Arte nasrida
A arte nasrida é um estilo surgido na época tardia do Al-Andalus no reino nasrida de Granada. Os dois paradigmas do mesmo constituem-no os palácios da Alhambra e o Generalife.
A arquitetura militar desenvolve os mesmos sistemas gerados na época anterior, dotando-a de uma maior complexidade. A arquitetura palaciana emprega dois tipos de organização de pátios: um o pátio monoaxial, pátio dos Arrayanes ou da Alberca, e outro, o pátio cruzado, pátio dos Leões. As estncia vinculadas a eles respondem, novamente, a duas tipologias: uma alongada em cujos extremos estão as alcobas, e outra quadrada rodeada pelas Salas, por exemplo, a Sala de la Barca e a Sala de las Dos Hermanas. Os escassos vestígios de arquitetura religiosa permitem pensar em mesquitas que seguem o modelo almóada, com naves perpendiculares ao muro da qibla. Talvez a única novidade destacável provenha do fato da utilização de colunas de mármore quando o edifício é de certa relevncia.
Quanto ao repertório ornamental utilizam uma profusão decorativa que mascara a pobreza dos materiais, empregam desde rodapés alicatados e gessarias de estuque, a decoração pintada como a que se conserva na abóbada da Sala dos Reis. É característica a coluna de fuste cilíndrico e o capitel de dois corpos, um cilíndrico decorado com faixas e outro cúbico com ataurique. Os arcos preferidos são os de meio ponto peraltado e angrelados. Os cobrimentos de madeira alternam com abóbadas mocárabes realizadas com estuque como os da Sala das Dos Hermanas ("Duas Irmãs") ou a dos Abencerragens. Assim mesmo, aos motivos ornamentais habituais (geométricos, vegetais e epigráficos), une-se o escudo nasrida que será generalizado por Mohamed V.
Nas artes suntuárias destacam-se as cermicas de reflexos metálicos e os tecidos de seda aos que podem ser acrescidos os bronzes, as taracenas e as armas. A cermica de luxo, conhecida como de "reflexo metálico" ou "lousa dourada" caracteriza-se por submeter, a última cocção, com fogo muito baixo "de oxigênio" e menor temperatura. Com este procedimento a mistura de sulfuro de ouro e cobre empregue na decoração chega à oxidação reduzindo o brilho metalizado. Era frequente, também, acrescentar óxido de cobalto com o qual se conseguíam uns tons azuis e dourados. Os tecidos caracterizavam-se pelo seu intenso colorido bem como pelos motivos, idênticos aos empregues na decoração arquitetônica.