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De: ZÉMANEL  (Mensaje original) Enviado: 26/10/2009 19:56
Gripe A

Tudo sobre a campanha de vacinação que hoje começa

O primeiro grupo considerado prioritário começa esta segunda-feira a ser vacinado contra o vírus H1N1, uma campanha envolta em polémica quanto à segurança da vacina. TODA A INFORMAçãO SOBRE A VACINA num manual a consultar

MANUAL DA VACINA:

A primeira fase de vacinação contra a gripe A (H1N1) começa esta segunda-feira com a disponibilização de 54 mil doses para administrar ao primeiro grupo considerado prioritário pelas autoridades de saúde.

O grupo A abrange grávidas do segundo e terceiro trimestre com patologias associacadas, profissionais de saúde considerados imprescindíveis e profissionais de outros sectores essenciais para o funcionamento da sociedade, estimando-se que sejam vacinadas 360 mil pessoas.

Os destinatários do grupo B (pessoas com doenças crónicas como diabetes, problemas cardiovasculares, asma, insuficência renal e profissionais de saúde em contacto directo com doentes, entre outros) serão cerca de um milhão e os restantes estão integrados no grupo C (crianças com idade inferior a 12 ou cinco anos dependendo da disponibilidade da vacina, obesos, estudantes de medicina e enfermagem, etc.).

Os grupos-alvo de vacinação correspondem a 30% da população, atingindo três milhões de pessoas.

No acto da vacinação, que será feita nos centros de saúde, é obrigatória a apresentação de uma declaração onde consta que a pessoa a vacinar pertence ao grupo alvo.

O objectivo desta campanha de vacinação é "proteger os cidadãos mais vulneráveis" devido "ao risco acrescido de desenvolverem complicações" e à "maior probabilidade de adquirirem infecção", segundo a Direcção-Geral da Saúde. Outro objectivo é "assegurar os serviços essenciais, vacinando os profissionais" de saúde e de outros sectores relevantes para a sociedade.



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De: Lúcia Dias Enviado: 26/10/2009 23:00

Vacina da gripe A divide médicos e enfermeiros

Dúvidas quanto à segurança e efeitos secundários deixam muitos profissionais renitentes à vacinação

2009-10-05

GINA PEREIRA

Os profissionais de saúde estão incluídos no primeiro grupo de risco prioritário para a vacinação contra o vírus da gripe A (H1N1), mas há muitos médicos e enfermeiros renitentes em ser vacinados. O Ministério da Saúde desvaloriza as dúvidas.

Numa ronda por vários sindicatos dos médicos e enfermeiros portugueses, o JN constatou que há opiniões diversas em relação à vacinação e que, a avaliar pelos depoimentos recolhidos, há muitos profissionais que não estão decididos a vacinar-se por terem dúvidas em relação à segurança e aos efeitos secundários da vacina.

Pilar Vicente, médica nos hospitais civis de Lisboa e dirigente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, garante que "a maior parte" dos médicos não quer ser vacinada e que até têm sido "desaconselhados por grande parte dos colegas que trabalham na área do medicamento". A "desconfiança" dos médicos assenta no facto de a vacina ter sido concebida "à pressa" e na convicção de que "não foram corridos todos os passos e realizados todos os testes que são habituais na experimentação e na confirmação da sua segurança".

A médica diz, inclusive, que já foram publicados em revistas médicas inglesas (cita o New England Journal of Medicine) artigos que dão conta de efeitos adversos relacionados com perturbações neurológicas e alterações do sistema nervoso periférico e central para justificar as "fortes desconfianças" da comunidade médica em relação à vacina.

A dirigente sindical compreende a decisão do Ministério da Saúde de incluir os médicos e enfermeiros no grupo prioritário de vacinação, mas entende que ninguém os pode obrigar a ser vacinados. Pilar Vicente acredita na responsabilidade individual de cada um deles e que, caso tenham sintomas da doença, "serão os primeiros a abster-se de ir para o serviço e a ficar em casa por precaução para não contaminarem ninguém".

O bastonário da Ordem dos Médicos também entende que "cada médico deve tomar a sua própria decisão" e que, tal como os doentes, "não podem ser tratados à força". E embora diga que "as recomendações da Direcção Geral da Saúde são para cumprir", "isso não significa que seja obrigatório os médicos vacinarem-se".

No Hospital de Aveiro, onde trabalha Sérgio Esperança, presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Centro, também há médicos que têm manifestado algum "receio" em relação à vacina por temerem reacções auto-imunes. Mas o dirigente acredita que estas questões estão salvaguardadas, visto que as vacinas foram autorizadas pela Organização Mundial de Saúde e pela Agência Europeia do Medicamento.

Guadalupe Simões, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, diz que a questão também preocupa os enfermeiros, que estão divididos em relação à vacinação. "Há algumas reservas", diz, citando "estudos que suscitam dúvidas" em relação a efeitos contraditórios da vacina e recusando que os enfermeiros sejam obrigados a vacinar-se.

Contactada pelo JN, fonte do Ministério da Saúde desvalorizou as dúvidas dos médicos e enfermeiros e mostrou-se confiante de que não haverá um "não massivo" à vacinação. "Os profissionais de saúde são extremamente conscientes e, no momento certo, saberão tomar a sua decisão", disse.

 

Eu não vou levar a vacina...



 
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