"Pegadas Ecológicas" Urbanas Ameaçando a Sustentação Ecológica Global
As populações urbanas têm um papel dominante como agente de pressão sobre o ecossistema. As cidades foram consideradas por um autor como vastos processadores de alimentos, combustíveis e outras matérias primas. São como organismos imensos sem precedentes na história, dessa forma, tendo "pegadas ecológicas" cada vez maiores. Os benefícios ecológicos da urbanização incluem a reciclagem de materiais. Entretanto, os custos ecológicos e sociais de uma gama de produtos não são repassados nos preços finais - madeira, petróleo, metais - produtos dos quais as populações são extremamente dependentes. Elas dependem de áreas fornecedoras maiores que suas próprias cidades. Como exemplo, o antigo império Romano necessitava de 1.000 toneladas de grãos diários da África do Norte e os holandeses, atualmente, consomem riquezas naturais de uma área 15 vezes maior que o seu país.
As cidades possuem uma função ativa na modificação dos sistemas de reciclagem naturais que mantêm o ecossistema em equilíbrio através dos ciclos biológicos, limpeza das águas e ar e reciclagem de nutrientes. Enquanto antigamente tais funções não eram valorizadas devido ao pequeno número de habitantes terrestres, hoje, está havendo mudanças de tal ordem que a população mundial corre o risco de vários problemas de saúde. A mudança mais radical até o momento tem sido no clima, com o aumento da temperatura do planeta. O mundo urbanizado (um quinto da população mundial) contribui com três quartos das emissões de gases poluentes na atmosfera. Como conseqüência da mudança climática haverá diminuição de alimentos, de água potável, e do controle de infecções.
Conclusão
Algumas propostas e idéias de soluções para todos esses problemas expostos acima seriam: aumentar o grau de educação e treinamento das populações; transferência internacional de tecnologia; aumento do papel do estado como uma instituição moderna, honesta e eficiente; alívio das dívidas de países pobres e um compromisso sério de consumo de reservas naturais em todo o planeta.
Avançando no século XXI, deverão ser modificadas as formas de cidades hoje em dia expostas. As pessoas devem ir morar em áreas de habitação separadas por grandes parques verdes, interligadas por transportes coletivos de alta tecnologia como trens modernos. Novas tecnologias limpas serão utilizadas e, mais importante, ainda, políticas de eqüidade social e ecológica serão pesquisadas cada vez mais.
Assim as cidades poderão passar de zonas focais de grandes distúrbios sociais, políticos, econômicos e ecológicos, para serem locais de crescimento cultural e de compartilhamento de ideais tanto ecológicas quanto tecnológicas, essa parece ser a única forma de nossa sobrevivência futura.