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General: Carraças
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De: mariomarinho2  (Mensaje original) Enviado: 22/05/2012 12:50

A carraça, quando portadora de micróbios, constitui um perigo para os nossos cães e também para a saúde pública.

O aumento de animais de estimação e, fundamentalmente, o sucessivo e crescente abandono de cães e de gatos, constituem factores decisivos para a proliferação deste parasita. Esta situação tornou-se deveras preocupante, não apenas pelo incómodo que a carraça causa ao animal, mas principalmente pelas doenças que lhe pode transmitir ao picá-lo, quando portadora de micróbios, vírus, ricketssias e outros agentes.

Essas doenças são a erlichiose e a babesiose e estão abordadas noutra página nos seus aspectos essenciais.

No homem, a picada também pode provocar doenças, como a chamada “febre de carraça”.  

Aqui, neste texto, vamos tentar conhecer o parasita um pouco mais de perto, no sentido de encontrarmos meios mais eficazes de o combater e de controlar a sua disseminação.

______________________________________________________________ 

 

O que é a carraça?

A carraça é um ectoparasita que usa uma vasta gama de hospedeiros para se alimentar através do seu sangue: equinos, suínos, cães, gatos, ruminantes, aves, roedores, etc.

Das cerca de 800 espécies que há em todo o mundo, em Portugal existe uma dezena e, dentro deste grupo, há especialmente duas espécies que merecem a nossa atenção por serem as que parasitam os nossos cães. Vamos muito sumariamente classificá-las com base em aspectos morfológicos básicos, assim:

 

Carraças "duras", em que a cutícula que as reveste é dura. Esta espécie assemelha-se a um “vulgar” insecto, tipo escaravelho.

Carraças "moles", em que a cutícula é mole. Esta espécie fixa-se de preferência nas orelhas dos animais e incha quando fica repleto de sangue, assemelhando-se a um feijão.

 

Ciclo de vida

0 ciclo de vida da carraça divide-se em 4 fases de desenvolvimento: o ovo, a larva, a ninfa e o adulto.

Um único hospedeiro pode ser parasitado por todos estes ciclos de vida da carraça.

Uma carraça adulta pode criar milhares de ovos, que se libertarão do hospedeiro caindo no solo e aqui se desenvolvendo, se encontrarem condições propícias, que são preferencialmente zonas de vegetação de baixa ou média altura e com algum grau de humidade.

 

Como se “ganham” carraças?

As carraças atingem o corpo do cão por contacto directo. Como não voam nem saltam, normalmente instalam-se nas ervas e nos arbustos e esperam que o seu futuro hospedeiro passe e roce essa vegetação, dispondo para o efeito de uma sensibilidade especial que lhe permite detectar a aproximação e passagem da vítima.

 

Como evitar a infestação?

Infelizmente, não há nenhum esquema de tratamento preventivo. Se o cão frequenta áreas infestadas por carraças, ele certamente ficará sujeito a apanhá-las. As zonas com vegetação rasteira e arbustos são as mais arriscadas. No entanto, elas podem existir nos pavimentos, nas frestas de muros e, assim, durante um passeio a uma praça ou um jardim público, o cão pode infestar-se. E o mesmo pode acontecer nos nossos quintais ou jardins privados, se a desinfestação não tiver sido feita de forma integrada.

 

Como combater a carraça?

Tal como acontece como as pulgas, a carraça não deve combater-se apenas no corpo do animal, mas também no ambiente.

Em todos os seus estágios de vida (desde larva até adulto), a carraça é muito resistente. Por isso, é muito difícil combatê-la.

Eliminá-la do cão é relativamente fácil, seja catando-a com uma pinça* ou através de antiparasitários específicos. Mas as formas invisíveis do seu ciclo de vida, os ovos e as larvas, permanecerão no ambiente e nele sobreviverão durante muitos meses se não forem tomadas medidas adequadas.

