Introdução
O grande problema ecológico dos nossos dias reside no facto de que o ritmo de exploração, degradação e destruição dos recursos naturais ter-se tornado, em muitos domínios, mais acelerado do que a própria capacidade da Natureza para os repor. Não garantindo assim que as gerações futuras, possam usufruir dos bens necessários á sua sobrevivência.
Neste trabalho abordarei a evolução das energias alternativas portugueses e mundiais, não no contexto histórico, mas no contexto político e ambiental actual, onde demonstrarei as várias formas de possíveis energias alternativas, face aos novos paradigmas da sustentabilidade. A escolha do tema deve-se a motivos da actualidade, tais como, a escassez de Petróleo e os elevados níveis de poluição ambiental.
Depois de uma longa pesquisa sobre o tema em causa, onde privilegiei a Internet, surge então uma questão que tem como objectivo ser orientadora e mostrar de que forma as energias alternativas tem vindo a evoluir e podem ser úteis ás sociedades mundiais, “Como evoluíram as Energias Alternativas, nos últimos 20 anos?”.
Os elevados níveis de poluição
Muitos países aparentam em pleno século XXI ainda não saberem o k é o Protocolo de Quioto e Portugal não é excepção, pois bem o protocolo de Quioto foi assinado em 1997 entrando em vigor em Fevereiro do ano de 2005, sendo ratificado por 155 países. No final do ano de 2004 a associação Quercus alertou para o facto de Portugal não estar a conseguir sequer estabilizar para depois diminuir as suas emissões de gases de efeito de estufa. Recentemente o acordo estabelecido entre os EUA – Ásia sobre as alterações climáticas poderá trazer danos ao protocolo de Quioto e deixou a presidência inglesa embaraçada pois no conseguiu inserir Washington dentro dum acordo climático na recente G8. Os EUA criaram uma parceria para o Desenvolvimento Ásia Pacifico, juntando a China, a Índia, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália. Estes países juntamente com os EUA representam mais de 50% das emissões mundiais de gases de efeito de estufa e esta parceria não inclui metas para a diminuição de reduções. Mais uma tentativa de retirar importncia ao protocolo de Quioto e uma mensagem destinada ao Mundo de forma a mostrar o grande poder destas potencias e alertar para as tecnologias sem se preocuparem com metas.
Algumas das conclusões finais da Conferencia em Joanesburgo, alertam para as energias renováveis e para se ter especial atenção ao protocolo de Quioto, protocolo este que é base no ponto relativo ao aquecimento global. A UE pressionou durante esta conferência para que em 2015 dez por cento do total da energia consumida, tivesse origem em energias renováveis, mas rapidamente voltou atrás perante a oposição dos EUA e dos países da OPEP, a quem não interessa esta medida. Tornar as questões ambientais um direito do homem foi, para os responsáveis mundiais reunidos em Joanesburgo, a única forma de reforçar as leis existentes. O director executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Klaus Toepfer afirmou que a degradação ambiental afecta maioritariamente a população mais pobre, que necessita, por isso, de ser protegida. E é também por esta razão que este responsável afirmou que «a integração dos direitos ambientais na lista dos direitos humanos deve ser o caminho a seguir». Um documento elaborado por magistrados reconhece também que a aplicação dos tratados ambientais internacionais necessita de fiscalização e de normas de aplicação, uma proposta que não fica muito distante da ideia do Parlamento Europeu de uma Organização Mundial do Ambiente e um Tribunal Internacional de crimes ambientais
É bem verdade que o Protocolo de Quioto e seu poder de geração de obrigações aos países que ainda não atingiram a plenitude da necessidade mundial de contenção da poluição e redução dos efeitos climáticos por ela provocados, mas não há como negar que são factores de suma importncia para a mudança dos paradigmas ambientais no planeta, hoje voltados ao desenvolvimento sustentável.
Espera-se que, num futuro próximo, as determinações do Protocolo de Quioto possam obrigar os países responsáveis pelos altos níveis de emissão de poluentes, como os EUA, a Rússia e o Canadá, cujos interesses internos ainda são factores de resistência aos acordos internacionais acerca da necessidade da estabilidade climática no mundo.
O Reino Unido e a Suécia são os únicos países europeus signatários do Protocolo de Quioto capazes de cumprir os seus objectivos de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), ao ritmo actual do seu desenvolvimento económico, revela hoje um estudo do IPPR, instituto britnico de investigação em políticas públicas. Seguindo uma classificação com base numa escala de cores, o IPPR atribuiu o verde ao Reino Unido e Suécia; laranja à França, Grécia e Alemanha e vermelho aos restantes dez países, entre eles a Itália e Espanha. Segundo Tony Grayling director associado do IPPR “Aproximamo-nos do ponto do não-retorno para as alterações climáticas, restando-nos pouco tempo para começar a reduzir, mundialmente, as emissões de gases com efeito de estufa”.
