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General: Fundação Mário Soares recebeu mais de 1,2 milhões de euros
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De: mariomarinho2  (Mensaje original) Enviado: 02/08/2012 21:20
Mário Soares

 

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A Fundação Mário Soares recebeu, entre 2008 e 2010, cerca de um milhão e 272 mil euros de apoios financeiros públicos

A fundação com o nome do antigo Presidente da República e primeiro-ministro Mário Soares, criada em 1991, tem uma percentagem de 25 por cento de proveitos em relação aos apoios financeiros públicos recebidos, segundo o mesmo relatório. A instituição recebeu uma pontuação global de 61,5, definindo-se «como projecto europeu», e tendo «por fim realizar, promover e patrocinar acções de carácter cultural, científico e educativo nos domínios da ciência politica, da história contemporânea, das relações internacionais e dos direitos humanos».

A Fundação Mário Soares, com 43 colaboradores, teve mais de 31 mil beneficiários ou destinatários entre 2008 e 2010, aponta o mesmo relatório. Além do apoio financeiro, esta fundação teve um valor patrimonial tributário isente de mais de 268 mil euros.

Da lista de fundações avaliadas consta também a Fundação Social Democrata da Madeira, que, de acordo com o relatório, não recebeu qualquer apoio financeiro público entre 2008 e 2010, mas também não beneficiou ninguém.

No sítio da internet da Fundação Social da Madeira é noticiada a compra pela fundação da casa em que o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, viveu até aos 30 anos, a entrega de dezenas de bolsas de estudo anuais no valor de 900 euros, assim como a entrega de 80 cabazes de Natal a famílias carenciadas e de 900 livros à Associação Académica da Universidade da Madeira, entre outras actividades. No relatório não constam os «entes instituidores», uma «informação não publicada nos termos da Lei N.º 1/2012».

A Fundação Social Democrata tem como fins a «manutenção do esforço solidário da instituição para com os mais desfavorecidos, alunos carenciados, apoio a instituições de solidariedade social e de apoio a crianças e mães solteiras». Esta fundação, criada em 1992, tem três colaboradores e teve um património inicial de 50 mil euros que se situava em mais de 12 milhões de euros em 2010, de acordo com o relatório.

A Fundação da Casa de Bragança, criada em 1933 e cujo conselho administrativo é presidido actualmente pelo professor de Direito e antigo presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu entre 2008 e 2010 apoios financeiros públicos que ultrapassaram os 62 mil euros.

A Fundação Casa de Bragança, que recebeu uma avaliação de 61,4, tem um valor patrimonial tributário isento de mais de um milhão e 800 mil euros. Com mais de 217 mil beneficiários, a fundação, com 67 colaboradores, tem «fins de carácter cultural, assistencial e beneficência», aponta o relatório.

A Fundação Res Pública, da área de influência do PS, não recebeu quaisquer apoios financeiros públicos, segundo o relatório, desenvolvendo acções que beneficiário 1370 pessoas. Com uma avaliação de 60,5, os seus objectivos passam pela «promoção do associativismo democrático, livre e independente de quaisquer partidos ou convicções religiosas, ao serviço dos interesses dos cidadãos e dirigido à consolidação da democracia económica, social e cultural, visando a construção de uma sociedade mais livre, igualitária e justa, no respeito pelos Direitos do Homem e pela Constituição da República Portuguesa».

A Res Pública tem também como fins a «promoção do poder local e do municipalismo democrático, fomentando o progressivo estabelecimento da descentralização administrativa e da autonomia regional, no quadro de um Estado republicano e unitário, promovendo a autonomia local e a prioridade da governação autárquica em conformidade com o princípio da subsidiariedade».

Esta fundação tem ainda como fins a «promoção de iniciativas de investigação, debate, formação e divulgação sobre o aprofundamento da democracia e as políticas públicas orientadas para o desenvolvimento e a coesão social, no âmbito nacional, europeu e internacional».