            (*) Quando se usa uma pinça para arrancar a carraça, deve ter-se o cuidado de usar previamente álcool ou éter para “adormecer” o parasita. É que este usa umas garras para se fixar na pele no cão e estes líquidos, para além de desinfectarem a picada, ajudam a sua remoção. De outra forma, à força, o parasita é retirado mas as garras ficam agarradas à pele, podendo causar uma infecção posteriormente.

    

Em relação aos espaços públicos, quaisquer medidas a nível individual são ineficientes. A solução mais sensata para evitar que o cão apanhe carraças consiste em evitar levá-lo para locais infestados. De qualquer modo, se tal não for possível, deverá efectuar-se uma inspecção a todo o corpo do animal ao regressar-se a casa.

Em muitos casos, como se referiu, as carraças andam no solo e agarram-se às patas, pelo que não se deve deixar de vigiar essas zonas, inclusive entre os dedos.

No nosso ambiente doméstico, seja dentro de casa ou no jardim, todos os locais deverão ser desinfectados com insecticidas apropriados, mas tendo sempre especial atenção que esses produtos não venham a intoxicar o animal.

 

Parasiticidas

Por mera questão de princípio, não vamos indicar marcas de produtos, os quais, aliás, devem ser receitados pelo veterinário assistente.

Encontram-se à venda no mercado variados produtos para o combate das carraças, tais como líquidos, sprays e colares. Mas não caia na tentação de os usar indiscriminadamente ou por mero conselho do responsável da loja ou de um amigo ou conhecido. Nunca dispense o conselho do veterinário, que lhe poderá indicar não só o produto mais adequado como também o  método mais eficaz para combater o parasita. 

 

Alguns parasiticidas combatem tanto as pulgas como as carraças e,  basicamente, são os mais recomendados para não sujeitar o animal à toxicidade destes produtos, que é sempre prejudicial.

Nisto, como em tudo, deve haver um equilíbrio. Combater os parasitas, sim, mas não dar cabo da saúde do cão. Estes produtos são concebidos para não causarem danos graves ao animal mas, quando em excesso, poderão ser mesmo muito prejudiciais.

Não esquecer que muitas das substâncias tóxicas que compõem os parasiticidas são acumulativas, isto é, o organismo não se desembaraça delas na sua totalidade, agravando-se a dose de tóxicos absorvida pelo organismo com as sucessivas aplicações.

 

Doenças transmissíveis

Só as carraças portadoras de agentes infecciosos transmitem doenças ao cão: a erlichiose e a babesiose.

As carraças portadoras desses micróbios (protozoários - seres unicelulares microscópicos), transmiti-los-ão aquando da picada destas no animal. Estes protozoários vão "colonizar" os glóbulos vermelhos e/ou as células mononucleares do hospedeiro provocando, após um período de incubação de 1-3 semanas, sinais de doença.

Assim, as carraças devem ser removidas o mais rapidamente possível de forma a limitar o tempo de transmissão dos agentes causadores de doenças, pois não há forma de determinar se elas são ou não portadoras desses agentes infecciosos.

Ter também em atenção que basta uma ou duas carraças portadoras dessas formas infectantes para que o cão contraia uma dessas doenças.

Assim, a vigilância deve ser constante e qualquer sinal de apatia, febre, falta de apetite e mucosas (gengivas ou conjuntiva) pálidas em cães que costumam ter carraças, é motivo de uma visita ao veterinário que, através da análise sanguínea, poderá detectar a Babesiose ou a Erlichiose. Estas doenças são tratáveis mas quando diagnosticadas a tempo.

 

 

Este texto constitui um complemento da página sobre a

 

Erlichiose

 

 

http://whippetp.no.sapo.pt/carracas.htm

 


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De: mariomarinho2 Enviado: 22/05/2012 13:00

Pulgas e mais pulgas

Costuma dizer-se: “Um cão sem pulgas não é cão nem é nada”.

