Honda anuncia 3 protótipos de scooters amigas do ambiente
Honda Electric Moped Prototype
Um protótipo de moped eléctrico amigo do ambiente, concebido para utilização citadina e nas deslocações casa-trabalho-casa. Dando mais um passo na produção de uma moto eléctrica para o público em geral, este protótipo pode, eventualmente, dar origem a um veículo de produção em massa.
O Moped-EV é compacto e leve. A sua bateria de níquel-hidrogénio, localizada no interior do quadro de alumínio, é extremamente leve, dissipa o calor de forma eficiente e com 360 watt/hora, oferece uma duração excepcionalmente longa. Suficientemente potente para subir uma estrada com doze graus de inclinação, este moped eléctrico oferece performances comparáveis às das motos da mesma classe com motor de combustão interna.
Ao contrário da maioria das outras motos que possuem o acelerador no punho, o Moped-EV apresenta uma alavanca de aceleração com duas fases, localizada debaixo do punho direito. Accionada de forma fácil pelo polegar, a alavanca de aceleração ajuda a tornar fácil a condução, mesmo para os condutores menos experientes.
Há bastante tempo que a Honda realiza investigação para desenvolver a próxima geração de fontes de energia que reduzam as emissões nocivas e ajudem a abrandar o aquecimento global. Em 1994, a Honda desenvolveu a CUV ES, uma scooter eléctrica utilizada por instituições governamentais. Seguindo o trilho daquele veículo revolucionário, o Moped-EV foi concebido para oferecer um meio de transporte silencioso e limpo para as deslocações casa-trabalho-casa e de lazer.
Honda Fuel Cell Scooter FCStack (anexo fig. 3)
Edificando sobre o sucesso obtido com a tecnologia automóvel de célula de combustível, a Honda desenvolveu uma scooter motorizada pelo sistema célula de combustível, leve e compacto, a pilha FC Honda. Com capacidade para arrancar em temperaturas negativas, a nova geração da pilha FC Honda de elevada eficiência está ainda mais leve e pequena, redesenhada para utilização em scooters. A Honda aplicou a sua experiência obtida no desenvolvimento de células de combustível para automóveis e miniaturizou o sistema ainda mais, de modo a poder instalá-lo em scooters.
Este novo veículo é baseado numa scooter de 125 cm³ popular em todo o mundo para as deslocações casa-trabalho-casa. O espaço foi mantido colocando o sistema de tracção eléctrico no braço oscilante da roda traseira e colocando a pilha de célula de combustível FC Honda no centro do veículo, com os sistemas auxiliares dispostos de forma compacta à sua volta. A scooter resultante tem tamanho comparável ao de uma scooter com motor de combustão interna da mesma classe.
Honda Hybrid Scooter Prototype
Um protótipo de uma Scooter Híbrida com 50 cm³ que oferece emissões reduzidas, economia excepcional de combustível e espaço amplo de armazenagem. Utilizando um motor de combustão interna e um motor eléctrico, este novo protótipo coloca a Honda um passo mais próximo da produção em massa de uma scooter híbrida.
O novo protótipo da Honda apresenta um alternador (ACG) com função de paragem automática ao ralenti e o sistema de injecção electrónica multi-ponto PGM-FI. Para além de um conversor por correia controlado electronicamente e de um conjunto de tecnologias ambientais Honda, a nova scooter apresenta um duplo grupo híbrido de potência série/paralelo, com motor eléctrico de transmissão directa à roda traseira. Graças a um sistema de potência compacto e a uma bateria recarregável, níquel-hidrogénio, localizada sob a carenagem dianteira, a scooter híbrida tem o mesmo tamanho que a Dio Z4, uma scooter de 50 cm³ de tamanho standard, sendo só 10 kg mais pesada.
Três protótipos com características muito semelhantes de design inovador, futuristico e atraente com um objectivo comum, emitir reduzidas emissões de poluição.
Motor que converte álcool em hidrogénio em estudo
A Universidade de Campinas (Unicamp), no Estado de São Paulo, está a desenvolver um novo motor que converte etanol (álcool comum) em hidrogénio. O novo aparelho pode ser utilizado não só em carros mas também como fonte de energia eléctrica.
O novo motor é cerca de cinco vezes mais económico do que os actuais motores de combustão e, além disso, tem pouca ou nenhuma emissão de poluentes A principal inovação do motor, que está a ser desenvolvido por uma equipa do Laboratório de Hidrogénio da Unicamp, é um aparelho reformador (conversor) de etanol que permite a produção de hidrogénio a partir do álcool.
Isso torna este motor mais vantajoso do que os utilizados em actuais protótipos de carro a hidrogénio, em que, para o veículo ter uma boa autonomia, é necessária a colocação de vários cilindros de gás.