É pois vital que os países da UE cumpram as suas promessas de redução da poluição e devem agir agora para cumprir Quioto através, por exemplo, da poupança de energia e do investimento nas energias renováveis.
Soluções? Energias Alternativas!
Podem perguntar-se porque é que este tema (energias renováveis) é tão importante para nós. Somos neste momento 6 Biliões de pessoas, 4.8 milhões das quais a viver em países subdesenvolvidos. 2 Biliões de pessoas não têm um acesso adequado a fontes de energia. Uma percentagem totalmente desproporcionada do seu tempo é gasto à procura de combustíveis, de maneira a poderem cozinhar e iluminarem-se. Isto acarreta, devido ao uso de combustíveis perigosos, ineficientes e caros, graves consequências ambientais e de saúde. Estima-se que morrem 4 a 5 milhões de crianças por ano apenas devido a ambientes perigosos no interior das suas casas.
Nos próximos 25 anos seremos mais 2 biliões de pessoas, 97% dos quais em países subdesenvolvidos. Isto significará uma pressão enorme nos recursos que temos disponíveis: água, comunicações, energia. O problema da energia assume contornos ainda mais prementes quando pensamos nas consequências que o seu mau uso acarreta: problemas de saúde, problemas ambientais. Por isso penso que este tema tem uma importncia extraordinária e que a adopção de energias renováveis tem que necessariamente ser acelerada. Nos países em vias de desenvolvimento, a criação fontes de energia sofre um aumento anual de 75000 MWatts, em que apenas 1000 MW provêm de energias renováveis. E isto num contexto em que as próprias multinacionais da área de energia admitem que daqui a 25, 50 anos, 50% da energia terá que vir forçosamente de energias renováveis.
Em Portugal
Portugal parece empenhado no que diz respeito a energias alternativas, no início do ano de 2005 Portugal instalou o primeiro Pelamis e estima-se que ate ao final do ano de 2006 tenha já instalados três Pelamis. O Pelamis é um sistema que consiste na conversão da energia das ondas, sendo uma das mais avançadas tecnologias de aproveitamento desta energia. Tendo uma capacidade de gerar 2,25 MW de electricidade para a rede, o que corresponde a gastos de 1500 habitações em Portugal, o que equivale a emitir menos de 6 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO2). Curiosamente, a tecnologia das ondas não é das mais referidas quando se fala em energias renováveis, mas Portugal é um dos países do mundo com maior potencial para o aproveitamento deste recurso.
A nível Mundial
UE cada vez mais longe dos objectivos nas renováveis
A União Europeia (UE) não vai conseguir atingir as metas estabelecidas para a produção de energia a partir de fontes renováveis, se se mantiverem os actuais níveis de financiamento. O alerta é feito pela Agência Europeia de Ambiente (AEA) num estudo comparativo entre os níveis de subsídios às energias convencionais e às limpas. A AEA considera que os «níveis de financiamento às energias renováveis têm sido relativamente baixos, comparativamente ao petróleo e gás natural». Uma situação pouco sustentável quando a Europa pretende reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, para travar o aquecimento global do planeta. Para isso, os governos dos 15 acordaram produzir 12% da energia a partir de fontes renováveis até 2010; para a electricidade, o montante aumenta para 22%. Uma década depois, em 2020, os objectivos são mais ambiciosos: espera-se que 20% da energia seja verde.
Preços do petróleo reforçam investimentos na energia renovável
O aumento considerável do preço de crude nos últimos meses vem reforçar o argumento dos defensores da energia renovável. Tanto mais que existem estudos que apontam para uma possível nova crise do petróleo dentro de poucos anos. Muitos cientistas prognosticam um esgotamento das reservas mundiais a partir de 2016, o que levará a um aumento drástico dos preços do ouro negro, com consequências catastróficas para a economia mundial. Actualmente, são consumidos 80 mil milhões de barris de petróleo por dia, com tendência crescente.