Da lista das fundações que foram consideradas «não avaliáveis» consta a Fundação Francisco Salgado Zenha, que tem sede na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. A Lusa tentou, sem sucesso, contactar algum responsável da fundação.

 

 

 

http://maiortv.com.pt/sociedade/01-noticias/fundacao-soares-788.php#&slider1=1

 

 

Em Peniche: Não tem dinheiro para ir ao hospital


 

Peniche

Deixou de ser acompanhada no final de 2011 porque os 379 euros que recebe da pensão de invalidez mal chegam para sobreviver

Glória Lucas, 56 anos, sofre de lúpus e várias doenças ósseas que a obrigam a consultas de vigilância no máximo de três em três meses. Deixou de ser acompanhada no final de 2011 porque os 379 euros que recebe da pensão de invalidez mal chegam para sobreviver.

Todos os dias o ritual é o mesmo. Uma sucessão quase infindável de comprimidos, de manhã até ao deitar. Dezoito, no total. Vinte e dois à quarta-feira. Não é para menos. Glória Lucas, 56 anos, sofre de lúpus, uma doença auto-imune que lhe atacou os ossos e as articulações e lhe provocou osteoporose, osteoartrose e artrite.

A doença e a elevada dose de medicação, que é agressiva e carregada de efeitos secundários, obrigam-na a fazer análises e a ter consultas de vigilância com muita regularidade. No máximo, de três em três meses. Em fases mais agudas, pelo menos uma vez por mês. Mas Glória deixou de ser acompanhada no final de 2011.

"Já faltei a consultas e a exames porque não tenho dinheiro para o transporte", explica. Recebe 379 euros de pensão de invalidez e paga 145 euros de renda. Sobram-lhe pouco mais de 200 euros para comer, pagar as despesas da casa e comprar a medicação.

O dinheiro não estica o suficiente para os mais de 100 quilómetros que a separam do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde tem de ser seguida para ter acompanhamento especializado. Dantes, o centro de saúde de Peniche, onde mora, passava-lhe uma credencial para o transporte, que lhe permitia reaver a 100% o custo da viagem de camioneta até à capital, depois de devidamente carimbada no Santa Maria. Mas o ano passado o médico de família informou-a de que a Segurança Social tinha deixado de pagar o reembolso das deslocações.

A única possibilidade de voltar a ter transporte gratuito era em ambulâncias dos bombeiros, mas apenas se o médico do Santa Maria autorizasse. O que não aconteceu. "Lá, disseram-me que só autorizam em casos extremos, como acamados, doentes com cancro ou doentes renais crónicos. Compreendem a minha situação, mas dizem que são as regras da troika, que mandou cortar no transporte." Perante a recusa, Glória Lucas deixou de fazer análises.

"A última vez que fui à médica, já depois de algumas faltas, ela perguntou-me como é que eu quero ser tratada se não vou às consultas e não faço os exames. Eu perguntei-lhe como é que ela quer que eu faça se não tenho dinheiro. Ficou calada. E ficámos assim."

Por todo o país, pessoas com baixos rendimentos estão a faltar a consultas, exames e tratamentos por não conseguirem pagar as deslocações. Governo reconhece que há um problema e vai mudar a lei. Mesmo estando isentos de taxas moderadores, há doentes que ficam sem tratamento porque nem sequer conseguem chegar à porta do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Estão previstas deslocações gratuitas para quem precisa de assistência e tem baixos rendimentos, mas a lei nem sempre é cumprida.

Obrigados pela troika a cortar cerca de 54 milhões de euros no transporte não urgente de doentes, hospitais e centros de saúde estão a racionar as credenciais. Muitas vezes fica de fora mesmo quem tem direito. O Expresso encontrou vários casos de pessoas que deixaram de se tratar por não conseguirem pagar a deslocação ao médico.

Segundo as regras em vigor, beneficiam de transporte gratuito os utentes com menos de 419 euros de rendimento mensal do agregado familiar (seja qual for o número de elementos) e situações clínicas incapacitantes como doenças neuromusculares e ortopédicas, doenças oncológicas ou sequelas motoras de doenças musculares.

