Os recursos energéticos
A energia está cada vez mais presente nas nossas vidas. Muitas vezes só nos apercebemos disso quando ela falta. Os recursos energéticos podem ser renováveis e não renováveis (fig.1).
Fig. 1 – Os recursos energéticos que se podem utilizarem para a produção de energia.
Recursos energéticos não renováveis
O aumento da população, a aquisição de novos hábitos de consumo e os progressos tecnológicos levaram a uma grande exploração dos recursos da Terra.
Um olhar pelo Mundo
Grande parte da energia produzida no Mundo provém dos recursos não renováveis: carvão, petróleo e gás natural. Em 1960 alguns países fundaram a OPED (Organização dos Países Exportadores de Petróleo); esta surge para que os países exportadores não entrem em concorrência, evitando assim a baixa dos preços.
Fig.2 – Localização das principais fontes de energia do Mundo e dos países da OPED.
O consumo mundial dos recursos energéticos não renováveis tem vindo a aumentar a um ritmo assustador. A procura de energia quase duplicou nos últimos 30 anos, prevendo-se que venha a aumentar mais 60% até 2020. Os países consomem energia na indústria, nos transportes e nas actividades domésticas. è nos países desenvolvidos que se consome mais energia.
Fig.3 – Distribuição mundial do consumo energético a partir do petróleo, carvão e gás natural.
Imagina que a Terra é um frasco que concentra energia que o homem consome a um ritmo acelerado.
Energia nuclear
O urnio é um recurso usado para produzir energia nuclear, a qual adquiriu grande importncia a partir de meados do século XX nos países desenvolvidos por ser muito rentável, com um potencial energético incalculável. Porém, também é muito perigosa e poluente.
A radioactividade que resulta da sua produção é prejudicial aos seres vivos.
Fig.4 – Número de centrais nucleares no Mundo
A energia nuclear pode-se tornar muito perigosa no caso de ocorrerem fugas de radioactividade, originando acidentes nucleares, com a contaminação de extensas áreas por dezenas ou centenas de anos.
Em 1986 em Chernobyl, na Ucrnia, deu-se o maior acidente ocorrido numa central nuclear, quando um dos reactores explodiu. Ainda hoje se sentem os seus efeitos (fig. 5).
Fig. 5 – Expansão da radiação após o acidente de Chernobyl
O acidente de Chernobyle lançou grandes quantidades de detritos radioactivos para a atmosfera, colocando em perigo a vida dos habitantes das áreas afectadas.
Fig.6 – Reactores nucleares na Europa ocidental.
Um olhar pela Europa
A energia nuclear na Europa apresenta-se como uma solução face ao grande consumo de energia, à dependência do petróleo e à instabilidade política do médio oriente.
No entanto, muitos europeus manifestaram-se, desde há muito, contra a sua utilização, tanto em termos civis como militares.
Um olhar por Portugal
Portugal é o país da EU que consome mais energia em relação à que produz estando assim muito dependente do exterior (fig.7).
Fig.7 – Energia em Portugal
Os nossos recursos energéticos não renováveis são escassos e o consumo per capita tem aumentado significativamente (fig.8).
Fig.8 – consumo de energia primária em Portugal per papita
A energia nuclear não é produzida apesar de termos urnio, devido ao elevado preço de construção das centrais e aos receios de acidentes ambientais
O gás natural tem vindo a ser introduzido nos nossos hábitos diários e vem da Argélia (fig.9).
Fig.9 – Proveniência dos abastecimentos de gás natural à Península Ibérica.