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ARTES: Arte por toda parte
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De: NATY-NATY  (Mensaje original) Enviado: 16/10/2009 20:41

Arte por toda parte

Começa hoje a 7ª Bienal do Mercosul, com exposições que se desdobram e obras propositalmente inacabadas

Será inaugurada hoje a 7ª Bienal do Mercosul. A abertura oficial, para convidados, está prevista para as 18h30min, no Armazém A7 do Cais do Porto de Porto Alegre, mas, desde as 9h, qualquer pessoa interessada tem a entrada franqueada no Margs, no Santander Cultural e em outros três armazéns na orla do Guaíba.

É uma Bienal complexa essa que será aberta hoje – com exposições que se desdobram umas das outras, com uma série de obras que exigem uma contemplação demorada, minuciosa, e com trabalhos que se apresentam de forma inusual. Muitos deles aparecem incompletos, alguns ainda em processo e outros na forma de registro de uma ação já ocorrida.

Além disso, essa Bienal, na comparação com as anteriores, é a que prevê o maior número de performances e afins. Serão dezenas de atividades, quase sempre temporárias, episódicas, combinando artes visuais com teatro, poesia, música erudita, música eletrônica, projeção de luzes no espaço público, projeção de imagens, desfile de roupas (não exatamente “de moda”) e até mesmo uma aula que aproxima ginástica e filosofia. Só hoje, por exemplo, devem se realizar nove performances. Há, entre elas, ações que podem ser consideradas “históricas”, como Poesia Viva, concebida em 1977 pelo artista pernambucano Paulo Bruscky. Nome de referência da arte postal e do conceitualismo no Brasil há pelo menos 40 anos, Bruscky promove nessa performance, ao meio-dia, nas imediações do Mercado Público, a formação de diferentes palavras a partir de camisetas, cada uma com uma letra, vestidas por diferentes pessoas. Também hoje, durante a tarde, o artista chileno Pablo Rivera oferece o seu Paisaje Fragmentado. Ele promete carregar baldes de areia, castelos de areia e até palmeiras para criar prainhas provisórias no Parque Marinha do Brasil, na Redenção e na Praça da Alfndega.

Essa também é a Bienal que mais desconsidera as fronteiras do chamado Mercosul. Segue a trilha aberta pela 6ª Bienal, que, em lugar de mostrar a arte feita no Mercosul, propunha um olhar para a arte desde o Mercosul. Nessa nova edição, ao lado de nomes latino-americanos, haverá autores dos Estados Unidos, França, Inglaterra, Suíça, Espanha, República Checa, Irã, Iraque, China. No total, são sete exposições, com mais de 300 artistas – e não exatamente “exposições”, ao menos não no sentido tradicional. A plataforma para criação e exibição de arte nessa Bienal inclui, por exemplo, transmissões por rádio (a partir das 22h de hoje, pela FM Cultura), intervenções em casarões abandonados (como a do paulista Henrique Oliveira na altura do número 400 da Rua dos Andradas) e a publicação de mapas.

Claro que haverá também mostras mais tradicionais. O Margs exibe em seus dois andares uma série de extraordinários – e meticulosos – desenhos, abrangendo desde nomes históricos, como o belga James Ensor (1860 – 1949) e o carioca Oswaldo Goeldi (1895 – 1961), até figuras de relevo da arte contempornea, como Cildo Meireles e Iran do Espírito Santo. (Vai a dica: o museu, na Praça da Alfndega, pode ser um bom começo para quem quer se aproximar da Bienal aos poucos, tentando, de fato, compreendê-la).

O que amarra tudo isso é o conceito de Grito e Escuta, definido pelos curadores. Essa metáfora diz respeito ao papel dos artistas em termos de ação e reflexão. A mostra enfatiza os processos de criação e parte da ideia de que artistas são agentes críticos, capazes de interferir de forma muito ativa na vida social.

Por fim, mencione-se os curadores, um capítulo à parte nessa 7ª Bienal. Pela primeira vez, a maioria deles é de artistas. à exceção da crítica argentina Victoria Noorthoorn, os outros nove curadores são todos eles artistas – o que talvez explique, em alguma medida, a desordenação inventiva e a sobreposição de leituras, imagens e sons que dão o leitmotiv dessa edição do evento.

A Bienal do Mercosul tem entrada franca. Confira endereços e horários no Guia hagah.

EDUARDO VERAS


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