Muito em breve será publicado um novo diploma que sobe dos 419 para 628 euros mensais o limite de rendimentos para se ter acesso ao transporte gratuito. A nova legislação vai ainda alargar este direito a quem tem de recorrer ao SNS pelo menos oito vezes por mês. No caso dos doentes oncológicos, estará sempre garantido.

Ao Expresso, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, salienta ainda que a nova lei dará ao médico a possibilidade de prescrever transporte gratuito a casos que a sua "sensibilidade ética" dite que também devem ser beneficiados, mesmo que não cumpram os critérios previstos.

 

 

Estado deu mais de mil milhões a fundações. Saiba quem recebeu mais

Fundação ligada ao computador Magalhães absorveu a maior fatia

Fundação ligada ao computador Magalhães é das que mais se destaca. Há ainda o caso de uma fundação na Madeira que comprou uma casa com o argumento de que Alberto João Jardim ia deixar o poder.
O Estado deu apoios financeiros públicos a fundações de 1.034 milhões de euros, entre 2008 e 2010. Segundo o levantamento feito pelo Governo, e tornado público esta quinta-feira, a Fundação para as Comunicações Móveis (FCM), que geria o programa de atribuição dos computadores Magalhães, foi a entidade que mais apoios públicos recebeu, num total de 454,4 milhões de euros.

Na Madeira, a Fundação Madeira Classic, sendo pública de direito privado, revela que foi criada pelo Governo regional e pela orquestra da região. Não aponta qualquer beneficiário, mas nem por isso deixou de receber mais de dois milhões de euros do Estado.

Já a Fundação Social-Democrata da Madeira não apresenta fundadores, mas o nome diz tudo: tem património de 12 milhões e o benefício do Estado é isenção de impostos sobre o património, no valor de quatro milhões de euros.

No site da fundação, a última actividade registada é de 2010, quando se anuncia a compra da casa onde Alberto João Jardim viveu até aos 30 anos, com o argumento de que o presidente do Governo Regional se iria retirar em 2011. Mas a Fundação Social-Democrata da Madeira, criada há 20 anos, tem como finalidade dar apoio aos desfavorecidos, crianças e mães solteiras.

Em comum, a maioria das fundações privadas tem a característica de não divulgar os seus criadores. O Governo permite e diz que, por lei, têm direito ao sigilo as fundações que nasceram antes de 2012, ou seja, todas as que estão em análise. Esta é uma vantagem frequente de muitas fundações privadas. 

A Fundação Oriente, de Carlos Monjardino, recebeu 1,5 milhões dos cofres públicos. Além disso, gozou de isenções patrimoniais de quase 17 milhões.

Já a Fundação Minerva, dona da Universidade Lusíada, onde estudou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, recebeu mais de 400 mil euros. Goza ainda de isenções de impostos no valor de 11 milhões.

Também há quem ganhe nos dois campos. É o caso da Fundação Mário Soares, do antigo Presidente da República, que recebeu 1,33 milhões do Estado e ficou isenta do pagamento de 220 mil euros de impostos ao património. 

Agora, o Governo quer cortar no sector das fundações e prevê poupar entre 150 a 200 milhões por ano só com os cortes do financiamento público. No levantamento feito pelo Governo, foram avaliadas 174 fundações ligadas ao sector social e mais 190 privadas, públicas de direito privado ou público-privadas, entre 2008 e 2010.

Segundo o relatório, destas 190 há um total de 130 que vão ver reduzidos os apoios do Estado, num corte total ou parcial de 30%. A estes cortes acrescem as diminuições nos apoios fiscais que podem ainda ser aplicadas.

 

 

 

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=72345

 



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De: mariomarinho2 Enviado: 02/08/2012 21:37
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De: mariomarinho2 Enviado: 02/08/2012 21:37
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De: helenamarinho Enviado: 02/08/2012 22:14
Eu tenho vergonha, será que"eles" não têm???


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