mentira, até a este colossal embuste, que é o Orçamento Geral do Estado.
Diz Vossa Eminência que não tinha outra saída. Ou seja, todas as soluções passam pelo ataque ao Trabalho e pela defesa do Capital Financeiro. Outro embuste. Já se sabia no que resultaram estas mesmas medidas na Grécia: no desemprego, na recessão e num deficit ainda maior. Pois o senhor, incauto e ignorante, não se importou de importar tão assassina cartilha. Sem Economia, não há Finanças, deveria saber o senhor. Com ainda menos Economia (a recessão atingirá valores perto do 5% em 2012), com muito mais falências e com o desemprego a atingir o colossal valor de 20%, onde vai Vossa Sabedoria buscar receitas para corrigir o deficit? Com a banca descapitalizada (para onde foram os biliões do BPN?), como traçará linhas de crédito para as pequenas e médias empresas, responsáveis por 90% do desemprego?
O Senhor burlou-nos e espoliou-nos. Teve a admirável coragem de sacar aos indefesos dos trabalhadores, com a esfarrapada desculpa de não ter outra hipótese. E há tantas! Dou-lhe um exemplo: o Metro do Porto. Tem um prejuízo de 3.500 milhões de euros, é todo à superfície e tem uma oferta 400 vezes(!!!) superior à procura. Tudo alinhavado à medida de uns tantos autarcas, embandeirados por Valentim Loureiro. Outro exemplo: as parcerias público-privadas, grande sugadouro das finanças públicas. Outro exemplo: Dizem os estudos que, se V. Ex.ª cortasse, na mesma percentagem, os rendimentos das 10 maiores fortunas de Portugal, ficaríamos aliviadinhos de todo, desta canga deficitária. Até porque foram elas, as grandes beneficiárias desta orgia grega que nos tramou.
Estaria horas, a desfiar exemplos e você não gastou um minuto em pensar em deslocar-se a Bruxelas, para dilatar no tempo as gravosas medidas que anunciou para Salvar Portugal!
Diz Boaventura de Sousa Santos que o senhor Primeiro-Ministro é um homem sem experiência, sem ideias e sem substrato académico para tais andanças. Concordo! Como não sabe, pretende ser um bom aluno dos mandantes da Europa, esperando deles compreensão e consideração.
Genuína ingenuidade! Com tudo isto, passou de bom aluno para lacaio da senhora Merkel e do senhor Sarkhozy, quando precisávamos, não de um bom aluno, mas de um Mestre, de um Líder, com uma Ideia e um Projeto para Portugal. O Senhor, ao desistir da Economia, desistiu de Portugal! Foi o coveiro da nossa independência. Hoje é, apenas, o Gauleiter de Berlim.
Demita-se, senhor primeiro-ministro, antes que seja o Povo a demiti-lo.

Tenho em mim todos os sonhos do Mundo.
(Fernando Pessoa)
 

 

 

 

 


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O verdadeiro artigo de Nicolau Santos: "Uma raiva a nascer-me nos dentes"
 

 

Nicolau Santos (www.expresso)
 12:01 Segunda feira, 17 de outubro de 2011


Sr. primeiro-ministro, depois das medidas que anunciou sinto uma força a crescer-me nos dedos e uma raiva a nascer-me nos dentes, como diria o Sérgio Godinho. V.Exa. dirá que está a fazer o que é preciso. Eu direi que V.Exa. faz o que disse que não faria, faz mais do que deveria e faz sempre contra os mesmos. V.Exa. disse que era um disparate a ideia de cativar o subsídio de Natal. Quando o fez por metade disse que iria vigorar apenas em 2011. Agora cativa a 100% os subsídios de férias e de Natal, como o fará até 2013. Lançou o imposto de solidariedade. Nada disto está no acordo com a troika. A lista de malfeitorias contra os trabalhadores por conta de outrem é extensa, mas V.Exa. diz que as medidas são suas, mas o défice não. É verdade que o défice não é seu, embora já leve quatro meses de manifesta dificuldade em o controlar. Mas as medidas são suas e do seu ministro das Finanças, um holograma do sr. Otmar Issing, que o incita a lançar uma terrível punição sobre este povo ignaro e gastador, obrigando-o a sorver até à última gota a cicuta que o há de conduzir à redenção.
 
Não há alternativa? Há sempre alternativa mesmo com uma pistola encostada à cabeça. E o que eu esperava do meu primeiro-ministro é que ele estivesse, de forma incondicional, ao lado do povo que o elegeu e não dos credores que nos querem extrair até à última gota de sangue. O que eu esperava do meu primeiro-ministro é que ele estivesse a lutar ferozmente nas instâncias internacionais para minimizar os sacrifícios que teremos inevitavelmente de suportar. O que eu esperava do meu primeiro-ministro é que ele explicasse aos Césares que no conforto dos seus gabinetes decretam o sacrifício de povos centenários que Portugal cumprirá integralmente os seus compromissos - mas que precisa de mais tempo, melhores condições e mais algum dinheiro.
 