Este dito popular deriva da enorme popularidade que a pulga tem, mas também evidencia uma enorme desvalorização da sua existência. Não se lhes dá importância. No entanto, esse pitoresco animalzinho não é tão inofensivo como vulgarmente se pensa e, por isso, valerá a pena entender um pouco melhor quais os danos que pode causar, como se desenvolve e como se combate.

O motivo fundamental deste texto deve-se ao facto de a maioria das pessoas que possuem animais de estimação não terem a mínima noção de como exterminar as pulgas. Normalmente encharcam o cão com produtos antiparasitários e nunca chegam a resolver o problema. Encaram essa batalha como perdida e partem do princípio de que o facto de o cão continuar com pulgas é uma fatalidade sem solução.

Mas de facto não é uma fatalidade. O que se passa é muito simplesmente isto: quando o cão aparece com pulgas isso é um sinal evidente de que a nossa casa está completamente infestada delas. O número de pulgas que o cão tem corresponde a cerca de 10% da população de pulgas existente no ambiente familiar nas suas diversas formas evolutivas, sem que se dê conta disso. Aliás, um dos motivos por que as pessoas não sentem em si próprias essa infestação deve-se à circunstância da pulga que parasita o cão ser de uma espécie diferente da que prefere o humano como hospedeiro. A pulga do cão ou do gato normalmente só se alimenta do sangue das pessoas na ausência prolongada daqueles animais.



Tipos de pulgas

Existe um elevado número de espécies de pulgas, cerca de 2000 em todo o mundo. As que nos interessam particularmente aqui para a nossa análise são três:



· Pulex irritans, a pulga doméstica que parasita preferencialmente o homem.

· Xenopsylla cheopis, a pulga que parasita o rato dos esgotos (ratazana) e é capaz de transmitir ao homem a terrível doença conhecida por Peste Bubônica.

· Ctenocephalides canis e Ctenocephalides felix, classificadas assim por parasitarem preferencialmente, respectivamente, cães e gatos.



Três aspectos importantes a considerar em relação a estas espécies:

1. São insectos hematófagos, isto é, nutrem-se do sangue do hospedeiro que parasitam.

2. Embora cada uma delas procure o seu hospedeiro preferido, à falta deste, pode parasitar qualquer um dos outros.

3. O observador pouco informado não distingue estas três espécies e as pessoas, de uma forma geral, desconhecem mesmo que existe esta variedade de pulgas.



Infestação

A pulga doméstica (Pulex irritans) encontra-se apenas em meios muito degradados onde não existem condições mínimas de higiene básica.

A pulga que parasita os cães e gatos é a mais vulgar, dada a convivência muito íntima do homem com estes animais de estimação.

O cão infesta-se de pulgas facilmente pela simples circunstância de o levarmos à rua para passear ou para ele fazer as suas necessidades. Como as pulgas são capazes de pular até 30 cm, não havendo portanto necessidade de contacto íntimo, o cão ou o gato podem adquiri-las passeando na rua ou no jardim onde habitualmente andem outros animais.

Assim, independentemente da classe social e das condições de higiene, as pulgas que parasitam cães e gatos entram muito facilmente em nossas casas, trazidas pelos nossos amigos.



Ciclo

A pulga passa por quatro estágios no seu ciclo de vida, que pode durar de doze a 170 dias, dependendo da temperatura ambiente e da humidade.

A fêmea da pulga deposita os ovos no cão e, como muitos destes ovos não se fixam bem no pêlo, quando ele se coça ou se sacode, caem no chão.

Se os ovos encontrarem no pavimento condições propícias de temperatura e de humidade, eclodirão em larvas num período de dois a dez dias. Estas larvas entranham-se nos tapetes, mantas, tecidos, frestas, etc., onde se alimentam de restos orgânicos e de fezes de pulgas adultas, que no essencial é sangue mal digerido e muito energético. No exterior também se alimentam de fezes de animais, nomeadamente de fezes de cães.

