Renuncio às palavras e às explicações. Ando pelos contornos, onde todos os significados são sutis, são mortais.
Não quero perder o momento belo. Quero vivê-lo mais, com a intensidade que exige a vida: desgarramento e fulguração.
Então me corto ao meio e me solto de mim: a que se prende e a que voa, a que vive e a que se inventa. Duplo coração: a que se contempla e a que nunca se entende, a que viaja sem saber se chega - mas não desiste jamais.