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TETE: FILHO DE PEIXE SABE NADAR
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De: nhungue (Mensaje original) |
Enviado: 21/01/2013 11:45 |
Nas terras quentes da cidade de Tete, em plena azafama da quadra festiva, a 21 de Dezembro de 1980, nascia de pai médi- co e mãe doméstica, um jovem que mais tarde seria registado pelo nome de Jorge Alexandre Harrison Arroz ou simplesmente Jorge Arroz. Arroz foi o jovem médico que durante nove dias liderou a luta da classe médica, confrontando de frente um Governo, que, por vezes, negociava de forma arrogante. Jorge Arroz, filho de Jaime Orlando Lopes Arroz (médico) e Ana Harrison (doméstica), ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Edu- ardo Mondlane em 1998 e concluiu o curso de medicina em 2005, com 24 anos de idade. Depois de concluir o curso, Jorge Arroz foi afecta- do na província da Zambézia onde desempenhou respectivamente as funções de Director do Hospi- tal Rural e Médico Chefe Distrital do Alto Moló- cue, chefe de Departamento de Saúde ao nível da província da Zambézia, Coordenador Provincial para Vigilncia Epidemiológica, Coordenador In- terino do Núcleo Provincial de Combate ao HIV/ SIDA da Zambézia e por fim exerceu as funções de director-geral do Hospital Provincial de Que- limane. A peregrinação de Arroz pelas terras do palmar terminou em 2011 quando decidiu regressar a ca- pital do país para abraçar outros desafios fora do Sistema Nacional de Saúde. Actualmente, Jorge Arroz é assessor clínico duma Organização Não Governamental americana ligada à formação de profissionais de saúde. O sonho de constituir uma classe médica respei- tada e comprometida com uma causa comum fez com que, Arroz se candidatasse à direcção da As- sociação Médica de Moçambique (AMM). Lem- bra-se que o seu pai, Jaime Orlando Lopes Arroz foi também presidente desta agremiação. Jorge Arroz foi eleito presidente da AAM em Maio de 2012. A promoção da defesa da saúde em Moçambique, bem como a revisão do estatuto da AMM e contextualizá-lo à realidade actual, foi um dos trunfos da sua campanha. “Quando abraçámos o desafio estávamos cientes dos entraves que encontraríamos, mas acreditámos na nossa determinação em nos distanciarmo-nos da inércia que a classe médica viveu e vive neste mo- mento e que temos a missão de mudar o cenário”, disse Arroz em declarações ao SAVANA. Falando concretamente da sua vida, Jor- ge Arroz contou-nos que o gosto pela medicina surgiu de casa já que nasceu e cresceu no meio de médicos. “O que mais me impulsionou para fazer medicina foi facto de conviver com um Médico, meu pai, e notar o quão gratifi- cante era curar alguém. Mas na verdade tinha uma inclinação mais para a área de informática. Tinha um interesse especial pela matemática e física, mas que, gra- dualmente foi coberto pela biologia e química. Até certo ponto, achava fasci- nante encontrar nas estantes aqueles li- vros volumosos de medicina que meu pai tinha, especialmente os livros de anato- mia, e perguntava ao meu pai se conhecia todo corpo humano e ele dizia que sim. Mas nunca ficava satisfeito. Eu abria o livro e tapava a legenda e pergunta “qual o nome desta artéria”. Aquando do fa- lecimento do meu Pai, estava eu na 10ª classe (1995), com 14 anos, aí decidi que tinha que ser médico”, disse. Jorge Arroz não se acha um jovem re- belde e não considera a paralisação das activida- des dos médicos como um desafio ao executivo. Diz que a coragem de paralisar actividades não foi dele, mas sim de todos médicos filiados na AMM. “Não se tratou de desafiar o Governo, mas sim ti- rar para fora a angústia que os médicos sentiam em silêncio. Particularmente por ter trabalhado nos distritos, na Zambézia, conheci e conheço a realidade dos médicos, e vi e vejo que os médicos estavam efectivamente desesperados. Havia uma forte “verborreia” que era lançada no facebook, que necessitava de ser materializada. Sou católi- co e várias vezes fiz o meu exame de consciência procurando respostas a tantas inquietações que tinha, pois sem fé e sem crer nada é possível. Pen- so que o Governo não cedeu a pressão, mas sim, chegou-se a um meio termo neste processo. Como anteriormente referido, não se tratou de desafiar o Governo”, frisa. Contou-nos que o sucesso desta reivindicação resumiu-se na união e coesão da classe médica. Arroz diz que em qualquer canto do mundo, um médico é um servidor social do elevado mérito pelo que não se justificava que o Governo conti- nuasse a colocar esta classe no segundo plano. Arroz conta que sonha com um médico de cinco estrelas, um médico que seja capaz de enfrentar os grandes desafios em termos de patologias, ten- do em conta o ambiente e contexto moçambicano, com qualidade internacional. Mas para tal, exis- tem reformas que tem que ser feitas ao nível da formação pré e pós graduação. A Ordem dos Mé- dicos, as várias faculdades de medicina, e os mé- dicos, terão um papel fundamental neste processo. Soubemos de Arroz que gerir médicos não é uma tarefa fácil, ou seja, qualquer missão de gerir algo ou um grupo de pessoas sempre tem sido uma ta- refa difícil pelo que não existe excepção para os médicos. )LOKRGHSHL[HVDEHQDGDU 4XHPp-RUJH$UUR] Naíta Ussene |
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É de pessoas determinadas, que sabem o que querem e para quem o querem, que
um país apostado no futuro do seu povo precisa....... bons principios também não lhe
faltaram.... ainda bem!
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