O maior desafio em Moçambique é garantir a capacidade de transporte para o escoamento e exportação de elevadas quantidades de carvão, disse a ministra dos Recursos Minerais, adiantando que o governo e as empresas mineiras estão a identificar as soluções adequadas.
“As novas vias de transporte, linhas de transmissão de electricidade, sistemas de abastecimento de água, sistemas de comunicação e outros meios criados para o desenvolvimento destes ou outros empreendimentos na área mineira irão servir para desenvolver outras actividades económicas e beneficiar a população em geral, contribuindo assim para o desenvolvimento socioeconómico do país”, disse a ministra Esperança Bias.
Na abertura do XXVII Conselho Coordenador a decorrer de 3 a 6 de Agosto na vila de Cateme, distrito de Moatize, em Tete, a ministra informou terem sido atribuídos até à data 1165 títulos mineiros e 12 contratos de concessão de pesquisa e produção de petróleo.
O potencial em recursos de gás natural na bacia do Rovuma poderá colocar o país como um grande exportador deste produto a nível mundial, sem pôr em risco a sua utilização interna para o desenvolvimento de novas indústrias e para a utilização como combustível.
“Os concessionários das áreas das novas descobertas elaboraram já estudos de viabilidade pormenorizados para o desenvolvimento dos jazigos e instalação de unidades industriais para a liquefacção do gás natural e sua exportação para o mercado internacional”, salientou a ministra, que acrescentou que o investimento ascenderá numa primeira fase excederá 20 mil milhões de dólares para um capacidade de processamento de 20 milhões de toneladas de gás natural por ano.
A ministra adiantou estimar-se que o início das exportações de gás natural extraído e processado em Moçambique tenha lugar em 2018.
(rm/macauhub)