Entre cinco e onze dias as larvas formam um casulo onde se desenvolve a forma de pupa, estágio em que o parasita é extremamente resistente aos produtos antiparasitários e a outros agentes de limpeza.

Finalmente transformam-se em pulgas adultas em cerca de cinco dias. Mas esta última fase só se verifica se existirem animais ou pessoas no local. Se tal não acontecer, as pulgas podem permanecer no casulo até um período de vários meses.

Normalmente o ciclo de vida completa-se entre três a quatro semanas e as pulgas vivem no animal por mais de 100 dias.

A partir do quarto dia, e alimentando-se do sangue do hospedeiro, cada fêmea produz em média vinte ovos por dia. Se este ciclo não for interrompido, e dada a sua velocidade e facilidade de reprodução, a infestação no animal e na casa é cada vez maior e pode atingir proporções inquietantes, porque uma pulga adulta pode viver vários meses no seu hospedeiro, constantemente a alimentar-se de sangue e a produzir novos ovos.



Malefícios da picada

A picada da pulga normalmente causa uma comichão incomodativa. Mas este é um mal menor. No acto de sugar o sangue, a pulga injecta a sua própria saliva, que tem propriedades anticoagulantes, para melhor sugar o sangue. É esta substância da saliva o agente que provoca a irritação. Animais mais sensíveis e alérgicos à saliva da pulga podem desenvolver eczemas e outras doenças cutâneas como a dermatite pruriginosa.

Se o número de pulgas no animal parasitado for muito elevado, pode verificar-se anemia pela quantidade de sangue sugado, não só porque o parasita se alimenta cerca de vinte vezes por dia, como também pela capacidade do seu estômago, que pode encher-se de aproximadamente 0,5 mm3 de sangue.

Outro inconveniente da picada consiste no desassossego do animal, cujo estado emocional permanece em constante stress devido à coceira incessante.

Numa situação limite, o cão passa a comer menos e torna-se deprimido ou agressivo, dependendo da sua personalidade.

Muitas vezes é isolado pelo dono do convívio familiar por causa das condições de sua pele, que pode apresentar descamação e infecções produtoras de odores desagradáveis.

Transmissão da ténia

A pulga que parasita os animais domésticos constitui um vector de transmissão de certos parasitas intestinais como o Dipylidium caninum, uma ténia semelhante à vulgarmente designada bicha solitária do homem, mas que parasita exclusivamente os cães, gatos e outros carnívoros.

As pulgas na fase larval, quando se nutrem de fezes de cães parasitados, vão ingerir os ovos da ténia existentes nessas fezes, ficando por sua vez parasitadas pelo Dipylidium. Já na fase de pulga adulta e tendo por hospedeiro um cão, este no acto de catar as pulgas com os dentes, frequentemente ingerem-nas. Neste processo o cão viu-se livre de uma pulga mas ganhou uma ténia, já que os ovos deste parasita se irão transformar em vermes no intestino do novo hospedeiro, o cão, e passar a viver aí uma nova existência parasitária, atingindo então o seu completo desenvolvimento.

O efeito desta ténia manifesta-se por:

Emagrecimento.

Diarreia.

Perda de pêlos em determinadas zonas do corpo.

Comichão na zona anal, que leva o animal a arrastar-se esfregando o ânus no chão. Por vezes são visíveis pequenos reservatórios de ovos do verme à volta do ânus ou nas fezes, semelhantes a grãos de arroz.

Possibilidade de morte do animal, se não se proceder a um tratamento capaz.



Crianças e adultos podem contaminar-se ingerindo os ovos deste parasita. É muito frequente as crianças, nas suas brincadeiras, tocarem com as mãos no chão e levarem-nas à boca. Os adultos também têm o costume de catar as pulgas do cão e esmagá-las com as unhas dos polegares. Se as mãos não forem lavadas imediatamente, os ovos do dipylidium caninum podem facilmente ser ingeridos.

