No calor do teu beijo acordei
Com as lágrimas da manhã em alento.
Por estares ausente eu ABRACEI
A fragrncia dos lençóis num lamento.
Nesse amplexo, num suspiro romanciei
A água com o fogo, o luar com o vento...
Traz-me violinos brancos para eu sonhar
O sorriso que brota da melodia do teu olhar.
Do queimor da brisa senti gotas de ternura
Pela leveza do peito tentado à paixão.
E no horizonte rutilante da aventura
O silêncio de palavras doces cabe-me nas mãos.
Esse anelo errante é loucura!
Mas meu sonho insiste em navegar nessa sensação...
Num instante de açucenas e resplendor convincente,
Levantei-me e percebi-te, meu pecado imanente.
Ana Ramos