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AMBIENTE-2: Sustentabilidade Socioambiental:
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De: NATY-NATY  (Mensaje original) Enviado: 05/11/2009 19:41
Sustentabilidade Socioambiental: A criação de valor intangível pelo exercício da filantropia empresarial na visão de Porter


Eloy Fenker (*)

No século XXI se tem dado ênfase à natureza especial das considerações socioeconômicas, dado que as questões ambientais decorrem de um novo paradigma, ainda não totalmente compreendido e incorporado à Economia de forma generalizada. Alem da contribuição da pesquisa em si, espera-se que o referencial teórico contribua para o entendimento das relações sistêmicas. 

Atualmente o valor econômico está bastante fundamentado em fatores intangíveis, e, portanto, gera custos e benefícios intangíveis, por isso o entendimento de fontes de criação e destruição de valor intangível é importante.
A sustentabilidade também está fundamentada em considerações socioambientais e por isso sua compreensão passa pela compreensão dos fatores práticas de sustentabilidade. Esta seção é fortemente fundamentada nas considerações de Porter (2009).

Porter sugere que as empresas criam valores intangíveis de duas formas: a) pelas escolhas estratégicas e b) no desenvolvimento das atividades.
Segundo Porter (2009), os executivos se vêm pressionados por críticos que exigem níveis de responsabilidade social e os investidores que exigem maximização de lucros no curto prazo. De fato, maximizar o lucro dos acionistas implicaria em minimizar os benefícios dos demais stakeholders, o que não é mais aceito.  Na atual era de competição baseada no conhecimento e informação, objetivos sociais e econômicos não são conflitantes, mas totalmente integrados e convergentes. Vive-se um momento em que o valor intangível, representado pelo conhecimento e informação é talvez mais importante do que o capital. O valor intangível da empresa está muito associado às suas habilidades e competências para lidar com fatores intangíveis, que são criados e destruídos principalmente a partir da imagem e relacionamento que ela consegue criar e manter. Os clientes e demais stakeholders socioambientais, por sua vez, estão cada vez mais informados, conscientes e exigentes e reagem contra posturas de maximização do lucro de curto prazo. Eles exigem que as empresas cumpram sua função social, motivo de receberem autorização de funcionamento, e que também preservem o meio ambiente para a atual e futuras gerações. Neste contexto, as empresas têm cada vez mais de prestar contas à sociedade, alem dos acionistas.

Para sobreviver, a empresa precisa estar adaptada ao meio e com ele se relacionar de forma equilibrada. Então, o resultado, valor ou benefício deve ser mensurado sistemicamente, envolvendo econômico, social e ambiental, de forma integrada e não somente o retorno econômico para a empresa.

Porter (2009) escreve que se torna importante para a empresa preservar e auxiliar no desenvolvimento sob o aspecto econômico, social e ambiental, complementando ou em alguns casos substituindo a ação do Estado.
A função social da empresa vai além do simples pagamento de salários e impostos propostos por Friedman, pois ela tem uma necessidade estratégica de criar valor para si e sociedade. Ao criar valor para a sociedade, a empresa esta criando seu próprio mercado e ao reduzir consumos e desperdícios decorrentes de poluição está ganhando em eficiência e, portanto, aumentando seus lucros e ao mesmo tempo preservando o meio ambiente.

Para Porter (2009), hoje as empresas precisam adotar posturas estratégicas socioambientais, ingressando na área de filantropia social, criando valor para seu negócio. A filantropia socioambiental deve estar alinhada aos objetivos econômicos e estratégias de longo prazo. As estratégias filantrópicas devem ser feitas para melhorar o contexto competitivo (qualidade do ambiente de negócios nas localidades em que opera), visando à criação de valor sustentável e de longo prazo.

Esta visão de Porter parece muito restrita, baseada mais em considerações econômicas, partindo de um pressuposto de que somente os participantes do contexto competitivo exercem pressão socioambiental sobre as empresas. Esta premissa não parece correta. Seria mais razoável propor que a filantropia fosse feita dentro da cadeia de valor econômico, social e ambiental, ou simplesmente na cadeia econômico-socioambiental, no conceito de Triple Bottom Line, que mede o retorno sistêmico e não somente econômico. De fato, a globalização, a difusão do conhecimento e informação e os conceitos associados ao socioambiental levam a supor que cada indivíduo, inclusive das próximas gerações, é um stakeholder socioambiental e, portanto, tem direito de cobrar das empresas. O direito passa a ser global e difuso, ou seja, qualquer pessoa ou organização, de qualquer parte, tem o direito de pressionar, cobrar e até acionar juridicamente qualquer empresa. O Direito internacional e o brasileiro especificamente adotam o conceito de Direitos de Terceira Geração decorrentes dos conceitos de direitos fundamentais e de fraternidade associados ao direito à vida digna (direito a um meio-ambiente equilibrado, juntamente com desenvolvimento e praz). O Ambiente em si passa a ser um titular de direito, e sua representação é difusa e pertence a todos. Por exemplo, um cidadão europeu pode estar interessado na preservação da biodiversidade na Amazônia e com isto interferir nas estratégias das empresas lá atuantes, mesmo sem pertencer à cadeia de valor econômico, ou ao contexto competitivo. Uma cadeia de valor forte cria oportunidades e vantagem competitiva sustentável sistêmica, dado que hoje a competição não é só entre empresas, mas principalmente entre cadeias de valor. E entre os componentes da cadeia de valor socioambiental se situam os stakeholders ambientais, que não pertencem diretamente ao contexto competitivo, que tem natureza puramente econômica.

Porter sugere que a adoção da nova abordagem visando melhorar o potencial competitivo de longo prazo, maximizando o valor social e econômico criado pela filantropia. Ele propõe a representação da criação de valor econômico e filantrópico.

O cerne da sustentabilidade consiste no atendimento otimizado de todos stakeholders econômicos e socioambientais de forma a manter o equilíbrio sistêmico de longo prazo. Considera-se que o benefício econômico e socioambiental conjunto se constitui das demandas atendidas logo, as demandas não atendidas correspondem, em parte ou no todo, à diferença entre a demanda total e a atendida.

Por isso, torna-se conveniente para as empresas incorporarem em suas estratégias as considerações socioambientais para com isto obter resultados sustentáveis e ao mesmo tempo cumprir sua função social e de preservação do meio ambiente equilibrado.

Referência:
PORTER, M.; KRAMER, M. A Vantagem Competitiva da filantropia empresarial. In: PORTER, M. Competição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

* Eloy Fenker é contador, auditor. Pós-graduado em Auditoria (UFRGS/BACEN); Pós-graduado em Finanças (UFRGS); ex-professor Universitário (UFRGS); Mestre em Contabilidade – Gestão de Custos Ambientais (Unisinos-RS); Membro da Environmental Management Accountants Network Europe – EMAN-EU .Membro da Associação Brasileira de Custos – ABC.  e-mail: epoa@hotmail.com




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