Primeira mota movida a Hidrogénio
A primeira mota movida a hidrogénio foi apresentada no Centro de design Pacific Design Centre em los Angeles. A ENV, nome final do projecto, foi desenvolvida no Reino Unido pela Inteligent Energy, em parceria com a Seymourpowel, responsável pelo design do projecto e deverá chegar aos circuitos comerciais em já este ano de 2006.
Com um aspecto altamente futurista, orientado para uma utilização mista em offroad e ambientes urbanos, este motociclo prima por um conjunto de inovações tecnológicas ao nível da construção. Leve e versátil, a ENV apresenta prestações muito superiores a qualquer motociclo eléctrico, atingindo performances bastante similares à de uma vulgar “acelera” de 50cc. Uma velocidade máxima de 80 km/h é o valor anunciado pelo fabricante, o que faz da ENV um veículo bastante funcional para a circulação citadina. A intelligent Energy, referiu à imprensa que no futuro apresentará uma versão com capacidade para atingir 160 km/h.
Primeira mota a hidrogénio
Portugal e os transportes públicos movidos a Hidrogénio
A frota dos Serviços de Transportes Colectivos do Porto (STCP) tem três novos autocarros movidos a hidrogénio. Os veículos fazem parte do Projecto CUTE. Uma experiência piloto levada a cabo em 8 cidades europeias que pretende melhorar a qualidade do ar e estimular a produção de energias alternativas. O projecto envolve uma verba de 52 milhões de euros, financiada em 35% pela Comissão Europeia.
Os H2 Bus fazem parte de um projecto europeu que pretende testar um transporte urbano livre de emissões poluentes. Os objectivos são desenvolver energias alternativas que libertem a Europa da dependência dos combustíveis fósseis e contribuir para a diminuição de emissões poluentes estipulada no Protocolo de Quioto. O Hidrogénio é a aposta do Projecto CUTE. Além de ser o elemento mais abundante no Universo, existindo em 90% de toda a matéria, é mais energético que o petróleo e tem um processo de combustão completamente limpo. A alta capacidade explosiva do Hidrogénio é o principal receio, por isso, a construção dos autocarros obedeceu a critérios especiais. Os depósitos de hidrogénio gasoso e as pilhas que produzem energia para o motor eléctrico estão localizados no tejadilho do autocarro por questões de segurança. Mas de acordo com a empresa construtora dos veículos – afirma que “todos os autocarros a pilha de combustível foram testados e autorizados pelas autoridades nacionais e internacionais”. Não havendo assim nenhum problema de segurança adicional nestes autocarros a pilha de combustível porque, e é preciso que se saiba disto, o hidrogénio é um elemento muito leve, por isso, se acontecer alguma coisa, ele evapora-se e mais nada".
Autocarros movidos a Hidrogénio da STCP
Hidrogénio pode não ser solução
Segundo um estudo recente do Instituto Americano CTI (California Technology Institut), o hidrogénio pode afinal trazer tantos ou mais problemas do que os que enfrentamos com os combustíveis fósseis. A diferença está no facto de nos podermos prevenir e actuar no sentido de evitar o que se passou com os combustíveis fósseis e com outros químicos, que entre outros problemas levaram ao buraco do ozono, ao aquecimento global, ao efeito estufa, às chuvas ácidas e outros fenómenos atmosféricos de carácter destrutivo.
O problema está na perda do hidrogénio que os motores dos carros a hidrogénio terão e na consequência a nível atmosférico dessa libertação. Tal como nos carros actuais, existem fugas a nível dos gases que entram na combustão e essa fuga tem sido minimizada nos escapes através de filtros e de reforços a nível dos depósitos, mas nos carros a hidrogénio é apontado um valor na ordem dos 10 a 20% para essas perdas. Esta percentagem poderia originar a libertação de 60 a 120 triliões de gramas de Hidrogénio por ano, se considerarmos um cenário em que o hidrogénio substituiria os combustíveis fósseis por completo.
Isto não põe de modo algum a opção do hidrogénio fora do cenário mundial em termos energéticos. A questão é que as consequências das nossas acções, ao contrário do que aconteceu anteriormente, por exemplo com o motor de combustão, estão já a ser medidas e previstas mesmo antes de as provocarmos e essa é uma grande diferença.
Conclusão
Em opinião pessoal, as energias renováveis não poderão nunca substituir o consumo de combustíveis fósseis e ainda suportar o aumento geral do consumo de energia. O que precisamos é, além de fontes de energia limpas, de uma nova política energética. Os países desenvolvidos têm obrigatoriamente de reduzir o seu consumo desenfreado de energia (o que não implica uma redução do conforto, antes pelo contrário) para permitir aos outros a aumentar o seu consumo energético. No entanto, a "revolução industrial" dos países subdesenvolvidos não poderá ser nunca como foi a dos países desenvolvidos, já que não existem condições para isso. É necessário que aprendamos com os erros do passado. Não temos simplesmente tempo para os repetir.