Este parasita, contudo, quando ingerido pelas pessoas, não se vai fixar no intestino, mas noutras partes do corpo como o sistema nervoso, olhos, etc., formando quistos.



Profilaxia

Como a maior parte do ciclo de vida da pulga ocorre fora do seu hospedeiro, o cão, é necessário cuidar não só da sua higiene como também das instalações e ambiente onde ele vive. Por isso, o combate às pulgas deve ser feito de forma integrada. Não basta eliminar as pulgas que se encontram no animal. Tão ou mais urgente é exterminá-las também no ambiente em todas as suas formas evolutivas.

Os locais que os animais frequentam devem ser cuidadosamente limpos. As carpetes, tapetes, sofás, almofadas devem ser aspirados e os tecidos como mantas e outros onde habitualmente dormem devem ser lavados com água bem quente.

O insecto na forma de pupa é muito resistente, mesmo aos insecticidas. As larvas também são difíceis de atingir porque se enfiam nas fibras das carpetes descendo para a base destas para fugirem da luz e procurarem mais protecção. Também migram para locais escondidos debaixo de móveis e nas frinchas da madeira. A forma mais eficiente de combater o parasita nestas suas formas evolutivas consiste em usar um aspirador forte e proceder à limpeza dessas zonas com alguma frequência. A eliminação de pulgas no ambiente domiciliar pode demorar de 3 a 6 semanas.

Este trabalho mecânico deve ser complementado com produtos próprios para desparasitação do ambiente, em forma de pó ou de spray (Ectokill ambiente, p.ex.) e outros que se aplicam directamente no animal.



Produtos para aplicação directa no animal

Há no mercado uma enorme variedade de produtos ectoparasiticidas, que se apresentam sob diversas formas: champôs, sprays, pós, gotas, comprimidos e coleiras antiparasitárias.

Estes produtos distinguem-se não só pela forma de apresentação mas também pelo modo como actuam.

Há produtos que agem regulando o crescimento das pulgas, eliminando seus ovos, e os chamados adulticidas, que matam a pulga adulta.

Há também produtos em gotas, que são aplicados na pele do animal. Geralmente aplica-se uma única dose no cachaço, para evitar que ele lamba o produto e se intoxique. Estes produtos são absorvidos pelo organismo e entram na corrente circulatória aí permanecendo. Quando a pulga suga o sangue do animal, ingerirá essa substância e assim o seu ciclo evolutivo não terá continuidade.

Outros produtos agem sobre o sistema nervoso do insecto e a maioria das pulgas morrem no espaço de vinte e quatro horas, antes que tenham a chance de deixar ovos (Advantage, p.ex.).

Outros ainda, apresentados em forma de spray, actuam através da gordura da pele do animal (Ectokill e Frontline, p.ex.). As pulgas morrem no espaço de vinte e quatro horas e o produto mantém-se activo por um período de três meses. O produto mantém-se activo mesmo dando banho ao animal. Mas nunca deve ser aplicado no mesmo dia do banho, mas sim vinte e quatro horas antes ou depois, para se garantir que o nível de gordura da pele seja satisfatório.

Há ainda inibidores de crescimento (Program, p.ex.), que actuam de forma a impedir que a larva da pulga saia do ovo. O produto é apresentado sob a forma de comprimidos e administrado ao animal uma vez por mês. A substância será libertada lentamente nos tecidos, mantendo-se activa durante algumas semanas após a sua administração. A pulga fêmea ingere o produto enquanto se alimenta do sangue do animal e então a droga incorpora-se nos ovos, neutralizando-os. Estes produtos não matam a pulga adulta, mas evitam que ela procrie.

As coleiras antiparasitárias também são muito eficientes e têm a vantagem de proteger o animal das pulgas, carraças e mosquitos durante cerca de quatro meses (Scalibor, p.ex.).

