Literatura brasileira
Machado de Assis, um dos maiores escritores do Brasil
As primeiras manifestações literárias no país são relatos descritivos sobre o território inseridos no contexto do descobrimento e início da colonização, das quais a mais célebre é a carta de Pêro Vaz de Caminha (1500), descrevendo o encontro entre portugueses e os indígenas. A produção literária no Brasil ganha impulso no período barroco, em que se destacam o poeta Gregório de Matos (1636-1696) e o jesuíta Padre Antônio Vieira (1608-1697). No século XVIII surge o Arcadismo, em que se destacam autores como Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) e Basílio da Gama (1740-1795).
Após a Independência, a literatura brasileira, de maneira geral, seguiu os movimentos europeus ao longo dos séculos XIX e ínicio do XX. A preocupação em produzir uma literatura nacional começa com escritores romnticos como José de Alencar (1829-1877) e Gonçalves Dias (1823-1864), que buscam temáticas brasileiras como o indigenismo e o regionalismo. O Romantismo é sucedido pelo Realismo e o Naturalismo, em que despontam autores como Aluísio Azevedo (1857-1913) e Machado de Assis (1839-1908), este último por muitos considerado o maior escritor do século XIX no Brasil. No Simbolismo destacou-se o poeta Cruz e Sousa (1861-1898) e no Parnasianismo Olavo Bilac (1865-1918).
No início do século XX desponta o Modernismo, destacando-se nesse contexto o Movimento antropofágico e seus promotores na literatura e artes em geral, como os escritores Mário de Andrade (1893-1945) e Oswald de Andrade (1890-1954). O movimento têm por princípio rejeitar os valores europeus e buscar aquilo que é genuinamente nacional, digerindo a cultura estrangeira e devolvendo-a sintetizada à nacional. Outros nomes importantes foram os poetas Manuel Bandeira e Menotti del Picchia. A partir disso surge uma segunda geração de escritores que valorizam o regionalismo e a literatura socialmente engajada, com representantes como Jorge Amado, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e muitos outros. Mais tarde surgem outros grandes escritores mais difíceis de classificar, de grande profundidade psicológica, como Clarice Lispector, Guimarães Rosa e João Cabral de Melo Neto, estes dois últimos com tendências regionalistas.