Home  |  Contact  

Email:

Password:

Sign Up Now!

Forgot your password?

TUDO EM PORTUGAL
 
What’s New
  Join Now
  Message Board 
  Image Gallery 
 Files and Documents 
 Polls and Test 
  Member List
 BEM VINDOS 
 PRINCIPAL 
 QUEM SOMOS 
 REGRAS DO GRUPO 
 FELIZ NATAL 
 FELIZ ANO NOVO 
 
 
  Tools
 
General: SEMÂNTICA
Choose another message board
Previous subject  Next subject
Reply  Message 1 of 3 on the subject 
From: ZÉMANEL  (Original message) Sent: 31/08/2009 11:46

É…Uma questão de semntica!

Semntica é o estudo da evolução do sentido das palavras através do tempo e do espaço.

George Orwell, o escritor inglês que nos deu alguma das obras que melhor iluminaram o ambiente dos difíceis anos que duraram da Depressão à Queda do Muro de Berlim, entre elas a terrível sátira, com o título “1984”. Águas políticas passadas, talvez. A União Soviética, a ex-formidável Pátria do Socialismo, não existe mais, esfarelada em repúblicas conflituosas.

Para felicidade do gênero humano não se realizaram as sombrias previsões orwellianas de “1984” – uma sociedade hipertotalitária, metida em guerras intermináveis, impondo ao povo um brutal controle de pensamento e da expressão – o “novopensar” e a “duplafala”.  A televisão não se tornou um instrumento de massificação ideológica, sendo ao contrário um instrumento de denúncia, que dificulta o ocultamento de selvagerias ditatoriais – em tese, são esses os pensamentos dos otimistas. 

As previsões de Orwell não se realizaram ao pé da letra. Mas acreditamos que, os verdadeiros escritores têm o dom de entrever formas da realidade que escapam facilmente aos olhos da multidão. Porque alguma coisa do “novopensar” e do “duplofalar” se encontra em nosso quotidiano. Raramente as mensagens que a humanidade troca entre si são meramente descritiva. Em geral, atingem-nos mais pelas associações de idéias e sentidos. Se assim não fosse, não haveria poesia, nem literatura, nem mesmo prece, sem adjetivos, metáforas e todas as ilimitadas teia de ligações que vão se estabelecendo entre as palavras, ao longo do tempo.

Quanta inocência!

É aqui que mora o perigo, pois, o que faz prece e poesia pode fazer também intriga e malefício. Questão de interesse e de dose. Ou uma questão de semntica? Não há muito, uma grande empresa instalada na cidade mais industrializada do nosso país, projetava demitir um grande número de operários, um seu representante veio a público e tentando justificar, fez uso, consciente ou não da “duplafala”: “não caracterizamos isto como dispensa de pessoal, estamos gerenciando nossos recursos administrativos”.

Tornou-se uma matéria.

Há consultores que trabalham especialmente no ramo de mandar gente embora, e apresentam seus serviços como “consultoria para terminação e colocação externa”, ou “engenharia de reemprego”. Também recente, os advogados do famoso jogador de futebol americano, O. J. Simpson, o tal que teria matado a mulher (em quem dava surras) e o amante dela – todos assistimos pela televisão –, pintaram essa relação como mera “discórdia marital”.

As escolas de educação física, estão querendo chamar-se de “departamento de biodinmica humana”. Exemplos inesgotáveis, alguns engraçados, outros ridículos. Mas embaçam a percepção da realidade. Diariamente assistimos em nossas televisões, os noticiários: morreram pelo menos 10 pessoas, pelos menos 20 ficaram soterradas, etc.etc. Morreram cinco, causando um transtorno no trnsito com paralisação de mais de 10 quilômetros, naturalmente, muito mais ênfase para o trnsito do que para as pessoas mortas.

Só as desgraças se tornam notícias. 

Uma ilustração recente tem pegado por aí muita gente distraída. Temos ouvido muita a expressão “excluída”, para designar grupos de pessoas de baixa renda, ou supostamente marginalizada. Há palavras apropriadas para as situações concretas: “pobres”, “analfabetos”, “doentes”, "desempregados”, "drogados, não assistidos pelos governos”, por exemplo, designam situações, em que determinadas pessoas objetivamente se encontram num dado momento.

No resto da sociedade – mais uma vez o otimismo –, espíritos decentes certamente sentirão um dever de solidariedade, e sem dúvida pensarão no que possa ser feito para mudar esse estado de coisas. A exclusão, no entanto, supõe uma ação deliberada contra o excluído, no caso, essa gente pobre, desempregada etc. Portanto, subentende que alguém impeça à força que ela tenha acesso a bens que todos desejam – o que é uma realidade, haja vista, quando como agora, está se discutindo o famigerado salário mínimo.

O “excludente” passa a ser indiciado como “culpado” por essa situação penosa. Teríamos muito para relacionar, porém, sabemos que as culpas não são assumidas pela chamada “duplafala”, e sim, camufladas por ela. Se usássemos as palavras sem deformar a mensagem, talvez fosse parte da solução.