Existem muitas outras formulações inseticidas para os animais domésticos.

Os champôs agem removendo mecanicamente as pulgas mas como são enxaguados têm uma acção residual muito diminuta. São úteis, no entanto, para eliminar as que existem no corpo do animal aquando do banho. Contudo, o champô nem sempre extermina todas as pulgas. Há produtos em forma de spray (alguns contêm álcool), que matam as pulgas adultas rapidamente, podendo complementar assim a acção do champô e aplicando-se logo a seguir ao banho quando o pêlo do cão já estiver seco. Estes produtos não têm um efeito residual (Pedigree-loção insecticida, p.ex.).

Muito importante:

Em muitos casos pode recorrer-se à combinação de mais do que um produto, mas a sua escolha deve ser sempre aconselhada pelo veterinário.

Não opte por determinados produtos por simples conselho de um vizinho ou de amigo.

Com o tempo e sucessivas utilizações, as pulgas criam resistências a alguns produtos. Assim, um determinado insecticida pode ser eficiente num local e ineficaz noutro.



Resumindo:

Desinfecção da casa:

1. Aspirar muito bem todos os compartimentos, especialmente os que são revestidos de tapetes e de carpetes. A aspiração consegue eliminar metade dos ovos existentes.

2. Limpar muito bem todos os espaços a que os animais têm acesso.

3. Usar produtos encontrados no mercado em forma de spray ou em pó para eliminar as pulgas adultas e também contra o desenvolvimento dos ovos, larvas e pupas. Muitos destes produtos são altamente tóxicos. Evitar que o cão aceda ao local da desinfecção durante as próximas horas.

4. Lavar bem, a quente, tudo o que é usado habitualmente pelo cão e que seja susceptível de reter os ovos e as larvas, como camas, mantas, etc.

5. Lavar também toda a roupa de cama da família.



Desinfecção do animal:

1. Dar um banho com um champô insecticida (Pedigree, p.ex.). Por princípio as pulgas existentes no animal morrem e são removidas pela água do banho.

2. Se necessário e em complemento do champô insecticida, aplicar um spray anti-pulgas de efeito rápido em todo o corpo do animal logo que o pêlo esteja seco (Pedigre loção insecticida spray, p.ex.).

3. 48 horas após o banho aplicar um anti-pulgas de efeito prolongado (Frontline ou Ectokill, p.ex.).

4. Proceder à desparasitação interna através de um vermífugo correcto para eliminar o DIPYLIDIUM caninum (ténia).

5. Todos os produtos aqui indicados servem de mera indicação, devendo ser obrigatoriamente aconselhados pelo veterinário.



Prevenção

Se depois de desinfectar a casa e o cão, conforme descrito atrás, e ele continuar com pulgas sem ter tido contacto com o exterior, é sinal de que a casa ainda não está completamente livre das pulgas. As pulgas no estágio de pupa são muito resistentes aos insecticidas, mesmo aos mais agressivos.

Assim:

1. Evitar o uso de carpetes e tapetes em casa. Preferir pisos de cerâmica ou de tacos de madeira. A manter os tapetes, proceder à sua aspiração semanal com um aspirador potente. O ideal será lavá-los.

2. Escovar o cão pelo menos uma vez por semana e dar banhos frequentes com um champô próprio para cães (uma vez por mês, p.ex.).

3. Aplicar os produtos de uso tópico de longa duração conforme prescrição.

4. Lavar com frequência os objetos pessoais do cão: cobertor, cama etc.



É muito importante ter em atenção que todos os produtos usados nas desparasitações dos animais são capazes de causar intoxicações, caso não sejam utilizados de acordo com as recomendações do fabricante.

Recomenda-se a leitura atenta da literatura que acompanha o produto.

http://whippetp.no.sapo.pt/pulgas.htm

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De: helenamarinho Enviado: 22/05/2012 13:10
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De: helenamarinho Enviado: 22/05/2012 13:10
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