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O “Modelo Graziano” do título se refere às idéias expressas em artigo publicado recentemente no Wall Street Journal por José Graziano da Silva, ex-Ministro Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome do primeiro governo Lula e atual Diretor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Esse artigo está traduzido para o português e pode ser lido aqui.
O Brasil também está de olho na geração de riqueza agrícola em Moçambique, o que pode ser comprovado aqui.
Resta agora saber se G8 e Brasil são concorrentes ou parceiros em África, embora indícios apontem mais para a parceria, em que o Brasil seria uma espécie de ponta-de-lança do Norte no Sul, ou cavalo de Tróia, ou mesmo intérprete oficial (afinal, em Moçambique fala-se português e a cultura afrolusitana nos é muito mais familiar do que a estadunidenses, ingleses, alemães, japoneses, etc), vide:
“Composição de forças” para exportação: a aliança com os britnicos em África e
Embrapa e Monsanto, “uma arquitetura porosa e criativa”
Ao que tudo indica, o discurso de cooperação Sul-Sul da última década não passou apenas disso, um discurso, cuja efetividade foi maior entre certos setores da esquerda no Brasil, mas pouco influiu na arena internacional, a começar pelas próprias nações do Sul.
Nada como a velha África para resolver qualquer crise que porventura exista no hemisfério de cima, haja vista a questão dos direitos de propriedade intelectual e da liberação de sementes geneticamente modificadas que o texto aqui inserido traz ao final, no quadro de compromissos políticos que o G8 espera do governo moçambicano.
E ainda há quem diga que o capitalismo vai de mal a pior.
Fonte: http://farmlandgrab.org/post/view/21086