Guerra dos Cem Anos
O final
da Baixa Idade Média foi marcado pela crise de retração, caracterizada
por sua vez pelas Revoltas camponesas, pela Peste Negra e pela GUERRA
DOS CEM ANOS, envolvendo a Inglaterra e a França.
Este conflito deve ser entendido dentro do processo de transição
feudo capitalista, quando da formação das "Monarquias Nacionais"
A Guerra foi provocada pela disputa sobre a região de Flandres,
importante produtora de tecidos e centro comercial, ligada por laços de
vassalagem à França, mas economicamente à Inglaterra, de quem obtinha a
lã.
Outro motivo para a Guerra foi a disputa em relação ao trono
Francês, reivindicado por Henrique III, da Inglaterra, que no entanto
era neto de Felipe IV (morto em 1328)
A Guerra desenvolveu-se em território francês, que esteve sempre
parcialmente ocupado desde 1346 com a derrota de Felipe VI em Crécy,
porém o conflito teve várias interrupções, inclusive devido às disputas
internas, principalmente na França onde Armagnacs (nacionalistas) e
Borguinhões (pró Inglaterra) se enfrentavam.
Em 1415 os ingleses, apoiados por Borgonha, invadiram a normandia e
venceram em Azincourt, determinado a ocupação de Paris e o
aprisionamento do rei Carlos VI. Em 1420 foi assinado o Tratado de
Troyes que deu a Henrique V, de Lancaster, o direito ao trono Francês
ao mesmo tempo em que reconhecia a divisão da França, estando o norte
sob domínio inglês.
A Reação francesa teve início em 1429, quando a camponesa Joana
D?Tarc, a frente de um exército, comandou a vitória sobre os ingleses
em Orléans.
Em 1435 foi firmada a paz entre a França e Borgonha e no ano seguinte Paris foi libertada e os ingleses gradualmente derrotados.