A empresa Corredor Logístico Integrado do Norte (CLIN), detida em 80 por cento pela brasileira Vale, acordou hoje com o governo moçambicano a construção de uma ferrovia ligando Moatize a Nampula e de um novo terminal portuário em Nacala. O empreendimento que fará parte do Corredor de Nacala, um sistema integrado de logística, permitirá o escoamento do carvão extraído em Moatize, província de Tete, no centro de Moçambique, para o porto de Nacala, província de Nampula, no norte do país.
No acordo hoje assinado prevê-se que a Vale ceda 5% do seu capital na CLIN "a favor de cidadãos e de empresas moçambicanas" logo após a construção do empreendimento. Os restantes 20% pertencem à empresa pública Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).
A linha-férrea, com uma extensão de quase mil quilómetros entre Moatize e Nacala, implica a construção de raiz de 230 quilómetros de ferrovia e a reabilitação de mais de 600 quilómetros de linha no norte de Moçambique.
Um dos troços, cuja obra está a cargo da portuguesa Mota Engil, passa pelo sul do Malawi, numa distância de 137 quilómetros entre as duas fronteiras.
O investimento total, incluindo a construção do novo terminal marítimo e das estruturas envolventes no porto de Nacala, está orçado em 4,5 mil milhões de dólares norte-americanos.
Segundo um comunicado da Vale, "os contratos assinados garantirão o direito de construção e operação em todo o trecho ferroviário e do terminal portuário necessário ao escoamento do carvão de Moatize".
(RM/Lusa)
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