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HISTORIA: AS CONQUISTAS ROMANAS
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De: vylma (Mensaje original) |
Enviado: 05/08/2009 00:41 |
As Conquistas Romanas
Desde
o período republicano de sua história, Roma empreendeu uma política
expansionista, tendo como objetivo a conquista de terras e escravos,
uma vez que possuía uma economia agrária e essa política atendia ao
interesse da elite: os patrícios.
As Primeiras Guerras
A política de conquista iniciou-se no século V a.C. com as "Guerras
Defensivas" , repelindo ataques de etruscos, sabinos, equos e volscos e
determinaram a conquista do sul da Etruria e da região do Lácio.
No século IV a.C. os romanos iniciaram uma política de conquista
aproveitando-se do enfraquecimento de vários povos que viviam na
Península Itálica, sendo que esta já no final do século estaria
completamente dominada. Essas vitórias foram possíveis devido ao
equilíbrio econômico da cidade, permitindo-lhe a manutenção de um
exército bem treinado, formado inclusive por homens de regiões anexadas.
Nas regiões conquistadas uma parte da terra era considerada terra
pública ( ager publicus), que poderia ser arrendada a pequenos
proprietários ou explorada pelos patrícios que, na prática,
apropriavam-se dessas terras, ampliando a concentração fundiária.
As Guerras Púnicas
As Guerras Púnicas envolveram Roma, que já dominava toda a Península
Itálica, e a cidade de Cartago, cidade de origem fenícia no Norte da
África, que controlava o comércio no Mediterrneo ocidental.
Roma interessava-se pelo controle sobre a Sicília, grande produtora de
trigo; terras da península Ibérica, produtora de prata e pelo controle
do comércio que estava nas mãos dos cartagineses. Cartago pretendia
aumentar seu raio de dominação econômica, desalojando os comerciantes
gregos do Mediterrneo.
Os romanos venceram a Primeira Guerra Púnica (264 -- 241 a.C.) e
passaram a dominar a Sicília, a Sardenha e a Córsega. No final do
século venceram uma segunda Guerra Púnica ( 218 -- 201 a.C.) quando as
tropas de Cipião, o africano derrotaram Aníbal, famoso general
cartaginês, obrigando os derrotados a entregar sua frota de navios e a
Espanha. Estava dominado o Mediterrneo ocidental.
O exército fortaleceu-se, o comércio desenvolveu-se e gerou riquezas
para Roma, que passou a atacar os estados Helenísticos do Mediterrneo
Oriental, aos poucos conquistados durante o século II a.C. A terceira
Guerra Púnica (149 -- 146 a.C.) teve como pretexto o conflito entre os
Cartago e a Numídia, aliada de Roma, foi responsável pela derrota
definitiva de Cartago, e completamente arrasada pelos romanos, que
passaram a dominar o Norte da África e escravizaram cerca de 40 mil
homens.
Entre a 2º e a 3º Guerra Púnica, os romanos conquistaram algumas
regiões na Europa oriental: Macedônia, Grécia, Ásia Menor e Síria.
O mar Mediterrneo passaria então a ser o "Mare Nostrum". Quase todos
os territórios em torno do Mediterrneo estavam sob domínio romano,
assim como a atividade comercial.
As conquistas foram responsáveis por importantes mudanças
sócio-econômicas -- alias bastante exploradas nos vestibulares --
formou-se o modo de produção escravista e desenvolveu-se uma classe
formada pelos homens novos enriquecidos pelo comércio.
Ressalta-se ainda a mudança nos costumes e valores: maior influência da
cultura grega e o apego ao luxo. O abandono da cultura tradicional é
normalmente tratada de forma preconceituosa por muitos livros,
considerada como "decadência moral" da sociedade romana. As
transformações estruturais por sua vez foram responsáveis por
importantes mudanças políticas. As novas camadas sociais,
principalmente mercadores e militares passaram a disputar diretamente o
poder com os patrícios, que por sua vez buscavam conquistar o apoio de
uma parcela da plebe através do clientelismo e promover a alienação da
outra parcela através da política do "Pão e Circo" . As revoltas de
escravos, assim como a de povos dominados eram constantes. No século I
a.C., a crise do poder senatorial seria representada pelas Guerras
Civis.
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