***

Jota Há

“Pobre de espírito é, sem dúvida, aquele que não consegue imaginar pelo menos duas maneiras de interpretar qualquer palavra.“

Andrew Jackson



First  Previous  2 to 3 of 3  Next   Last  
Reply  Message 2 of 3 on the subject 
From: vylma Sent: 01/09/2009 23:08

50-11

Semntica na Web

A atual geração de máquinas, sobretudo o tradicional “PC”, está se tornando cada vez mais autônoma, reflexo de pesquisas específicas e bastante complexas no campo da informática, desde os softwares à
nanotecnologia.

O advento da Internet proporciona ao homem contemporneo não só a livre movimentação em ambientes diversos – culturais, políticos, sociais, econômicos e de lazer – e entre eles, mas uma incrível flexibilidade relacionada ao tempo e ao espaço. Resolvem-se negócios por apenas um clique, rapidamente e com extrema facilidade. É uma espécie de liquidez, garantida graças à constante evolução da Web.

Sem descambar ainda para o lado tecnológico, voltemos nossa atenção à nomenclatura utilizada para definir a próxima era da Internet: a Web semntica.

Semntica, como bem ou mal sabemos, é o ramo da linguística que estuda o significado. Cunhado pelo linguista francês Michel Bréal e objeto de estudo do também linguista Ferdinand de Saussure – suíço que formulou a teoria do signo, a qual relacionava significante e significado -, o termo passou a ter maior importncia depois da década de 60, época da revolução chomskiana. Filósofos e linguistas, pois, cooperaram, impulsionando pesquisas e descobertas particulares dessa área. Algumas vertentes dela são a semntica formal (associada à lógica), a vericondicional (relacionada a questões de verdade e falsidade), a da teoria dos modelos (que opera em termos de mini-universos artificais), a lexical (estudo do significado das palavras), a de situações e a pragmática (significados dependentes de um contexto).

Suponhamos que os profissionais da tecnologia, na constituição de todos os parmetros necessários para a total funcionalidade da Web Semntica (Web 3.0), empreguem a Semntica em todos os seus níveis, com quaisquer incrementos que nela possam haver. Teremos, então, um megassistema capaz de solucionar problemas em etapas minimamente curtas e até mesmo satisfazer algumas necessidades humanas, contanto bem expressas em palavras.

Como se trata de uma suposição, convém dizer, no tempo verbal apropriado, que isso seria uma revolução na ciência. Cientistas biológicos poderiam decifrar enigmas de doenças que há muito tempo assolam a humanidade, como o cncer. Profissionais das ciências exatas não teriam tanta dificuldade em simular situações com uso de recursos da natureza, visto que elas poderiam ser muito bem projetadas e analisadas por meio de softwares. Pesquisadores da área de ciências naturais poderiam engajar-se com mais firmeza e destaque na luta contra o aquecimento global, na qual o tempo não está do nosso lado.

Se a Web é um instrumento tão eficaz para fazer o homem trabalhar e promover inúmeras transformações da superfície até além da atmosfera do nosso planeta, a possibilidade real de mudanças importantes – tais quais as mencionadas no parágrafo anterior -  ocorrerem não parece ser assim tão concreta. O trabalho, como é concebido atualmente por quase toda a humanidade, faz parte de uma equação que (des)regula nosso cérebro a pensar apenas no resultado, o dinheiro.

Da maneira como está projetada, a Web semntica tem como um de seus objetivos tornar legíveis diferentes linguagens entre o homem e o computador, de forma que se possa obter um mínimo múltiplo comum entre o que se deseja e o que é proposto como solução. Pergunto a mim mesmo o que aconteceria, porém, se daqui a alguns anos, quando o Google for um adulto, alguém pesquisar por termos como “felicidade”, “melhor época da vida” ou mesmo “alimentação”.

Tais conceitos são apenas exemplos de uma infinidade de vocábulos cujos sentidos não são deduzidos pela relação direta entre significante e significado (como acontece em “casa”, “mesa” ou “olho”), isto é, são relativos a contextos não apenas semnticos, mas históricos, sociais, e principalmente subjetivos.

Entretanto, não é impossível que o homem consiga transferir cargas sentimentais ou sinestésicas para máquinas e robôs. Pelo contrário, isso é um recurso bastante explorado hoje em dia pelos dois grandes pólos tecnológicos que são os Estados Unidos e o Japão, que ajuda o homem a recuperar alguns sentidos perdidos com o longo do tempo devido a alguma deficiência ou acidente. É o caso dos microchips, que atuam juntamente com o sistema nervoso central, recebendo estímulos do cérebro e transmitindo-os para órgãos ou membros do corpo, reconferindo a eles sua funcionalidade e mobilidade, total ou parcialmente.

Cabe a nós, todavia, questionar o critério que se utiliza para medir o grau de evolução do “Homo sapiens capitalistas” . Se quanto maior o conhecimento científico maior for o nível de progresso de nossa raça, então podemos afirmar que estamos relativamente adiantados. Mas se o termômetro para  medir a febre dessa marcha frenética for o bom uso de todos os nossos saberes e faculdades, então deve faltar algum gene em nosso DNA que ative o discernimento para isso.

Como indaga Riobaldo, personagem de João Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas, “A vida disfarça?”. Se sim ou não, a fuga da realidade já é um desafio à semntica, e representa um fenômeno ímpar: a era digital está tornando os ambientes mais virtuais e o homem cada vez menos humano, distante de si.

♦Súlivan


Reply  Message 3 of 3 on the subject 
From: Lúcia Dias Sent: 01/09/2009 23:10


 
©2025 - Gabitos - All rights reserved