Chimoio, Moçambique, 22 mai (Lusa) - Os serviços de Saúde de Manica, centro de Moçambique, estão há uma semana sem anestésicos, o que forçou o cancelamento de cirurgias no hospital de referência, atendendo apenas as urgências, disse hoje à Lusa fonte oficial.
Juvenal Amos, diretor provincial de Saúde de Manica, disse que a rotura de "stock" resultou da demora do envio daquele fármaco pelo Centro de Abastecimento de Medicamentos e Exames Médicos de Maputo, assegurando que a situação não prejudicou muitos utentes.
"Nós tivemos um pequeno constrangimento ao longo da semana passada, na rotura de stock de anestésicos. Mas os serviços de saúde têm-se acautelado quando acontecem estes casos, pelo que atendemos apenas casos de emergência, como acidentes de viação e cesarianas", disse Juvenal Amos.
Ainda segundo a fonte, o cancelamento de cirurgias programadas, intervenções de carácter não urgente, ajudam a poupar os anestésicos, sem prejudicar a vida dos pacientes que procuram os serviços.
"Temos dois grupos de doentes que beneficiam fundamentalmente dos anestésicos. Em face disso, quando achamos que vamos entrar na rotura de stock paramos as cirurgias eletivas, porque sabemos que os doentes não estão em perigo de vida, e os anestésicos ficam disponíveis para situação de emergência", referiu Amos.
Contudo, a fonte assegurou que as autoridades da saúde voltarão esta semana a reativar o serviço normal do hospital provincial de Chimoio, na sequência do reabastecimento de todos anestésicos necessários para as cirurgias.
"Infelizmente uma e outra vez pode acontecer uma coisa destas porque o processo de importação de medicamentos é complexo, porque o período em que estimamos receber algumas encomendas acabam atrasando", disse Juvenal Amos, admitindo que a situação pode ocorrer com qualquer outro tipo de medicamento.
A rutura de anestésicos também aconteceu no hospital de referência em Quelimane, a capital da Zambézia, centro.
AYAC.
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