Marcelo Rebelo de Sousa acredita que, apesar da tensão política, a coligação governamental vai sobreviver, porque não tem alternativa. No período de vigência do programa de assistência externa, até 2014, PSD e CDS "estão condenados a viver abraçados um ao outro", porque "nenhum vai sair bem, se isto correr mal".
No comentário semanal na TVI24, Marcelo afirmou que "Portas quer estar no Governo e fora dele ao mesmo tempo, mas o PSD não pode resolver isto à bofetada". Do primeiro-ministro, disse que se apresentou na entrevista à RTP numa "posição muito fraca", "quase a pedir batatinhas ao PP". Assim, "se queria entalar, saiu entalado". Ao líder do CDS, reprovou o facto de, ontem, ter desautorizado Passos, exibir divergências em público e chamar a si os louros das reformas.
Perante as manifestações de anteontem - protagonizadas por "povo povo" - o comentador sustenta que seria "sensato" o Governo recuar na revisão da TSU, que aponta como medida inconstitucional. E aconselha Passos Coelho a remodelar o Governo, tendo em conta o "estado de espírito do povo".
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