(J. G. Araújo Jorge)
Para que tentarmos
qualquer explicação?
Sei que te tomarei nos braços
como uma criança
e atenderei à súplica
de teus olhos...
Sei que já agora,
depois que chegaste
ao coração,
seria impossível voltar...
E para que voltar?
Que importa se viemos de longe
e se deixamos tanta coisa
para trás?
Importa é que posso levar-te
em meus braços,
dobrar a curva adiante,
escalar a montanha
para encontrarmos
a paisagem nova
que será outro mundo...
Importa é que nos sentimos
como se tudo começasse agora,
depois que és minha
e eu sou teu,
e como se nada tivesse
existido antes, nada...
nem tu... nem eu