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Muitos profissionais estão a ocultar alguma experiência ou competências no CV para conseguirem trabalho em áreas diferentes ou inferiores
Conhece um administrador que decidiu ocultar alguma experiência ou competências no currículo para poder preencher um cargo menos elevado? Ou um licenciado que prefere não mencionar o percurso académico para tentar vingar noutra área? A dificuldade em encontrar emprego está a levar muita gente a reinventar o currículo, adaptar competências face ao emprego desejado e até a cortar factos que anteriormente seriam mais-valias.
Na empresa de recrutamento Hays, "os candidatos perguntam se consideramos positivo não referir no currículo determinadas formações", confirma o diretor de vendas da empresa, Pedro Amorim. A preocupação com a forma como um candidato se apresenta a uma empresa é uma consequência de haver mais pessoas para menos vagas disponíveis e empresas com cada vez menos recursos para contratar.
"As pessoas estão conscientes de que o atual nível de desemprego e as perspetivas a curto prazo não parecem trazer nada de positivo, e nesse sentido procuram dar resposta aos seus receios", explica. "Não é uma questão de vergonha, mas muitas vezes a licenciatura não dá, em termos gerais, nenhuma vantagem para o empregador e este acaba por vê-la como um inconveniente", refere também Amândio da Fonseca, responsável pela Egor.
Com 15,3% da população ativa portuguesa desempregada (dados do Eurostat de junho), há muitos licenciados nesta situação que tentam todas as vias para voltarem a ingressar no mundo do trabalho. Os mais jovens, especialmente. Pedro Amorim lembra que esta tendência pode ser uma forma de os candidatos tentarem tornar os seus currículos mais competitivos, mas admite que a frequência com que isto acontece "revela algum desespero
Os profissionais estão a cortar competências do currículo para poderem agarrar empregos menores. A prática tem-se intensificado com a crise