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General: O mito da mona lisa
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De: ZÉMANEL (Mensaje original) |
Enviado: 31/08/2009 11:50 |
o mito da mona lisa
Pense rapidamente, qual é a pintura mais famosa do mundo? Segundo uma pesquisa realizada na Itália, a Mona Lisa de Leonardo Da Vinci ganha disparada de qualquer outro, com mais de 73% de lembrança espontnea. Se isso é até que relativamente fácil de se entender, o nó da questão reside justamente no por quê?
Este último ponto é a grande questão levantada pelo historiador inglês Donald Sasson no livro “Mona Lisa” (editora Record). Em suas 285 páginas de texto efetivo, ele faz um levantamento histórico das razões que levaram o quadro de Da Vinci a se tornar a maior referência em obras de artes que o mundo já viu.
Sasson começa da imigração de Leonardo para a França, onde ficou sob tutela da corte real e ali desenvolveu seus trabalhos. Com investigações feitas a partir de textos dos contemporneos do artista até o século 20, Sasson desenvolve sua obra. Recheado de fatos pitorescos, o autor apresenta os motivos que tornaram Mona Lisa, um ícone das artes visuais e popular também. Do grande redescobrimento da pintura no século 19 e os inúmeros escritores que falam sobre a importncia da personagem comparando-a à diversas mulheres históricas como, por exemplo, Helena de Tróia até o seu roubo em 1991, que alavancou de vez o imaginário popular sobre a pintura, são os pontos de destaque de sua pesquisa.
O autor também aproveita para levantar a questão da identidade da modelo de Da Vinci - são inúmeras teorias - e o seu enigmático sorriso, que tornou-se tão importante quanto a própria pintura. Diante do vulto de Mona Lisa, Sasson vê a diluição do pintor renascentista, que vira menos “famoso” do que sua arte, coisa muito difícil de se acontecer, principalmente no mundo atual de grifes. Também compara a histeria coletiva a favor de Leonardo Da Vinci diante de outros gênios, como Rafael e Michelngelo.
Dentro deste universo recheado de idas e vindas, a criação de um mito popular vai sendo revelada. De seu uso na publicidade, de sua participação na arte moderna, como as inúmeras intervenções de artistas como Marcel Duchamp e Fernando Botero, Mona Lisa guarda inúmeras peculiaridades, como a prisão de André Breton após o roubo da pintura e o poeta resolveu entregar outros objetos furtados do Louvre, na França, que estavam em seu poder.
O que Donald Sasson narra, na verdade, é o efeito estético que a obra de arte pode causar e sua apropriação por outros suportes que transformam uma pintura em imaginário coletivo. Analisa também a negação pela chamada “alta cultura” de um objeto tornado popular. Uma discussão muito interessante em épocas de mundo globalizado.
Artigo da autoria de Danilo Corci, revista speculum.
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De: webcris |
Enviado: 01/09/2009 18:37 |
Quem foi Mona Lisa?
Lisa del Giocondo, embora empreste seu nome ao quadro, não é a única
que concorre ao posto da mulher que está no retrato mais conhecido do
mundo. A biografia de Da Vinci escrita por Giorgio Vasari conta que foi
o marido de Lisa, Francesco del Giocondo, quem encomendou seu retrato
ao artista. Depois de quatro anos, como Da Vinci não terminava a tela,
Francesco proibiu a esposa de continuar posando e não pagou ao artista.
No entanto, a primeira menção ao quadro é anterior ao texto de Vasari.
Em 1517, Antonio de Beatis relatou a visita do cardeal Luiz de Aragon a
Da Vinci, em Paris: “Ele mostrou a sua excelência três quadros, um dos
quais era de uma certa mulher florentina, pintada por encomenda do
falecido Giuliano de Medicis”. Das três obras, só uma era um retrato:
Mona Lisa. Foi essa descrição de Beatis que abriu uma série de
hipóteses para a identidade da jovem retratada. Pois, se Beatis tem
razão, é pouco provável que Lisa del Giocondo seja a mulher do retrato.
Em 1503, quando Leonardo começou o quadro, Giuliano, filho da
família mais poderosa de Florença, estava exilado em Roma desde 1494 e
só voltou à cidade em 1512. É mais provável que Da Vinci, na visita do
cardeal, tenha usado o nome de Giuliano – morto em 1517 – para
justificar a posse da obra ou apenas para dar mais prestígio ao quadro.
Mas o estrago foi feito. Até hoje, escritores, historiadores e curiosos
se apegam à afirmação de Beatis para formular teorias alternativas
sobre quem seria a Mona Lisa. O fato de Leonardo não ter entregue a
obra também é um prato cheio para interpretações. Especula-se que a
modelo seria uma amante do próprio artista. Por volta de 1493, Da Vinci
estava em Milão, onde conheceu e pintou Cecilia Galerani. O artista,
então com 32 anos, encantou-se com a jovem de 17 anos e com ela viveu,
se não um caso amoroso, uma afeição que pode ser vista na série de
cartas que trocou com ela.
Nessa linha ainda figuram Isabella D’Este, cunhada de Ludovico Sforza
(o todo-poderoso local). Em 1500, Da Vinci fez um perfil de Isabella
que é muito parecido com a Mona Lisa. Em 1987, a artista gráfica
Lillian Schwartz criou sua própria Mona Lisa sobrepondo as imagens do
desenho sobre a tinta da tela – identificado em exames de raios X – e o
célebre auto-retrato de Da Vinci, chegando à mais imaginativa
explicação sobre a identidade da moça. Ela concluiu que a tela é um
retrato do artista. Embora haja semelhanças, elas podem ser explicadas:
Da Vinci utilizava em suas obras proporções matemáticas constantes. Por
isso quase todas se “encaixam”.
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De: Bete |
Enviado: 05/09/2009 14:22 |
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