O Lago Retba, situado a norte da península de Cap Vert, a nordeste de Dacar, no Senegal, é nesta altura uma das imagens mais extraordinárias visto do ar. As suas águas apresentam uma pouco habitual coloração rosa, que contrasta vivamente com o ambiente em volta.
A cor é resultado de altos níveis de sal na água, e fica mais visíveis nas estações secas. Em algumas áreas, a concentração de sal chega a 40%.
À semelhança do Mar Morto, a alta concentração salina no Retba permite flutuar nas suas águas com facilidade.
Segundo Michael Danson, microbiologista da Universidade de Bath, na Inglaterra, a cor é produzida por uma microalga, que se adapta e se reproduz em meios com alta concentração de sal.
"Elas produzem um pigmento nesse tom que absorve e utiliza a luz solar para criar mais energia, deixando a água em tom rosa", explicou o especialista. "Já chegamos a pensar que o Retba e o Mar Morto eram incompatíveis com formas de vida, mas eles são bastante vivos.
Antes de recolher o sal da água, os trabalhadores passam manteiga de karité na pele, para se protegerem do intenso nível salino do lago, com três metros de profundidade.
Os senegaleses navegam diariamente nas águas do Retba, para apanhar o mineral, que depois fica amontoado nas margens do lago, numa pequena indústria salina. O local também costumava ser o ponto onde acabava o Rally Paris-Dakar.
Ainda no desporto, no Retba decorreu uma das provas da corrida Amazing Race 6 na qual as equipas tinham de recolher o sal num cesto do fundo do leito do lago.
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