Difícil prá mim falar das coisas simples. Fácil prá mim sentir as coisas simples. Algo me deixa aflito. Me deixa no ar. Vida solta. Solta a vida!... deixe-a reinar.
Mergulho em mim, e nada encontro além do que sou É mar imenso, sem referencial. Não sei onde estou. Tempo? Espaço? Nada disso é palpável. O que sou além do que mostro ser? Onde vou? Se nem sei onde cheguei! Mar de mim mesmo. Preso estou. Se me solto, prá onde vou?
Ir e vir. Ondas no meu mar Sem rumo e em todos os rumos. Eu flutuo... Eu mergulho... Continuo não sabendo onde estar.
Como preencher meu coração vazio? Prá quem tem esperança o tempo é "quando" Prá quem tem saudade o tempo é "ido" Prá quem não tem rumo, todo o tempo é sofrido!.
Melhor tempo nenhum, Melhor nenhum lugar Melhor partir do que ficar. Na eternidade dessa dúvida. Na crueldade da mentira. Na solidão do não ser.
Prefiro a paz da ascese Prefiro a mansidão de saber... Que do outro lado da vida Há alguma razão escondida Que justifique o viver!
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