A Europa
Um dos motivos pelos quais a Alemanha se empenha a fundo pelas energias renováveis prende-se com a necessidade de cortar as emissões de gases tóxicos que ameaçam o clima mundial. No mbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia, ainda dos 15, comprometeu-se a reduzir, entre 1990 e 2008, em 8% (337 milhões de toneladas) as emissões de gases com efeito de estufa. A Alemanha assumiu dois terços desta redução (225 milhões de toneladas). Portugal, a Espanha, a Grécia, a Irlanda e a Suécia, obtiveram o direito de aumentar as suas emissões dentro de certos limites. O resultado intermediário é de mau augúrio para o cumprimento da meta auto-imposta: até 2001, as emissões na Europa tinham sido reduzidas em 2,3%, valor que se ficou a dever quase exclusivamente a desenvolvimentos na Grã-Bretanha e na Alemanha. E mesmo neste país, o factor, não exclusivo, mas primordial, para as reduções, foi o colapso completo da indústria obsoleta e altamente poluente na Alemanha do Leste. Na Áustria e na Itália verificou-se um aumento das emissões, em vez do recuo planeado. A Espanha, Portugal e a Irlanda, há muito que ultrapassaram os limites autorizados.
Alemanha reconhecida como uma boa aluna
A Alemanha é internacionalmente reconhecida como um aluno exemplar em matéria de fomento de energias renováveis. Não é por acaso que este foi o primeiro país onde representantes de um partido ecológico foram eleitos para o Parlamento Nacional, há mais de vinte anos, quando a ideia de um grupo político seriamente preocupado com a defesa do ambiente fazia sorrir meia Europa. No que toca as renováveis, o vento assume lugar de destaque: a Alemanha produz um terço da energia eólica do mundo. O país é igualmente o segundo maior produtor de energia solar, a seguir do Japão. Porém, levantam-se críticas sérias à política de fomento do Estado para energias renováveis, seja eólica, solar, geotérmica ou de bio-massas. Segundo os analistas, as indústrias à partida dependentes de subsídios, não podem sobreviver. O Ministério do Ambiente, sob a tutela do Verde, Jürgen Trittin, reage apontando os 120 000 novos postos de trabalho criados nos últimos anos neste sector, e promete mais 400 000 até 2020. A indústria de energias alternativas factura, anualmente, dez mil milhões de euros, valor que deverá quadruplicar dentro de 15 anos. O Governo pretende que as regeneráveis representem 20% do total do consumo nacional de energia até 2020. Berlim realça ainda a importncia crescente da exportação das novas tecnologias deste ramo, factor que não terá sido completamente alheio à decisão de Berlim de organizar a gigantesca conferência "Renewables 2004".
Hidrogénio – Vector Energético do Futuro?
O Hidrogénio é hoje utilizado fundamentalmente nas indústrias petroquímica, electrónica, alimentar e metalúrgica. No entanto, com o fim dos combustíveis fósseis à vista, o aumento populacional e crescimento económico mundiais é cada vez maior o interesse na sua utilização como vector energético, num cenário de energia limpa e sustentável. Neste contexto, o Hidrogénio será relevante em todos os sectores energéticos, desde a indústria, aos transportes os end-uses portáteis ou o sector dos edifícios.
As vantagens e desvantagens do hidrogénio relativamente aos outros vectores energéticos alternativos (aos combustíveis fósseis); a sua viabilidade como vector energético dominante no futuro; o state of the art nacional e internacional das tecnologias associadas ao hidrogénio e a implementação, ou não, e a que escala temporal, de uma economia do hidrogénio, abordando algumas estratégias políticas já delineadas por governos ou agências internacionais.
A era do Hidrogénio (H2)
A procura de energias alternativas tem sido um dos maiores desafios da indústria automóvel. Desde sempre, o esforço da Honda nesta área tem sido uma prioridade estratégica; Honda EV (eléctrico), Honda Insight (hibrído), Honda Dream (solar), Honda Civic GX (gás natural) além dos motores a gasolina de baixas emissões, como por exemplo o Accord ULEV – Ultra Low Emissions Vehicle.
O presidente da Honda Hiroyuki Yoshino declarou, "Em 1972, a Honda foi o primeiro fabricante de automóveis a passar a inspecção da EPA que regula as normas das emissões nos E.U.A. estabelecidas na Lei de Muskie (a mais exigente do mundo naquela altura), o que abriu as portas a uma nova era de emissões reduzidas. E agora, com a aprovação do nosso veículo a célula de combustível, abrimos mais uma porta — a da "era do hidrogénio."
Devido ao estado das infraestruturas de fornecimento de hidrogénio, as regiões de comercialização deste novo modelo serão inicialmente limitadas à área metropolitana de Tóquio no Japão e ao Estado da Califórnia nos E.U.A. Os veículos estarão à disposição dos clientes em forma de leasing, com taxas e condições a determinar mais tarde.