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General: Ruas que atraem crianças
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De: isaantunes  (Mensaje original) Enviado: 30/06/2012 18:07
Aumenta o número de crianças nas ruas de Maputo
Aumenta o número de crianças nas ruas de Maputo

Ruas que atraem crianças

Cada dia que passa, a cidade de Maputo regista um número cada vez maior de crianças de rua. Os motivos da sua retirada do seio familiar varia, sendo um facto que, com o passar do tempo, para muitas delas viver na rua é uma opção.

Maputo, Sábado, 30 de Junho de 2012:: Notícias

Muitos dos meninos de rua abandonaram as respectivas famílias devido a alegados maus-tratos perpetrados pelos progenitores ou parentes, outros tantos são órfãos que não têm ninguém para tomar conta deles. As aparentes facilidades encontradas na rua fazem com que muitos não queiram retornar ao ambiente familiar.

Vanito, tal como é chamado pelos seus companheiros, tem 11 anos de idade e como muitos outros, quando perdeu a mãe, em 2007, procurou na rua, alternativas para a sobrevivência.

“Eu perdi a minha mãe quando tinha cinco anos e o meu pai abandonou-me ainda pequeno. A minha avó obrigava-me a ir à machamba regar hortícolas e, quando pedisse para ir a escola, maltratava-me”, conta o petiz.

Quando chegou à rua, o pequeno tornou-se pedinte nos semáforos e como não angariasse dinheiro suficiente, começou a lavar carros e não mais se interessou em voltar à casa.

“Pelo menos agora consigo arranjar algo para me alimentar e já estou a estudar no terceiro ano de alfabetização. Não quero voltar para casa porque a minha avó vai-me bater”, referiu Vanito.

A história de Vanito é igual a de outros amigos. Jaime, por exemplo, está na rua há 10 anos e antes vivia no bairro das Mahotas onde, segundo relata, não gostava de estudar e vezes há que roubava dinheiro, até que um dia foi espancado pelo pai, o que o levou a fugir de casa.

“Decidi sair de casa em 2001 e regressei no ano seguinte, mas voltei a sair. Já não roubo, deixei e agora vou à casa passar apenas as festas de Natal e Fim de ano”, explicou o menino.

Tal como os rapazes, raparigas há que elegem a rua para escapar a episódios de violência de que são vítimas em casa, acabando por entrar na prostituição. Foi o que aconteceu com a Célia. A rapariga, de 14 anos, acabou recorrendo à chamada profissão mais antiga do mundo para sobreviver quando fugiu do seu padrasto que a queria violar sexualmente.

“Saí de casa quando tinha 12 anos porque o meu padrasto obrigava-me a manter relações sexuais e caso recusasse, batia-me”, conta a menina.

Outra menina de rua entrevistada pela nossa Reportagem é a Nanda, 14 anos de idade. Ela vivia com a avó materna até à morte desta em 2010. Nanda terá sido expulsa de casa, em Maputo, e a sua mãe fugido para a província de Sofala. Na rua, conta a menor, recebeu uma proposta das amigas para se prostituir, ideia que ela disse ter rejeitado.

“Eu fui viver na rua a partir do ano passado e minhas amigas obrigavam-me a relacionar-me sexualmente com senhores em troca de dinheiro. Mas sempre que isso acontecesse eu fugia”, explica.

CENTROS DE ACOLHIMENTO

Outras tantas crianças de rua acabaram sendo recebidas em centros de acolhimento onde passam a desenvolver diversas actividades. A nossa Reportagem visitou o Centro de Acolhimento Hlayiseka, da Associação Main, que trabalha na reintegração de crianças que estiveram na rua.

Arcílio Macobela, coordenador da agremiação, disse ao “Notícias” que o papel do centro não é substituir a família mas sim criar condições para que as crianças possam ser reintegradas.

“O que nós fazemos é oferecer ferramentas que permitam que passado algum tempo, essas crianças sejam recebidas no seio das respectivas famílias, só que muitas delas não querem regressar e acabam ficando connosco”, explicou.

Celso Gomes, assim como outros meninos da sua idade, encontrou no centro um local onde pudesse voltar a estudar e desenvolver actividades artísticas.

“Aqui no centro eu participo no teatro, dança e tive oportunidade de aprender a ler e escrever, mas aos fins-de-semana volto à casa”, disse.

No centro, os petizes participam em diversas actividades culturais e educativas, desde a dança, teatro, desenho artístico e formação técnicoprofissional.

 

http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1466353



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