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General: A dificil arte de dizer nao aos filhos
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Respuesta  Mensaje 1 de 2 en el tema 
De: ZÉMANEL  (Mensaje original) Enviado: 22/09/2009 22:54

Você costuma dizer "não" aos seus filhos?
 
Considera fácil negar alguma coisa a essas criaturinhas encantadoras e de rostos angelicais que pedem com tanta doçura?
 
Uma conhecida educadora do nosso País alerta que não é fácil dizer não aos filhos, principalmente quando temos os recursos para atendê-los.
 
Afinal, nos perguntamos, o que representa um carrinho a mais, um brinquedo novo se temos dinheiro necessário para comprar o que querem? Por que não satisfaze-los?
 
Se podemos sair de casa escondidos para evitar que chorem, por que provocar lágrimas?
 
Se lhe dá tanto prazer comer todos os bombons da caixa, por que faze-lo pensar nos outros?
 
E, além do mais, é tão fácil e mais agradável sermos "bonzinhos"...
 
O problema é que ser pai é muito mais que apenas ser "bonzinho" com os filhos. Ser pai é ter uma função e responsabilidade sociais perante os filhos e perante a sociedade em que vivemos.
 
Portanto, quando decidimos negar um carrinho a um filho, mesmo podendo comprar, ou sofrendo por lhe dizer "não", porque ele já tem outros dez ou vinte, estamos ensinando-o que existe um limite para o ter.
 
Estamos, indiretamente, valorizando o ser.
 
Mas quando atendemos a todos os pedidos, estamos dando lições de dominação, colaborando para que a criança aprenda, com nosso próprio exemplo, o que queremos que ela seja na vida: uma pessoa que não aceita limites e que não respeita o outro enquanto indivíduo.
 
Temos que convir que, para ter tudo na vida, quando adulto, ele fatalmente terá que ser extremamente competitivo e provavelmente com muita "flexibilidade" ética, para não dizer desonesto.
 
Caso contrário, como conseguir tudo? Como aceitar qualquer derrota, qualquer "não" se nunca lhe fizeram crer que isso é possível e até normal?
 
Não se defende a idéia de que se crie um ser acomodado sem ambições e derrotista. De forma alguma. É o equilíbrio que precisa existir: o reconhecimento realista de que, na vida às vezes se ganha, e, em outras, se perde.
 
Para fazer com que um indivíduo seja um lutador, um ganhador, é preciso que desde logo ele aprenda a lutar pelo que deseja sim, mas com suas próprias armas e recursos, e não fazendo-o acreditar que alguém lhe dará tudo, sempre, e de "mão beijada"
 
Satisfazer as necessidades dos filhos é uma obrigação dos pais, mas é preciso distinguir claramente o que são necessidades do que é apenas consumismo caprichoso.
 
Estabelecer limites para os filhos, é necessário e saudável.
 
Nunca se ouviu falar que crianças tenham adoecido porque lhes foi negado um brinquedo novo ou outra coisa qualquer.
 
Mas já se teve notícias de pequenos delinqüentes que se tornaram agressivos quando ouviram o primeiro não, fora de casa.
 
Por essa razão, se você ama seu filho, vale a pena pensar na importncia de aprender a difícil arte de dizer não.
 
Vale a pena pensar na importncia de educar e preparar os filhos para enfrentar tempos difíceis, mesmo que eles nunca cheguem.
 
***
 
O esforço pela educação não pode ser desconsiderado.
 
Todos temos responsabilidades no contexto da vida, nas realizações humanas, nas atividades sociais, membros que somos da família universal.
 

(Do livro "Repositório de Sabedoria" vol I, Educação)



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Respuesta  Mensaje 2 de 2 en el tema 
De: Lúcia Dias Enviado: 22/09/2009 22:58

A importncia do relacionamento entre pais e filhos

Nas últimas décadas, cientistas têm encontrado provas objetivas do que há muito tempo poetas, artistas e místicos já sabiam: as relações afetivas são o fundamento da existência humana. Sem amor, adoecemos. Mais recentemente, com o avanço das Neurociências - que permitiu o estudo das áreas cerebrais relacionadas aos processos emocionais – constatou-se que falhas dos pais em fornecer um ambiente afetivo adequado aos filhos causam perturbações graves na estruturação do sistema nervoso, podendo ocasionar conseqüências desastrosas por toda a vida.