Mas V.Exa. e o seu ministro das Finanças comportam-se como diligentes diretores-gerais da troika; não têm a menor noção de como estão a destruir a delicada teia de relações que sustenta a nossa coesão social; não se preocupam com a emigração de milhares de quadros e estudantes altamente qualificados; e acreditam cegamente que a receita que tão mal está a provar na Grécia terá excelentes resultados por aqui. Não terá. Milhares de pessoas serão lançadas no desemprego e no desespero, o consumo recuará aos anos 70, o rendimento cairá 40%, o investimento vai evaporar-se e dentro de dois anos dir-nos-ão que não atingimos os resultados porque não aplicámos a receita na íntegra.
 Senhor primeiro-ministro, talvez ainda possa arrepiar caminho. Até lá, sinto uma força a crescer-me nos dedos e uma raiva a nascer-me nos dentes.
 
Ler mais:
http://aeiou.expresso.pt/nicolau-santos-uma-raiva-a-nascer-me-nos-dentes=f681069#ixzz1otrxjDpd

 

 



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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 2 de 6 en el tema 
De: mariomarinho2 Enviado: 21/05/2012 12:31
.......................Pois..... temos para todos os gostos e paladares........ ######################################################## Em Janeiro igualámos a Irlanda. Em Fevereiro, como se há-de ver, ultrapassamos a Irlanda e os 15%. Entretanto, Pasoss Coelho "acompanha a situação com atenção e preocupação", ou seja, um zero absoluto. Relativamente ao desemprego jovem, ele já tinha pensado nisso (acompanhava com atenção e preocupação...), mas foi preciso a Comissão Europeia fazer alguma coisa para que cá se começasse a falar no assunto. De qualquer forma, do que precisamos não é de diminuir o desemprego jovem, mas sim o desemprego. Aliás, é muito mais preocupante o desemprego entre as pessoas mais velhas do que entre os jovens. Ou não será? Se o que aí vem forem subsídios às empresas para estágios com jovens, como é previsível, isso só contribuirá para aumentar ainda mais o desemprego entre os "não jovens", porque as empresas inevitavelmente substituirão os segundos pelos primeiros. Do que precisamos é de políticas que permitam que se criem empresas e que estas empreguem mais pessoas. Como? É simples: importamos quase tudo, então temos que começar, mais do que a exportar, a produzir o que importamos, para diminuirmos as importações. A começar pelo mais básico, os alimentos. Certo, Cavaco? Foste tu quem começou a dar cabo disto, lembras-te? Trocaste o nosso tecido produtivo pelos fundos comunitários e disseste-nos que íamos passar a ser um País de serviços, não foi? Pois aqui tens o resultado... Nasceste com o dito virado para a lua, essa é que é essa. O governo do bloco central, chefiado pelo Mário Soares, pôs as contas em ordem. Depois tu chegaste, acabaste com a coligação, ganhaste as eleições (como o PS as ganhará se daqui por um ano esta coligação cair) e governaste 10 anos em tempo de vacas gordas, recebendo os muitos milhões da Europa em troca da destruição do nosso tecido produtivo. O povo, coitado, deslumbrado com o dinheiro fácil, convencido de que tinha entrado no clube dos ricos, deixou-te dar cabo disto tudo e alguns ainda hoje estão convencidos de que foste um grande primeiro-ministro. A agricultura quase acabou, mas isso até era bom, porque a terra não era fértil. Nas pescas, subsidiaste o abate de barcos. Tudo bem, nos países desenvolvidos as pessoas trabalham no sector terciário, não no primário. Portugal ia ser um País de serviços, não era? Na escola, os professores receberam ordens para passarem toda a gente, nada de chumbos, e Portugal passou a ser, da noite para o dia, um País de gente culta e letrada. Depois, os governos do PS continuaram pelo mesmo caminho. O dinheiro da Europa continuava a entrar, havia que "deixar obra". Ainda hoje, quando se avalia o trabalho de um político, diz-se que ele tem "obra feita" (leia-se obra de betão). Os bancos, em vez de financiarem a economia, as empresas, por forma a que estas se modernizassem, preferiram financiar as grandes obras públicas e as parcerias público-privadas, ao mesmo tempo que impingiram créditos até à náusea às famílias, contribuindo para o seu sobreendividamento e para o grande aumento das importações, já que a grande maioria dos bens de consumo vinha (e vem) de fora. A construção civil cresceu também desmesuradamente, a ponto de termos hoje em Portugal uma casa para cada duas pessoas, milhares e milhares delas desabitadas. Carros, ainda mais. Telemóveis, quase dois por pessoa. Só um cego é que não via que era uma questão de tempo até chegarmos a isto. O que vale é que o primeiro-ministro acompanha o aumento brutal do desemprego com atenção e preocupação. Estamos à beira do abismo, mas Passos Coelho está decidido a dar um passo em frente... http://aeiou.visao.pt/passos-coelho-valor-do-desemprego-e-muito-elevado-e-preocupante=f649980?commentsort=R#ord http://o-estado-a-que-chegamos.blogs.sapo.pt/2012/03/?page=2

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De: isaantunes Enviado: 21/05/2012 14:27
Será que a "atenção e preocupação" governam?

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De: isaantunes Enviado: 21/05/2012 14:27
Será que a "atenção e preocupação" governam?

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 5 de 6 en el tema 
De: mariomarinho2 Enviado: 21/05/2012 14:45
Isabel, Sem querer fugir à questão fundamental.................. ....A tua pergunta, tem a resposta implícita. .............. "atenção e preocupação" GOVERNAM-SE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 6 de 6 en el tema 
De: isaantunes Enviado: 22/05/2012 10:36
De acordo!!!!


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