O bebê humano vem ao mundo num estado de total dependência, tanto física quanto emocional, de seus pais (pessoas que desempenham as funções materna e paterna, não necessariamente os pais biológicos). Com eles, estabelece uma relação afetiva que permite o desenvolvimento da personalidade, moldando a organização do sistema nervoso.
Para que uma semente germine, cresça e se torne uma bela árvore, é necessário que tenha sido plantada em solo fértil, e que receba a quantidade de água e de luz solar adequadas. Da mesma forma, o amor dos pais dá condições para que a criança se desenvolva. Os pais devem representar a base segura a que a criança recorre para continuar crescendo, o espelho em que vê refletidas e valorizadas as suas conquistas, o modelo de conduta em que se inspira para formar o caráter, o limite que a organiza, canalizando seus impulsos de forma positiva, e o reduto de amor incondicional que permite o surgimento de uma pessoa singular, mesmo se esta singularidade for em tudo diferente da maneira de ser dos pais. Pais que não atendem suficientemente as necessidades emocionais básicas da criança (segurança, reconhecimento, exemplo, limites, respeito à singularidade), principalmente nos primeiros quatro anos de vida, comprometem seriamente o desenvolvimento dos filhos. O afastamento dos pais neste período, por exemplo, está relacionado ao adoecimento físico (desde manifestações alérgicas, digestivas ou respiratórias simples até a morte), à interrupção no crescimento, e ao surgimento (nas separações menos duradouras) de quadros ansiosos e depressivos ao longo da vida. Mesmo situações aparentemente menos dramáticas de falhas no atendimento às necessidades emocionais podem gerar diversos problemas futuros: adultos incapazes de estabelecer relações mais profundas, com sensações crônicas de tédio e vazio ou comportamentos compulsivos (consumismo, problemas alimentares, etc.).
A relação da criança com seus pais é exclusiva, específica e insubstituível. A criança pequena tem uma capacidade extremamente reduzida de suportar a ausência física dos pais. Quando o afastamento supera esta capacidade, gera-se um trauma, que poderá marcar definitivamente a personalidade, nesta fase ainda em formação. Uma breve viagem dos pais no fim de semana, deixando a criança com os avós ou com a babá habitual, embora aparentemente inofensiva, pode ser suficiente para provocar tal problema. Todos estes fatos suscitam algumas questões concretas. Assim, numa sociedade em que há maior liberdade de escolha, não ter filhos deve ser uma opção válida para casais que não se dispõem às mudanças de vida que o cuidado de uma criança torna necessárias. Também fica evidente que os pais não deveriam se afastar de seus filhos pequenos por períodos longos (não mais que um dia). Recursos como babás ou creches devem ser utilizados como auxiliares, e não como substitutos.

A hora de dizer não!

Nem sempre é fácil lidar com os escndalos protagonizados pelas crianças, mas os especialistas garantem: pais que sabem dizer não e sustentam essa posição têm mais chances de ajudar os filhos a lidar com as frustrações e ter uma vida mais feliz.
Tudo começa com um chorinho quando o bebê não consegue satisfazer seus desejos – subir na mesa, pegar o controle remoto, não devolver o brinquedo do irmãzinho. Mas o primeiro mandamento para lidar com a birra infantil é não se desesperar. Gritar e perder o controle só reforça esse tipo de comportamento da criança, que entende a sua reação como parecida com a dela. Quando o pequeno percebe que conseguiu tirá-la do controle e chamou a sua atenção, desconfia que você acabará cedendo, especialmente se estiverem em público. E, aí, salve-se quem puder.
A teima faz parte do comportamento infantil, como uma tentativa de a criança demonstrar certa independência e expressar suas vontades. E aparece por volta de 1 ano e meio de idade.
Quando a criança tenta conseguir o que quer através de showzinhos, a dica é dar um pouco de atenção, sem estender a bronca por horas. Você pode dizer que esse “não” é o jeito de conseguir o que ela quer e por causa disso não vai ter mesmo. E não fique assistindo ao espetáculo, a menos que a criança esteja se debatendo e corra o risco de se machucar.

Nesses casos, aconselho a abraçá-la e ir conversando até ela se acalmar. Se o incidente ocorreu numa festa de aniversário, por exemplo, assim que cessar, volte para casa. Depois de um escndalo como esse, a criança não pode ser recompensada com diversão. Segundo Vera Iaconelli, psicanalista e coordenadora do Gerar – Instituto de Psicologia Perinantal, se o ataque for muito intenso e você estiver no shopping ou no parque, vale levá-la até o carro para se acalmar e, se for o caso, nem retornar. O problema é acabar com o programa dos irmãos ou da família toda. O ideal é tirá-la do local e mostrar que a birra não levará a nada, que você não mudará de ideia. “Quando os pais aprendem a lidar com o filho, as birras diminuem. Depois de uma ou duas vezes, ele aprende que a teimosia não adianta e para de insistir. Se isso não acontece, é porque a criança descobriu que fazer cena funciona e ela sempre ganha a parada”, diz Vera. A maneira de lidar com esses conflitos é decisiva. “Os pais precisam ser firmes, mesmo que o filho chore e fique com raiva deles. Se cedem a cada vez que ele fica desapontado, acabam criando uma pessoa que não suporta a frustração, tem dificuldades de relacionamento e fica malvista pelos amigos, que muitas vezes se afastam”, alerta Anne Lise.

O que me diz sobre umas palmadinhas

Os pais precisam ajudar os filhos a compreender duas coisas simples: 1. sim/não 2. público/privado Todas as crises decorrem de um mau entendimento desses dois conceitos. Ou pior, quando existem determinações que são desmentidas pelos pais em palavras ou atitudes - aí, nenhuma palmada resolve. Não considero a palmada uma 'violência', como dizem alguns. Penso que existam atitudes e palavras muito mais violentas do que uma palmada. Portanto, acho certo e IMPRESCINDÍVEL corrigir os filhos, ensinar o que é certo, o que é errado, e como se comportar nos lugares públicos, como se comportar nos lugares privados. Assim a criança começa a ter LIMITE, saber que as ações têm consequências. Boas ações, boas consequências e más ações precisam ser consertadas, reparadas e não repetidas... Se em dado momento a única forma de se compreender isso é a palmada, que venha. Mas jamais no rosto, em público, ou de modo humilhante em regiões sensíveis do corpo. Prá isso foi feita a bunda.


Agora concluindo que tipo de familia você quer ser essa: que é distante e sem harmonia:



 
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